sexta-feira, 10 de agosto de 2007

EU SERPENTE

Todo mundo tem um “Q” de serpente. Eu tenho plena admiração por elas, verdadeira adoração, enquanto uns a temem eu a amo, enquanto outros se esquivam amedrontados eu fico hipnotizado com os seus efeitos encantadores. Serpente é símbolo de poder, vitória, medo, eternidades, contradição e transformação. Vez por outra me sinto na pele de uma serpente, não por seu fator preponderante que é a morte, mas pelo encantamento e a imposição do medo que a mesma emite veementemente. Já que não posso tê-la como animal de estimação, assim como a poderosa Cleópatra tinha suas cobras, fico somente na admiração e no desejo de me transformar numa delas. O poder eminente que ela trespassa é de uma magnitude incomparável, pessoas expressam calafrios, horror em só imaginar tais criaturas em ação. Meu substancial interesse por tais animais não se dá pelo fato se ser um animal, erroneamente, vale ressaltar, perverso e peçonhento e sim pela sua capacidade de defesa ao ser atacado, tenho verdadeira admiração por elas, pois da mesma forma que elas tem o poder de matar elas também tem o poder de salvar. És uma verdadeira rainha dos bichos, não vejo mérito melhor pra uma serpente, ela tem poderes magníficos, sem contar obviamente que fazem parte, segundo a mitologia cristã, do princípio do homem na terra, tem quem acredite em Adão e Eva e a serpente do mal. Mitologicamente a serpente representou poder, status nas principais e mais elevadas hierarquias de poder religioso na antiguidade, até Moisés criou um bastão de ferro com a figura de uma serpente para simbolizar o poder eminente da criatura e do criador.
Taí! uma serpente, era o que de fato precisava ser, faceira, rápida, desconfiada, sempre pronta pra atacar, fresca, e sempre em mutação, em adaptação com meio onde vive, fatal e mortal, só um beijo para levar meu inimigo a sentir o gosto da morte, carinho eloqüente.
Alguém aceita o doce beijo da serpente?
Eu serpente.

Por: Alisson Meneses de Sá

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