
Mário Jorge soube como um príncipe da poesia sergipana, a qual eu o intitulo, se divertir de forma responsável com as palavras, com as rimas e com suas significações. Alvo de um período ditatorial que via nas ações de contestações como sendo subversivo, indo de encontro com a doutrina que tentava empurrar goela abaixo a sociedade brasileira como meio legítimo de se manter a ordem que jamais fora estabelecido, não bastando somente armas, bombas, surras, prisões, etc, nada disso adiantou, pois a razão humana é capaz de sobressair desse estigma de nos pensar sermos incapazes. Assim de forma ousada e intensa Mário Jorge deu vez as suas percepções de líder estudantil e intelectual das letras em meio a um turbilhão de acontecimentos, o primeiro aconteceu quando foi acusado de colocar uma bomba no banheiro do colégio Atheneu, onde foi expulso, indo pra Arquidiocesano, pois o padre Carvalho era muito amigo de sua mãe, iniciando daí suas manifestações contra a ditadura, chegando a ir pra São Paulo, centro dessa revolução e ebulição de pensamentos e doutrinas, retornando pra Aracaju pra divagar suas idéias influenciadas pela camada artística em destaque como Gonzaguinha, aqui é preso e internado como louco em clínicas psiquiátricos de Salvador, em Janeiro de 1973 indo em direção a Atalaia sofre uma forte colisão com outro automóvel que o leva ao falecimento precoce, dessa forma Mário nos deixa em corpo mas continua em pensamento e palavras. E nessa perspectiva que desenvolvo um tema de dissertação para o Trabalho de Conclusão de Curso, fazendo um estudo das suas poesias com a desenvoltura militante pós 64.
Por: Alisson Meneses de Sá
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