sexta-feira, 23 de novembro de 2007

MARIO JORGE UM POETA EM MEIO A UMA REVOLUÇÃO

Hoje se o poeta Mário Jorge estivesse vivo, estaria aniversariando, completaria 60 anos de idade, não só de idade, mas de pura integração com arte das palavras.
Mário Jorge soube como um príncipe da poesia sergipana, a qual eu o intitulo, se divertir de forma responsável com as palavras, com as rimas e com suas significações. Alvo de um período ditatorial que via nas ações de contestações como sendo subversivo, indo de encontro com a doutrina que tentava empurrar goela abaixo a sociedade brasileira como meio legítimo de se manter a ordem que jamais fora estabelecido, não bastando somente armas, bombas, surras, prisões, etc, nada disso adiantou, pois a razão humana é capaz de sobressair desse estigma de nos pensar sermos incapazes. Assim de forma ousada e intensa Mário Jorge deu vez as suas percepções de líder estudantil e intelectual das letras em meio a um turbilhão de acontecimentos, o primeiro aconteceu quando foi acusado de colocar uma bomba no banheiro do colégio Atheneu, onde foi expulso, indo pra Arquidiocesano, pois o padre Carvalho era muito amigo de sua mãe, iniciando daí suas manifestações contra a ditadura, chegando a ir pra São Paulo, centro dessa revolução e ebulição de pensamentos e doutrinas, retornando pra Aracaju pra divagar suas idéias influenciadas pela camada artística em destaque como Gonzaguinha, aqui é preso e internado como louco em clínicas psiquiátricos de Salvador, em Janeiro de 1973 indo em direção a Atalaia sofre uma forte colisão com outro automóvel que o leva ao falecimento precoce, dessa forma Mário nos deixa em corpo mas continua em pensamento e palavras. E nessa perspectiva que desenvolvo um tema de dissertação para o Trabalho de Conclusão de Curso, fazendo um estudo das suas poesias com a desenvoltura militante pós 64.

Por: Alisson Meneses de Sá

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