segunda-feira, 26 de novembro de 2007

SEXTA-FEIRA DOS HORRORES

Rita Repulsa


Sabe quando você em uma noite, de repente se depara com a verdadeira obra de Monteiro Lobato, o Sítio do Pica-Pau Amarelo no tocante dos seus personagens e consequentemente você se assusta com tudo e com todos? Pois bem, foi assim a minha noite desta última sexta-feira, a verdadeira caixa de pandora estava ali naquele bar, toda vez que dava uma virada de pescoço me encontrava com uma figura folclórica e me surpreendia com suas performances, o som era MPB, mas mesmo envolto de músicas que muito fazia nos balançar eu não tinha como sair do estado de choque na qual eu estava para no mínimo me balançar, pois estava por demais assustado com tudo que via. Era de fato um verdadeiro circo dos horrores, e as bailarinas descompassadamente mexiam e remexiam como se estivessem num swing africano, na dança do rabo, por exemplo, com remelexos que nada condizia com o ritmo que a música oferecia, era de ficar horrorizado, baixei inúmeras e inúmeras vezes minha cabeça agindo com ar de reprovação em tudo àquilo que estava logo ali na minha frente, coisas horripilantes a dançar e se remexer, desconectados com o ali e agora. De repente “Boi tá-tá”, se aproxima fazendo uns ensaios de streep, ralando descompensadamente seus testículos na mesa onde eu estava estático, fazendo insinuações com a boca e apontando para nos naquela mesa, era mesmo uma sensação de absurdo, nos vimos no meio de uma encenação de um filme de terror onde os mocinhos após se divertirem são surpreendidos pela chegada abrupta do mostro, que baba ao querer devorar suas vítimas, e assim se procedeu com palavras absurdas destinadas a nos e assim finalizamos a noite, assustados com tudo aquilo e ainda no palco a se acabar estavam Florisbela e Rita Repulsa, nas outras cadeiras estavam outras figuras antológicas que davam ar de suas graças como Núbia Faro, Supla e Syang, essas últimas valem ressaltar pela suas vestimentas, era como se estivessem saídos de um circo e ido direto parar ali naquele bar sem ao menos tirar suas vestimentas de apresentação.

Por: Alisson Meneses de Sá

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