segunda-feira, 20 de agosto de 2007

MANUAL DO RELACIONAMENTO

Não que exista uma receita perfeita pra tornar um relacionamento invejável e impecável, um relacionamento verdadeiramente perfeito, acredito nos moldes que as pessoas devem se ajustar para que assim possa ter um bom relacionamento. Um cede de um lado outro cede de outro e assim vai dando continuidade àquilo que podemos chamar de caso amoroso.
Andei fazendo uma análise sobre alguns fatos que me aconteceram, verdadeiramente o que expressarei é uma análise superficial. Situações que aqui ressalto serem preocupantes, pra mim, pois não queria acreditar que as pessoas andam vulgarizando de certa forma o nome amor como se fosse uma palavra corriqueira e de valor insignificante, posso assim dizer.
Na minha análise um relacionamento se constrói aos poucos, com parcimônia e bastante cautela. O que percebo é que existe uma emergência sobremaneira em se ter alguém ao lado, como uma obrigação, as pessoas correm loucas atrás daquilo que o amor possa dá, que é uma certa estabilidade emocional, até aí tudo bem, mas quando partimos pro pressuposto de que as situações também estão se vulgarizando, que estão achando que o amor é uma coisa que hoje você amanhe com ele e amanhã você pode acabar como se fosse um jogo de monta e desmonta, aí também não dá pra engolir. Hoje o termo “eu te amo” ta sendo usado com tanta facilidade que acredito que esse termo não tem mais seu valor, não mais ocupa um patamar a ser adorado, como mostra sabiamente os textos do milenar Shekespeare, hoje se diz isso como se fosse uma coisa fácil ea te descartável, como se fosse uma compra de uma bala no boteco na esquina. Ta certo que é confortante está acompanhado e ser amado por alguém, posto ser uma necessidade humana. Mas que isso seja jogado no lixo, aí já é demais para os ouvidos deste que vos escreve. Certa vez há algum tempo já, conheci uma figura através da intenet logo no início da conversa já se queria formalizar um compromisso, coisa do tipo namoro na porta, com apresentação da família e tudo, nossa, não queiram saber o quanto isso me assustou, tive a impressão que a criatura do outro lado tinha problema psicológico sério, foi quando descobrir que não era só ele, mas outras pessoas também, assim que começávamos a conversar já se dizia ser está namorando, até quando, durante algumas conversas com outra persona desse mundo virtual fui obrigado a ler um “eu te amo” e fiquei mais chocado do que tudo nessa vida, fiquei pensando como aquilo poderia acontecer se ao menos eu tinha chegado a conhecer pessoalmente aquele ser... Podem ter certeza que isso não é um exagero literário e sim factual, amigos meus podem atestar essa realidade. Achei tudo aquilo absurdo e concluir que as pessoas ou estão extremamente carentes ou não sabem o que realmente o relacionamento ou a palavra amor quer expressar.
Na minha análise as coisas devem ir com calma, existe um processo que pra mim é fundamental: “a conquista”, as pessoas não estão mais com paciência em usar o tal artifício. Querem algo já prático, coisa do tipo. Você quer namorar comigo? E eu tenho que ser obrigado a dizer um sim. Ora, saber conquista a outra parte é fator preponderante pra uma ótima relação, e se conquista com o tempo e com a habitual inteligência romanceada. Pode até ser que eu esteja sendo uma exceção a tal regra das relações virtuais, nome este que agora defino nessa nova era da tecnologia avançada. Tudo que é fácil perde a graça logo e as coisas mais difíceis têm um prazer mais duradouro, então posso até me considerar uma pessoa difícil, mas afirmo que dessa vulgarização no tratar o relacionamento o de cá não compartilha. Sou um ser de extremada paciência, sou do que passa por cada etapa com parcialidade e sabedoria, admirando tudo a minha volta, tanto aquela paisagem diária que passamos despercebidos como o canto do passaro na janela do quarto.

Por: Alisson Meneses de Sá

Nenhum comentário: