quarta-feira, 14 de novembro de 2007

2:37

Comentário:
Rolando na sessão de arte do cinemark até a outra quinta-feira sempre às 15:00h o filme “2:37” na verdade é uma obra prima para se entender a alma e o comportamento humano. Seguindo um conselho de um bom entendedor de cinema, me vi completamente envolvido na película que em nenhum instante me distanciou dos fatos que ali se desenvolvia, o filme inicia com uma morte e no desenvolver do enredo vários personagens se disponibiliza nos seus conflitos o que leva a você analisar qual daquelas pessoas seria o personagem morto encontrada naquele colégio, pois todos tinham motivos suficientes para se suicidar, não que haja motivo para tal ato, a história nos levava a tal análise que concluo. Personagem do tipo que é abusada sexualmente por um irmão com problemas psicológicos e que se ver grávida, outro que tem problemas urinários e que é tido como figura folclórica por todo colégio, outra menina que além de ter anorexia é apaixonada por um jogador que a humilha e não dá a mínima importância, pois na verdade sente desejos por homens e se ver envolvido por um outro amigo de colégio que é assumidamente gay e vive num conflito dentro do colégio se refugiando nos seus baseados constantes e uma garota que vive tudo e não é compreendida por ninguém. Toda história tem como circunstância o colégio na qual esses alunos estudam e 2:37 é na verdade a hora que o corpo é encontrado no banheiro desse mesmo colégio. O filme é de uma intensidade muito grande, extremamente complexa e analítico.
O filme nos leva pra uma dimensão que as vezes nos colocamos como seres humanos incapazes de externar sentimentos e situações, ficamos calados a coisas e fingimos que as vezes o que deveria ser analisado com mais persistência nos passa despercebido. O filme é forte e precisa ter fôlego pra sair daquela sala com a cabeça erguida, pois o filme aperta naquela ferida escondida e fatal.

Por: Alisson Meneses de Sá

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