quinta-feira, 9 de agosto de 2007

QUEM DISSE QUE NÃO FAZ FALTA?

Ledo engano que afirma que relacionamento não faz falta pro ser humano, eu sou desse posicionamento, há algum tempo, prefiro não declarar o tempo, não ando me envolvendo com alguém, estou dando prioridade a ficar só, a me entender pessoalmente, a explorar alguns sentidos que em mim eram fatalmente desconhecidos. Andava me esquivando pra não me deparar com nenhum tipo de envolvimento que mexesse com o meu lado emocional que há muito andava só, estava sem dúvida em tempo de reciclagem geral.
Mas quem disse que relacionamento não faz falta?
Apresento-me como um ser inatingível e inabalável sentimentalmente, mas algumas coisas às vezes nos afetam e fazem dar estalos, mostrando que aquela redoma de vidro não é tão poderosa quando se imagina ser.
Por exemplo, sinto falta de ver um filme com alguém que me interesse, isso é mais que latente em mim fica não muito claro, mas é de fato necessário, assistir um bom filme com a mão bem agarradinha na da outra pessoa, ombros agarrados, pernas propositalmente se tocando, isso é importante numa relação e de fato isso me faz sentir falta em está ao lado de alguém, discutir posteriormente um filme quando ambos gostaram e se tem algo que possa comentar, porque às vezes o filme é uma bosta e não se faz necessário tecer nenhum comentário, quando não se saí antes do filme acabar, já fiz isso com outra pessoa e achamos melhor nos divertimos numa cama do que ver aquela porcaria de exibição artística.
Beijar, esse é um dos principais objetivos e desejos reais de se ter um relacionamento, beijar, e quem não gosta de beijar e ser beijado, beijar ardentemente, sufocantemente, bitocas, beijos e mais beijos, de fato essa química ainda não foi explicada cientificamente, mas nunca fiz coisa tão gostosa e tão prazerosa quanto beijar uma boca sedenta. Quanto tempo não beijo uma boca, uma boca que com todo respeito deve ser violentada por meus lábios bem desenhados. Esses beijos de festa, ressalto, não são assim verdadeiros beijos, é o princípio do que se deve chamar de beijo apaixonado e beijo amado. Sinto falta e não suporto a idéia de beijar por futilidade e promiscuidade, às vezes somos obrigados ou enganados, saliento ordinariamente, mas a necessidade impulsiona o homem a agir com seus próprios instintos pra conseguir aquilo que lhe dar prazer e lhe deixa um ser saciado.
O próprio relacionamento substancialmente te dar um certo prazer, uma parada na obrigatória caça aos vampiros. A importância de se ter alguém ao seu lado é de estrema importância pra quem tem como princípio básico da relação o companheirismo e o respeito. Sinto falta de falar pra alguém sobre minha vida, sobre como foi meu dia e fazer planos de um futuro a dois, ouvir uma música e logo à memória vir à imagem da pessoa amada, fazer um café da manhã especial, acordando com um beijo e servindo com sedução, adoro fazer sexo assim ao acordar, fazer um jantar surpresa e convidar alguns amigos para poderem assistir a tal felicidade, a comunicação através dos olhos, os gestos subtendidos, as piscadas de olhos trocadas em públicos, os elogios quanto à vestimenta adequada pra a ocasião em especial, um sorriso comprometedor, o ciúme controlado e a reconciliação esperada, após estranheza, tudo se resolve á dois, num cantinho, ou seja, numa cama.
Há quem diga que hoje estou com o coração amolecido, de uma pedra transformou-se numa espuma macia e felpuda. Simplesmente sinto falta de algo, isso não é emergencial, não é uma necessidade insuportável, tranqüilamente controlo esses instintos meramente desafiadores.
Ainda sou feito de carne e osso, apesar de muitos não acharem!

Por: Alisson Meneses de Sá

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