
Nos voltando especificamente pro estado de Sergipe, tido como um dos remanescentes da cultura folclórica, junto à Bahia, Alagoas e Pernambuco, ficamos trancados exclusivamente na cidade de Laranjeiras que de forma ainda viva e eloqüente mantêm a sua estrutura e preservação. Ademais, torna-se um exagero enfatizar que as demais cidades sergipanas ainda possuam resquícios dessa cultura popular. As políticas culturais estão voltadas pra interesses que nada tem haver com a aflição que passa a folclore de Sergipe, não vemos uma política incentivadora que faça de forma abrupta um resgate desse registro de nascimento das nossas origens mais ufanista que assim posso classificar.
É hora das academias se voltarem para a busca do que está praticamente extinto, e porque não adaptá-los pra um mundo moderno sem perder seu caráter cultural. A comilança do mundo computadorizado exige uma modernização naquilo que talvez estava fadada, mas jamais devemos nos abater por tal intimidação que é peculiar desse meio e deixar que se evapore de forma instantânea as nossas origens. Sempre é tempo de renovar, sempre é tempo de rever o passado, porque quando fazemos história, não deixamos lá no passado as nossas ações, carregamos sempre a tira colo, pois sempre se torna emergencial a consulta em nossa certidão de nascimento. Talvez não damos a devida importância porque estamos voltados de forma globalizada e com uma estrutura covardemente instituída pela mídia, para o problema do aquecimento global que se tornou à bola da vez sem espaço para socorrer, nesse hospital público, vamos assim dizer, de forma cuidadosa e modificadora a arte do folclore que agoniza nas nossas vistas e talvez por não sentirmos estimulados, travamos e deixamos escapar covardemente.
Sim, talvez por sermos povos meramente possuídos por outras raças e culturas, desde de nosso nascimento, possuímos essa capacidade de absolver culturas diversas, sendo esta talvez o problema que se encontra lá atrás e difícil de ser mudado, assim absolvemos as culturas nas quais estamos na contemporaneidade sendo subjugados, mas o que vale aqui deixar claro é quanto à valorização pelo que ainda nos identifica, pelo que faz seu passado ser atuante no contexto globalizado e emergente.
Por: Alisson Meneses de Sá
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