quinta-feira, 30 de agosto de 2007

UMA SIMPLES PAQUERA

Nos tempos de hoje se torna até bucólica falar de uma simples paquera, tem quem diga, entediante. Por hora, na minha concepção de romântico por toda uma eternidade é mais bem vindo me ludibriar nas entrelinhas do amor do que um algodão doce no parque aos domingos é mais bem vindo do que degustar o doce de coco da avó quando viajo pro interior, ou até quem sabe aquele doce de gergelim que ao degustar se assemelha com o prazer sexual.
Na primeira paquera, na primeira olhada, simples gestos, simples insinuações, meus olhos tímidos eram desvirtuados toda vez que cruzávamos, simplesmente no olhar. Queria sentir olhado, era estranha a situação, saber que alguém, ali naquele mesmo ambiente te olha, te analisa, te seca, fiquei ali, sabendo que estava sendo observado a imaginar coisas que passam pela cabeça assim desnecessariamente, fingia ajeitar algo aqui outra acolá, mais uma vez nossos olhos se cruzavam. Ninguém tinha o sentido imediatista de tomar alguma atitude naquele instante e nos aproximar, preferimos ficar ali, naquela noite de lua cheia e naquele ambiente quase que tumultuado, eu estava sentado no balcão, as horas iam passando rapidamente, ninguém dava conta até que nos esquecemos de que o lance do olhar não daria resultado imediato. A noite termina e ficamos nesse questionar, de quem se procede àqueles olhos?
Na segunda, os óculos escuros daquela tarde tumultuada só nos trouxeram incerteza. Ficamos ali em pé, naquele passar constante de pessoas bizarras. Ninguém na minha companhia conseguiu perceber esse jogo de sedução, percebi que sua face estava voltada em minha direção, mas os óculos conseguiam deturpar essas minha quase certeza, e ficamos ali por tempos e tempos incalculáveis e impercebíveis, parados, olhando na mesma direção um do outro. Aquilo era agradável, sabíamos que nos desejávamos, queríamos de qualquer forma, mesmo que aquilo fosse só um desejo instantâneo e carnal, mas nos desejávamos, tínhamos a extrema necessidade de nos tocar e nos beijar, tínhamos a necessidade de talvez proferir obscenidades um no ouvido do outro como se aquilo fosse um conto machadiano. E por um descuido ocasionado talvez pela tumultuada situação na qual fomos postos ou até por um descuido nosso nos perdemos, nos descuidamos, e deixamos pro terceiro encontro a continuidade dessa história um tanto quanto platônica.
No terceiro encontro, uns antagonistas entram na história, no mesmo ambiente que nos encontramos da primeira vez, lá a figura estava, no mesmo local, próximo da porta e do balcão, parecia até que se passara todo o tempo, desde a troca dos primeiros olhares até aquele dia, e que não tinha saído jamais daquele canto, parecia que ali estava sua estátua. Entro e dou de cara logo com a figura, olhamos um pro olho do outro, fixamos alguns segundos e depois descruzamos os olhares, necessitava cumprimentar as pessoas que logo avistei, foi inusitado, naquele dia estava pronto a atirar minha primeira flecha e ver o que dali sairia, quando dois fatos de repente aconteceram: o primeiro, o avistei em conversa de pé de ouvido com alguém do meu passado, a conversa parece que tinha como assunto principal a minha figura, pois ambos conversavam e olhavam na minha direção, acredito que coisa interessante não poderia ser comentada a meu respeito por aquela figura que já fez história no meu passado, fiquei tranqüilo e resolvi não atacar, o segundo, de repente sou acariciado nas mãos era uma outra história antiga, um passado atuante, estava ali, naquela noite, já tínhamos trocados alguns profundos beijos, mas achei que fosse só uma coisa passageira, coisa de curtição ou talvez uma carência um tanto afetiva sendo suprida, mas não, começamos a nos sentir, conforme a música tocava íamos nos beijando e assim foi ficando por quase toda noite, até que o cansaço tomou conta da outra parte que estava comigo e resolveu ir pra casa enquanto eu ficava e acompanhava outro casal que pretendia ficar mais naquele bar, assim fiz, conduzi a figura até a porta nos despedimos ali mesmo e voltei ao meu lugar, ao lado do palco, no meu retorno percebi que o olhar misterioso daquele ser que por três vezes me perseguiam, continuavam a me desejar, os meus também devoravam como uma ave de rapina, voltei a mesa onde o casal de amigos estavam e fiquei ali a apreciar a boa música popular. Tarde da noite resolvemos nos retirar daquele ambiente tumultuado, quando estou saindo percebi que o seu olhar continuava me acompanhando, delicadamente, também olhei e retribuir o olhar, mas ressalto que só foi o olhar, poderia retribuir também com um sorriso, mas fiquei só no olhar. No lado de fora, percebo que alguém me acompanha e quando olho para trás era a figura, estava acompanhado de mais duas pessoas que ouvir falar “fulano, porque já vamos embora, está cedo”, gravei seu nome na memória, olhei para trás mais uma vez e instantaneamente tive o desejo de me voltar e fazer algum comentário e assim tacar logo um beijo naquela boca, mas meu desejo foi logo reprimido, não tive coragem e continuei caminhando em direção ao carro. Seu nome ainda povoa meu imaginário, sem saber obviamente suas procedências nem origens, mas algo de misterioso me faz desejar aquele ser.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 28 de agosto de 2007

É BABADO NÃO É BICO NÃO!!!

*** Há quem diga que tudo que aconteceu naquele castelo, neste fim de semana que passou foi babado viu, pois foram tantos, mas tantos acontecimentos que voltarei urgentemente com minha coluninha de fatos e fofocas sobre esses meus amigos que aprontam mais do que tudo nessa vida!!!!!!!!!!!!!!
*** Pois muito que bem, vamos começar por aquela cabeluda, que após se estranhar com sua irmã resolveu que pretende zarpar pra outro canto, longe da irmã, disse ainda que a convivência está por demais conturbada. Rolou até uma cena de ciúmes básicos da irmã com relação ao namorado, aquele dono daquele famoso bar. Pois é coisa viu!! Vamos esperar as cenas dos próximos capítulos, resta saber quem é a boazinha e a vilã nessa novela da vida real!!!!!
*** O aniversariante da semana declarou na sua festa que realmente acontecerá hoje, terça-feira 28/08/2007 a desvirginação de Nossa Senhora. As apostam já começaram pra ver se de fato a namorada vai ceder ou não!!
*** Mas a relação daquele casal que vive no vai e volta está uma coisa viu, dia desse ele pediu tempo a ela, coitada, disse que não conseguiu chegar em casa, deu umas fraquezas nas pernas e teve que parar defronte uma igreja e sentou num banquinho, e ali pediu a Deus para que o rapaz voltasse para seus braços. Bom, depois de tanta reza e num é que ele voltou!!!! Sem contar que a gata assim que chegou em casa virou um copo de uma bebida quente e foi deitar, um horror!!!!! Lamentamos!!!!
*** A Condessa resolveu que quer se casar, ta acabado, quer se ajuntar com outro e não importa suas origens, pode vir da baixa renda, da média ou até da alta, deixou bem claro no seu Blog que o que quer na verdade é alguém pra depositar toda a carência afetiva. Bom, desejamos boa sorte e que corram as apostas, pois acredito que candidato e que não falta!!!
*** Ficou nítida a recuperação daquela linda moça, depois de um término conturbado da sua relação com aquele policial, pois bem, já foi vista aos beijos com outro. É isso aí, bola pra frente, lamentação e arrependimento fica pros fracos!!!
*** A do Acre não compareceu na festa, pois estava de viagem marcada, sabe Deus pra onde!!!!
*** Depois da festa rolou uma esticadinha pra aquele bar de sempre, o aniversariante queria ouvir um parabéns mais contagiante do Pardal Cantador, devo dizer que foi a segunda música. Declaro que não vi nada e não ouvi nada!!! Durante seu repertório era cada passada de olho!!! Eu heim!!!
*** Mas me digam que abraço e cumprimento mais falso foi aquele heim? Não teve quem percebesse, primeiro fingiu-se que não se viram, depois um cumprimento e em seguida um abraço, bem falso mesmo. Apostaram que um cuspiu de um lado e o outro do outro assim que se viraram. Eita!!!!!
*** Nada haver aquele flash back, vixe. Quais foram às justificativas mesmo? Eu heim, coisa tão esquisita. Carência, carência!!!!

Por: Alisson Meneses de Sá

sábado, 25 de agosto de 2007

HAPPY BIRTHDAY!

Infante Duque de Bragança

Acontecerá hoje às 20:00h no Castelo de Bragança, localizado na Coroa do Meio a festa de aniversário do último descendente masculino da Dinastia de Bragança, tendo o sobrenome de peso dos seus remanescentes, Thiago Duque, pois é, a festa está sendo organizada pela sua digníssima esposa, a filha do Duque de Medina-Sidónia, preparando o evento com finos toques de bom gosto da corte onde passou toda sua vida. Desde de 1442 fazendo jus a poderosa Dinastia portuguesa.
Marcará presença no evento só a alta nobreza da corte portuguesa como a Condessa de Rabicó, a afamada mulher da corte Bebel Calçada, a remanescente das bruxas que foram queimadas na fogueira inquisitorial a Dayse Xaxarolê, sem contar com a hosters Tranca Rua, fiquei sabendo que a produção desta última será impecável, e também teremos a presença concebível da Acreana, leia-se “a do Acre”, Miss Xanaya Xaxahiana e outros convidados. Ao som teremos o inflamado Pardal Cantador que dará graça com sua voz e presença marcante naquele Castelo.
Para registrar o momento antológico da festa que terá o nome de “Cor-de-Rosa”, o pintor e escultor Michelangelo. A festa “Cor-de-Rosa” tem como premissa que cada convidado deverá providenciar uma peça cor-de-rosa e está previamente vestido para uma brincadeira realizada pelo cicerone da festa.
Aos demais que não tiveram o privilegiado e imensurável convite para participar da estonteante festa da corte, só tem que lamentar, pois como tratamos de poderes vertical e não horizontal, quer dizer quer, infelizmente só em outras encanações quando seus respectivos espíritos apossarem de um ser de sangue azul, assim poderás dá o luxo de freqüentar as ornamentadas festas da corte.
Na semana seguinte traremos notícias do que aconteceu de bom na tão esperada festa da corte portuguesa. Desde já, este Blog deseja toda felicidade possível e imaginável ao aniversariante Duque que tanto abrilhantou este folhetim. Prestando as possíveis reverências a tão grandiosa patente de Duque.

Por: Alisson Meneses de Sá

FOLCLORE

É salutar a desvalorizada por parte da sociedade quando temos em debate o folclore e suas raízes culturais advindas das nossas origens portuguesas e africanas e porque não também ressaltar a indígena. É como se tivéssemos perdendo a nossa identidade, que por novas técnicas da era digital nos transforma em seres individuais, estando praticamente com seus dias contados pelo avanço desmoralizante da tecnologia que assim se aplica na vida daqueles que também evolui com o tempo. Dia 22 de agosto comemora-se de forma tímida o dia do Folclore, onde o pesquisador europeu de cultura publicou um artigo chamado Folk-Clore, especificando os dois vocábulos, onde Folk significa em inglês Povo e Lore significa, conhecimento, na retórica Folk-Clore significa conhecimento popular, onde podemos verificar veementemente que nada temos a comemorar nesse dia tão embasado.
Nos voltando especificamente pro estado de Sergipe, tido como um dos remanescentes da cultura folclórica, junto à Bahia, Alagoas e Pernambuco, ficamos trancados exclusivamente na cidade de Laranjeiras que de forma ainda viva e eloqüente mantêm a sua estrutura e preservação. Ademais, torna-se um exagero enfatizar que as demais cidades sergipanas ainda possuam resquícios dessa cultura popular. As políticas culturais estão voltadas pra interesses que nada tem haver com a aflição que passa a folclore de Sergipe, não vemos uma política incentivadora que faça de forma abrupta um resgate desse registro de nascimento das nossas origens mais ufanista que assim posso classificar.
É hora das academias se voltarem para a busca do que está praticamente extinto, e porque não adaptá-los pra um mundo moderno sem perder seu caráter cultural. A comilança do mundo computadorizado exige uma modernização naquilo que talvez estava fadada, mas jamais devemos nos abater por tal intimidação que é peculiar desse meio e deixar que se evapore de forma instantânea as nossas origens. Sempre é tempo de renovar, sempre é tempo de rever o passado, porque quando fazemos história, não deixamos lá no passado as nossas ações, carregamos sempre a tira colo, pois sempre se torna emergencial a consulta em nossa certidão de nascimento. Talvez não damos a devida importância porque estamos voltados de forma globalizada e com uma estrutura covardemente instituída pela mídia, para o problema do aquecimento global que se tornou à bola da vez sem espaço para socorrer, nesse hospital público, vamos assim dizer, de forma cuidadosa e modificadora a arte do folclore que agoniza nas nossas vistas e talvez por não sentirmos estimulados, travamos e deixamos escapar covardemente.
Sim, talvez por sermos povos meramente possuídos por outras raças e culturas, desde de nosso nascimento, possuímos essa capacidade de absolver culturas diversas, sendo esta talvez o problema que se encontra lá atrás e difícil de ser mudado, assim absolvemos as culturas nas quais estamos na contemporaneidade sendo subjugados, mas o que vale aqui deixar claro é quanto à valorização pelo que ainda nos identifica, pelo que faz seu passado ser atuante no contexto globalizado e emergente.

Por: Alisson Meneses de Sá

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

MURILO MELINS

ARACAJU ROMÂNTICO QUE VI E VIVI

De curiosidade morreu o gato. De curiosidade se faz o homem. De curiosidade sobrevive o historiador.
Foram, praticamente, 3 horas de curiosidade explícita que deixaram uma média de 60 alunos do curso de história da Universidade Tiradentes, especificamente da disciplina História do Pensamento e Cultura Sergipana, ministrada pela professora Nely Santos, assistirem perpetrados a glória e a favorável eloqüência do escritor e pesquisador Murilo Mullins, sendo este categoricamente um voluntário pesquisador de assuntos inerentes à história do nosso Sergipe sergipano. O curso foi presenteado com uma visita-aula nesta terça-feira, 14 de agosto de 2007 no auditório do bloco “E” do campus I, tendo como tema principal à divulgação da terceira edição do seu livro “Aracaju Romântico que vi e vivi,” visto e vivido essencialmente pelo autor acima citado nas décadas de 40 e 50.
Murilo consegue fugir da premissa cansativa e desgastante que outros autores teimam em externar quanto à temática do pesquisar aquilo que é história, a facilidade que expõe suas história, ainda fresca em sua enorme caixa de memória, faz com que possamos compará-lo a um avô que para acalentar seu neto, ainda criança, conta histórias infantis para que possa dormir logo, sossegado e tranqüilamente, deixando naquela criança a marca de sua voz e de suas expressões ao tentar incorporar uma mãe super protetora. É como se um artista plástico pegasse num pincel e delineasse habilmente as curvas de uma moça bonita, que por trás nutri uma verdadeira paixão platônica e um desejo, talvez, de possuir aquele corpo sedento de uma beleza jamais descrita, mas somente desenhada.
Nos teletransportamos para o passado de Mullins com emergente facilidade de retorno, discutimos e questionamos prazeres e pesares, nos emocionamos e rimos, fomos e voltamos. O Mullins de ontem tenta viver o hoje. Adaptação fugaz. Lá, o tempo de ouro, aqui, o tempo da prata. Foi dessa forma que o autor definiu o Aracaju de seu tempo de adolescente-adulto e a do século XXI, e é dessa forma que o mesmo tenta se adaptar a suas recorrentes transformações. Não foge jamais do que a modernidade trás, mas tem facilidade de buscar a felicidade de outrora nas suas recordações de uma cidade em que viveu e que por sinal, rica, por sua estabilidade e por sua cultura. Acredita no crescimento contemporâneo de uma cidade mais cosmopolita, afirma que só envelheceu na idade de peso, mas e possuidor de um espírito jovial que ainda passeia nos shoppings da cidade, afirmando veementemente que a beleza das coisas com o tempo tornam-se mais claras e mais bonitas.
O Mullins, que povoa seu passado com suas recordações memoráveis é o mesmo daquele, influente nas rodas de amigos, do freqüentador dos cabarés quando moço, do literário que habitualmente se deleitava na livraria Regina, do seresteiro, e do participante das retretas na praça Fausto Cardoso.
Não se trata de uma busca pela sergipanidade nem por uma cultura há muito perdida, é na verdade um encontro com a verdadeira concepção da história como símbolo de uma recordação viva na mente das pessoas que viveram e que vivem o seu tempo. É assim que Mullins representa seu conteúdo, explanando sobre o que de fato é ser ufanista, ostentando a sua origem simplista, e trazendo na alma o seu bairrismo sergipano.

Por: Alisson Meneses de Sá

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

UMA DIARISTA

Quem não tem queria ter, uma igual, mas igualzinha, sem nenhum defeito de fábrica, diga-se de passagem. Aqui em casa temos uma diarista, ela é uma batida forte de Marinete, Pôia, Ipanema e Dalila.
Marinete porque vive encrencada, sempre com problemas e metida em confusões, Pôia devido a sua pouca instrução escolar, me solta umas pérolas fabulosas, mas com todo respeito é digna de riso, Ipanema porque tem a força de um homem e não se recusa a nenhuma tarefa por mais força que possa exigir e Dalila devido suas crenças, acredita em tudo, é católica, mas vive atrás de simpatias e coisa e tal.
Pois vocês já devem imaginar! Comédia é pouco. Ela é alegria personificada! Quer ri e descontrair com as bestialidades da vida? Aqui em casa é só esperar o dia que ela vem, sem dia marcado óbvio, pra ela, deu na veneta é o dia dela. Minha mãe tem inteira confiança nela, não só minha mãe, mas todos que aqui residem. Ela está aqui faz muito tempo, aliás, desde do interior, quando morávamos lá. Depois que viemos pra cá tínhamos a necessidade de ter alguém para cuidar de fato da casa e ela como já morava aqui foi à candidata escolhida por unanimidade. Ela desempenha suas funções com bastante empenho. Aqui todos têm verdadeira adoração por ela e ficamos aqui esperando qual o dia que ela vem e qual a novidade que ela trará. Um verdadeiro baú de conhecimento popular. Moradora de um bairro com má fama aqui de aju, mas que na visão dela é o melhor bairro de se morar. Incorpora de fato uma líder comunitária, e olhe que já namorou o líder da comunidade e hoje sofre de amor por ele, pois a situação entre os dois chegou ao fim depois que ele a trocou por uma menina mais nova. A história de vida dela daria aqui um livro, pois acreditem, toda vez que vem exercer suas funções aqui em casa ela traz novidades. Como toda mãe de família de classe baixa, ela tem seus problemas e olhe não são poucos não, por exemplo, ter que sustentar duas filhas e uma neta, recentemente recebe a notícia que vem mais uma outra neta, e seu genro que está desempregado e vive bebendo, ressalto aqui que a filha mais velha não passa dos 16 anos, mas o que nos impressiona é a forma como ela lida com tais situações. Não se esquiva a nada, tem uma característica marcante que é a sua persistência. Todos conhecidos que aqui freqüentam e conhecem a família Conceição adora ouvir o que ela tem a contar, todos se reúnem onde quer que ela esteja, no quarto, na cozinha, na sala e até no banheiro. Uma verdadeira sumidade. Dignidade é seu sobrenome, sempre prega e faz jus aos seus preceitos de mulher. Aqui quem chega e quem ela não conhece passa por uma bateria de perguntas, ela já faz parte da família, ela quer saber toda a procedência do indivíduo. Idade, residência, CPF, RG, CEP, caixa Postal e assim por diante. Temos verdadeiramente sorte em tê-la aqui, pois além de cuidar da casa ela cuida de todos nos, sempre com uma palavra sábia. Seu maior sonho é aparecer na TV, participar de algum programa da Globo, ela quer ver e ser vista e como todo brasileiro, tem o desejo de ter sua casa própria e sonha em ganhar na sorte a esperada casa, pois com seu salário não ver por onde adquirir esse sonho.
Eu já disse que quando casar ou sair de casa a quero junto a mim, pois digo que não saberei cuidar tão bem de uma casa como ela cuida.

Por: Alisson Meneses de Sá

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

DEPENDÊNCIA DO OUTRO


Encontrava-me no corredor da universidade, era intervalo pro segundo tempo, eu estava no primeiro andar debruçado sobre o muro do corredor, olhando pro térreo, vendo aqueles alunos lá embaixo a se movimentarem, uns com cara de alegria e mostrando grande disposição e outros correndo devido o curto tempo, para talvez tirar cópias ou resolver algo pessoal, observava tudo aquilo atentamente quando de repente alguém topa nas minhas costas e viro repentinamente para trás e dou conta de que era um colega de sala, que estava na mesma disciplina daquele dia. Esperei algo que viesse dele, pois nunca foi de se dirigir a mim para um contato mais pessoal, sempre me cumprimentava com um sorriso e era suficiente tanto pra mim quanto pra ele. A priori os assuntos foram torpes nada condizia com nada, coisa do tipo: “O professor é exigente na forma de correção de avaliação?” “Ele aproveita tudo o que o aluno coloca nas provas?”, entendi abruptamente o porquê daquelas perguntas porque, naquela turma o professor não tinha dado nenhum tipo de disciplina antes, já a mim, já o tinha pegado várias e várias vezes, já era macaco velho no tocante aos truques daquele professor e o professor sempre mencionava meu nome em sala de aula dando exemplo de outras disciplinas, bom, voltando, respondi tudo o que aquele aluno queria saber, friamente, diga-se assim de passagem, quando de repente ele menciona que suas férias não tinha sido lá essa coisa, pois tinha sido as piores férias de sua vida, eu sem entender patativas de nada fiquei na minha e soltei um leve sorriso, daí ele insistiu na afirmação de suas férias, eu faceiramente, sabendo já que ele queria que eu perguntasse o que de fato tinha ocorrido com o próprio ou que situação trágica tinha acontecido nas suas férias, fiz a peculiar pergunta: “Me diga o que de tão ruim lhe aconteceu, pois já estou preocupado”, daí ele começou a sua lamentável história, sua namorada tinha terminado com ele, o mesmo estava no fundo do poço, não tinha mais cabeça pra nada, já tinha feito loucuras, tentou se matar por duas vezes, a primeira, cortou seus pulsos e a segunda, jogou seu carro contra outro. Assim, respirei fundo, mas disfarçadamente, pensei comigo mesmo, Deus não faz nada por acaso, tudo na vida tem um objetivo, Deus não colocou aquele ser com sérios problemas psicológicos, mas aparentemente normal, na minha frente naquele instante pra nada, tinha que ter um objetivo. Não ia me fazer de cego, mudo e surdo naquele momento, precisava falar algo que amenizasse esse pesar. Perguntei: “Quem é que escreve a sua história?” Ele respondeu que era ele mesmo, fiz outro questionário: “Quem é responsável pela sua felicidade?” Ele respondeu que era ele mesmo. Olhei no fundo dos olhos dele e disse categoricamente que não entendia, porque se ele tentara se matar é porque a vida dele não está lá essas coisas o que não condiz com suas respostas. Deixei claro que na verdade ele estava colocando a felicidade dele, a sorte dele na mão de outra pessoa, que ele deve ser responsável por tudo que lhe acontece, se não deu certo com ela, dará com outra. Ele espantado, achando que fosse chamá-lo de coitado disse que pra se chegar numa conclusão dessa era preciso está mesmo no fundo do poço, daí afirmei veementemente que eu também já sofri por um gostar, que cheguei de fato ao fim do poço, mas sabe o que tinha no fim do poço, uma mola que me deu uma impulsionou pra cima e hoje sou o que sou e tiro dessas situações um verdadeiro aprendizado, pois quando eu imagino que muita gente que sofre de algum mal, às vezes mostra uma força insuperável pra continuar vivendo, porque ficar a lamentar a vida, porque isso e porque aquilo. Devemos nos espelhar nas dificuldades dos outros e enfrentar com parcimônia tudo aquilo que nos é imposto e que na verdade a culpa de tudo aquilo era dele e não dela por ter lhe abandonado e que ele seria na verdade um fracassado e um covarde se desistisse assim da vida por um motivo tão fácil de ser ignorado e mudado. Calei, esperei uma reação, não obtive, ele só balançava a cabeça, sabe-se Deus se estava de acordo com o que dizia, só no final que disse que ainda ia tentar reconquistá-la, pois o errado tinha sido ele e não ela. Foi quando disse que valia qualquer coisa, uma reconciliação e o reconhecimento do erro é normal o que não se pode negar e a sua felicidade e responsabilizando A ou B por esse mérito. Ele se retirou, a aula já tinha começado um tempo, fui ao banheiro urinar e fiquei a pensar nas palavras que usei, talvez tinha sido um pouco grosso, mas que saiu do coração, foi um impulso só. Fico transtornado com esse tipo de pensamento. Tirar a vida por não ser correspondido por outra é o cúmulo do absurdo, falta uma estrutura psicológica e amor por si próprio.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 21 de agosto de 2007

COMO O CIGARRO ME É INCÔMODO

Nossa! Não queiram saber o quanto o cigarro pra mim é uma barreira difícil de destruir. Sabe aqueles bloqueios na qual agente tenta, tenta e de tanto tentar agente consegue derrubar? Pois é, o cigarro é uma coisa que não consegue passar despercebido pelo meu crivo, é uma barreira que por mais que eu tente nunca conseguirei me adaptar. Essa incapacidade é advinda, obviamente, de uma geração saudável que tem como único vício à perfeição pela forma física, própria, diga-se de passagem. Já fui capaz de acabar com alguns prováveis casamentos promissores por causa do vício do cigarro há algum tempo atrás, há quem prefira o cigarro a mim. Não é estapafúrdio o que afirmo não, é real e lógico. Não nasci pra beijar cinzeiro. Vim ao mundo pra beijar bocas frescas de saliva natural. Beijar a boca de um viciado em cigarro é o mesmo que passar a língua num cinzeiro. Exagerado? Não! Pelo menos é o que sinto quando beijo a tal boca. Nem dá ânimo pra uma continuidade e nem consigo dá seqüência a minha tática de beijar bem e beijar com gosto mesmo.
Sou capaz de ponderar várias coisas como beleza, gordura e idade, não me importo se Deus não agraciou a todos com uma beleza, diga-se de passagem, de agência de moda, nem proporcionou um corpo de manequim, pois se trata de um fator natural, um fator que não se adquiri, e sim nasce com aquilo e pronto, com o advento da estética as pessoas buscam uma melhora aqui outra acolá. Já o vício do cigarro as pessoas procuram, talvez pra se refugiar de algo ou ludibriar os medos e tabus que lhes são impostos. Sinônimo de insegurança. Na batalha entre eu e o cigarro prefiro sair à francesa, tornar-me um vencido, pois, nessa arena de feras e feridos vence aquele que lhe é fiel, pouco importa se o torna saudável ou não, mas a fidelidade do cigarro é de maior valia do que a de um outro ser, que é dotado de inteligência e artifícios interesseiros, o cigarro você compra, se dá o prazer e jogar no lixo mais próximo, no chão pisando com bastante humilhação ou esquecendo propositalmente num cinzeiro. Obviamente não me troco pela nicotina, se bem que quem souber me aproveitar ficará mais viciado, saudavelmente, do que o mal do fumo. Mal sabem que os metais pesados que compõe o cigarro levam a perda da capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar, enfisema, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago.
Certa vez, fui tirar de moderninho e cheguei a usar a polêmica Canabis Sativa pra tentar me alienar nessa loucura que é o empirismo. Não deu certo, não tive aceitação, não percebi efeito alucinógeno nem me convenci que aquilo seria bom pra mim. Filho de pai fumante, tentei posteriormente experimentar o cigarro normal, indo de encontro com idéias pré-estabelecidas, já que quando criança odiava o cheiro que impregnava em minha casa pelo constante vício perturbador de meu pai, sendo assim uma trágica experiência, não me dando nenhum tipo de prazer, muito pelo contrário, impregnou minha roupa com um cheiro insuportável.
Não me considero um ser seletivo, mas quando se trata do vício da nicotina me torno um exímio selecionador de beijar boca.

Por: Alisson Meneses de Sá

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

MANUAL DO RELACIONAMENTO

Não que exista uma receita perfeita pra tornar um relacionamento invejável e impecável, um relacionamento verdadeiramente perfeito, acredito nos moldes que as pessoas devem se ajustar para que assim possa ter um bom relacionamento. Um cede de um lado outro cede de outro e assim vai dando continuidade àquilo que podemos chamar de caso amoroso.
Andei fazendo uma análise sobre alguns fatos que me aconteceram, verdadeiramente o que expressarei é uma análise superficial. Situações que aqui ressalto serem preocupantes, pra mim, pois não queria acreditar que as pessoas andam vulgarizando de certa forma o nome amor como se fosse uma palavra corriqueira e de valor insignificante, posso assim dizer.
Na minha análise um relacionamento se constrói aos poucos, com parcimônia e bastante cautela. O que percebo é que existe uma emergência sobremaneira em se ter alguém ao lado, como uma obrigação, as pessoas correm loucas atrás daquilo que o amor possa dá, que é uma certa estabilidade emocional, até aí tudo bem, mas quando partimos pro pressuposto de que as situações também estão se vulgarizando, que estão achando que o amor é uma coisa que hoje você amanhe com ele e amanhã você pode acabar como se fosse um jogo de monta e desmonta, aí também não dá pra engolir. Hoje o termo “eu te amo” ta sendo usado com tanta facilidade que acredito que esse termo não tem mais seu valor, não mais ocupa um patamar a ser adorado, como mostra sabiamente os textos do milenar Shekespeare, hoje se diz isso como se fosse uma coisa fácil ea te descartável, como se fosse uma compra de uma bala no boteco na esquina. Ta certo que é confortante está acompanhado e ser amado por alguém, posto ser uma necessidade humana. Mas que isso seja jogado no lixo, aí já é demais para os ouvidos deste que vos escreve. Certa vez há algum tempo já, conheci uma figura através da intenet logo no início da conversa já se queria formalizar um compromisso, coisa do tipo namoro na porta, com apresentação da família e tudo, nossa, não queiram saber o quanto isso me assustou, tive a impressão que a criatura do outro lado tinha problema psicológico sério, foi quando descobrir que não era só ele, mas outras pessoas também, assim que começávamos a conversar já se dizia ser está namorando, até quando, durante algumas conversas com outra persona desse mundo virtual fui obrigado a ler um “eu te amo” e fiquei mais chocado do que tudo nessa vida, fiquei pensando como aquilo poderia acontecer se ao menos eu tinha chegado a conhecer pessoalmente aquele ser... Podem ter certeza que isso não é um exagero literário e sim factual, amigos meus podem atestar essa realidade. Achei tudo aquilo absurdo e concluir que as pessoas ou estão extremamente carentes ou não sabem o que realmente o relacionamento ou a palavra amor quer expressar.
Na minha análise as coisas devem ir com calma, existe um processo que pra mim é fundamental: “a conquista”, as pessoas não estão mais com paciência em usar o tal artifício. Querem algo já prático, coisa do tipo. Você quer namorar comigo? E eu tenho que ser obrigado a dizer um sim. Ora, saber conquista a outra parte é fator preponderante pra uma ótima relação, e se conquista com o tempo e com a habitual inteligência romanceada. Pode até ser que eu esteja sendo uma exceção a tal regra das relações virtuais, nome este que agora defino nessa nova era da tecnologia avançada. Tudo que é fácil perde a graça logo e as coisas mais difíceis têm um prazer mais duradouro, então posso até me considerar uma pessoa difícil, mas afirmo que dessa vulgarização no tratar o relacionamento o de cá não compartilha. Sou um ser de extremada paciência, sou do que passa por cada etapa com parcialidade e sabedoria, admirando tudo a minha volta, tanto aquela paisagem diária que passamos despercebidos como o canto do passaro na janela do quarto.

Por: Alisson Meneses de Sá

domingo, 19 de agosto de 2007

INESQUECÍVEL

Tenho verdadeira adoração por filmes brasileiros. Assisto todos que passam aqui pelo estado. Alguns obviamente passam séculos outros nem sequer chegam. Acho a produção brasileira de um bom gosto tremendo. Temos aqui verdadeiros cineastas e verdadeiras histórias que encantam de fato aos cinéfilos de plantão como o de cá mesmo. As superproduções cinematográficas americanas ao meu ver são um tanto quanto artificiais e tem sob seu pesar a preponderância de se acharem inatingíveis, talvez tenham uma história que favoreça essa situação, mas eles que se cuidem, pois os brasileiros não estão muito atrás não, pelo menos fazem filmes pensantes.
Obviamente temos também filmes que aqui merecem receber suas críticas negativas como faço aqui sobre o filme Inesquecível. Tanta propaganda. Fui conferir. Realmente uma exceção. Inesquecível, realmente é inesquecível. Nada condiz com nada. Completamente sem nexo. Uma história mal bolada. Um final que não surpreendia a ninguém. Vale aqui ressaltar e elogiar o esforço quanto à interpretação de Caco Ciocler, realmente nota-se um desempenho mais que significante do mesmo, por ele o filme ganha, mas em compensação a história e a interpretação de Murilo Benício logo percebe que está de fato fadado ao fracasso. Gulhermina até se esforça e faz uma graça aqui outra acolá. Mas o que ninguém quase percebe, ou acho que só fui eu mesmo, é a quantidade de celulite que a Guilhermina deixa escapar. Darei um crédito, ela é mulher e nem por isso irei julgar o filme no geral, não custava nada uma maquiagem, mas tudo bem, ela é humana. Por falar em humano, a história é mais que inusitada, cheia de encontros e desencontros loucos e todos improváveis. Nada de humano nem de real. Mesmo o autor colocando a história no liquidificador pra ver se misturando tudo pra ver se dava alguma coisa que de fato prestasse, mesmo assim acredito que não sairia uma superprodução digna. Eu não aconselho ninguém que tenha seu precioso tempo vago, assistir tal filme. Não sou crítico de cinema, mas adoro dá pitacos nas obras que assisto.

Por: Alisson Meneses de Sá

sábado, 18 de agosto de 2007

SILÊNCIO DE UMA INOCENTE

O que leva uma pessoa a calar diante te tanta brutalidade, covardia e atos indigestos?
Uma amiga foi brutalmente violentada por seu ex-namorado e sua comparsa.
Acredito, pois a conversa foi rápida, o medo era vigente, o sentido psicológico dela não era mais o mesmo.
Queria ajudar, mas a outra parte sentia-se melhor assim, calando.
Foi uma situação mais que covarde. Duas pessoas espancando um ser.
Pelo que conheço a vítima, acredito piamente que era incapaz de tentar algo contra qualquer pessoa.
O ex-namorado um policial, detendo todo um artifício para se apoderar da pobre. Usando como escudo sua patente que recentemente recebera.
A imoralidade da situação me deixou num estado jamais visto.
Coloquei-me como um irmão da vítima. Ela chorava e não se podia fazer nada.
Não sabia se o choro era de dor de raiva de arrependimento, nada se sabe.
Só pedi pra acalmar, mas as palavras que vinham eram de que tudo ia dá certo.
Eu queria, desejava, mas o medo era que aquilo pudesse ser levado como uma vingança.
Uma bola de neve ia crescer.
Eu acredito que todo mal que as pessoas emitem na natureza tem o retorno dobrado.
A punição é vencida pela denúncia, mas o medo era maior.
Tinha medo de uma represália maior, já que o mandante estava incorporado na farda da lei.
E assim passa mais uma situação indigesta.
E assim vemos o mal prevalecer sobre o bem
E aqui me calo diante de tanta brutalidade e covardia que as pessoas são capazes de se submeter.

Por: Alisson Meneses de Sá

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

NÃO DEIXEM DE LER!!!!!!!!

CONSELHO DE UM ADVOGADO

Um milagre até que enfim aconteceu, recebi um e-mail valiosíssimo e tenho por obrigação publicar, pois acredito que como serviu pra mim poderá eventualmente ser de bastante serventia pra algum dos meus leitores. Eu já comecei a tomar a iniciativa, tente, porque é melhor prevenir do que remediar.

Um advogado circulou a seguinte informação para os empregados na Companhia dele:
1.
Não assine a parte de trás de seus cartões de crédito. Ao invés, escreva 'SOLICITAR RG'.
2.
Ponha seu número de telefone de trabalho em seus cheques em vez de seu telefone de casa. Se você tiver uma Caixa Postal de Correio use este em vez de seu endereço residencial. Se você não tiver uma Caixa Postal, use seu endereço de trabalho. Ponha seu telefone celular ao invés do residencial.
3.
Tire Xerox do conteúdo de tua carteira. Tire cópia de ambos os lados de todos os documentos, cartão de crédito, etc. Você saberá o que você tinha em sua carteira e todos os números de conta e números de telefone para chamar e cancelar. Mantenha a fotocópia em um lugar seguro. Também leve uma fotocópia de seu passaporte quando for viajar para o estrangeiro. Se sabe de muitas estórias de horror de fraudes com nomes, CPF, RG, cartão de créditos, etc... roubados.
Infelizmente, eu, um advogado, tenho conhecimento de primeira mão porque minha carteira foi roubada no último mês. Dentro de uma semana, os ladrões ordenaram um caro pacote de telefone celular, aplicaram para um cartão de crédito VISA, tiveram uma linha de crédito aprovada para comprar um computador, dirigiram com minha carteira, e mais.....
Mas aqui está um pouco de informação crítica para limitar o dano no caso de isto acontecer a você ou alguém que você conheça.
E MAIS....
4.
Nós fomos informados que nós deveríamos cancelar nossos cartões de crédito imediatamente. Mas a chave é ter os números de telefone gratuitos e os números de cartões à mão, assim você sabe quem chamar.
Mantenha estes onde você os possa achar.
5. Abra um Boletim Policial de Ocorrência imediatamente na jurisdição onde seus cartões de crédito, etc., foram roubados. Isto prova aos credores que você tomou ações imediatas, e este é um primeiro passo para uma investigação (se houver uma).
Mas aqui está o que é talvez mais importante que tudo:
6.
Chame imediatamente o SEPROC e SERASA (e outros órgãos de crédito se houver) para pedir que seja colocado um alerta de fraude em seu nome e número de CPF. Eu nunca tinha ouvido falar disto até que fui avisado por um banco que me chamou para confirmar sobre uma aplicação para empréstimo que havia sido feita pela Internet em meu nome. O alerta serve para que qualquer empresa que confira seu crédito saiba que sua informação foi roubada, e eles têm que contatar você por telefone antes que o crédito seja aprovado.
Até que eu fosse aconselhado a fazer isto (quase duas semanas depois do roubo), todo o dano já havia sido feito. Há registros de todos os cheques usados para compras pelos ladrões, nenhum de que eu soube depois que eu coloquei o alerta. Desde então, nenhum dano adicional foi feito, e os ladrões jogaram fora minha carteira. Este fim de semana alguém a devolveu para mim. Esta ação parece ter feito eles desistirem.
Passamos para frente muitas piadas pela Internet . Mas se você estiver disposto a passar esta informação,realmente poderá ajudar alguém com quem você se preocupe.

Por: Advogado anônimo!

AFINIDADES

Uma boa amizade. Quem não a tem corra e se agarre a uma. Mas digo: uma verdadeira amizade.
Amizade profundamente é: um relacionamento sem sexo.
Como amigo diferentemente de família, agente escolhe, então, cuidamos para verificar quem de fato serve para ser um amigo fiel e companheiro.
Ultimamente tenho deixado outros compromissos que poderiam ser até favoráveis a minha pessoa, mas acho que me divertiria mais saindo com meus amigos.
Não me levem a mal aos que ocasionalmente sofreram com essa minha escolha, a causa é mais do que justa.
Amigo, amigo de verdade é melhor e mais econômico do que analista, psicólogo ou até de terapeuta. Isso se você tem um amigo que possa chamar de amigo.
Os meus são poucos, pouquíssimos, mas são amigos, amigos de festa, amigos lights, amigos de conversa e amigos de caminhadas longas. Eu digo o que penso, eles escutam o que não pensam. Eu caminho para arejar e eles às vezes me acompanham para dialogar.
Amigos de afinidades.
Quando estou triste corro logo pra perto deles, invento qualquer história, quero me descontrair, prefiro ri pra esquecer alguns problemas que teimam em nos perseguir. Não que isso vá desaparecer ou resolver com a situação conflitante, mas que faz você encarar de outra forma, há, isso sem a menor dúvida, sempre faz, quando saiu da casa dos meus amigos, sempre saiu com coração partido, queria que a vida fosse aquilo, uma brincadeira, uma diversão, uma forma mais gostosa de saborosa de encarar a vida e seus labirintos.
Às vezes, não constantemente, prefiro me afastar um pouco deles, quando estou com algum problema sério e acho que preciso refletir sobre tal problema, saiu do mundo, me apago completamente, me refugio em algum lugar longe das vibrações positivas, pois o que passa por minha cabeça são só reflexões de um momento negro e negativo que as vezes somos submetidos e acho digno não compartilhar essa nuvem negra com as pessoas que de fato gostamos.
Sim, quando estamos envolvidos numa paixonite, numa paquera mais comprometedora de fato somos obrigados a nos afastar para dividir o querer do poder das nossas reais afinidades, isso é natural, e amizade que se preze deve aceita categoricamente essa situação real. São outras afinidades que por trás tem uma outra necessidade que é do sexual. Necessitamos de nos entender como seres dotados de desejo carnal e que a busca no outro ser possa completar a outra parte que falta no crescimento humano para uma composição mais completa como ser. A função do outro, diferentemente do amigo é essa, acolher e nutrir seu amado(a) com a necessidade mais vigente, o sexo, já que o amasdo(a) não pode atribuir a função de amigo, quase irmão.
Não troco minhas amizades por nenhuma futilidade que possa surgir repentinamente na minha história.

Por: Alisson Meneses de Sá

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O PRIMO BASÍLIO NO BRASIL


Alguém poderia me dizer onde fica localizado o estado de Sergipe? Pois é, acredito que ele não fica localizado no Brasil, se está realmente esqueceram de me contar, de me ensinar, tanto sua história quanto sua cultura. Tem certas coisas que não dá pra engolir. Fica preso, engasgado aqui na goela e só escrevendo pra colocar pra fora.
Alguém acredita que passa na TV o anuncio do filme afirmando categoricamente que dia 10 estréia em todo Brasil o filme “O Primo Basílio”. Lá corro eu pro cinema, quero ver, pois se trata de uma obra fenomenal de Eça de Queiroz e como sou encantado com os textos literários nas telonas fui conferir, pego a sinopse e vejo lá o anuncio e a sinopse do próprio filme e daí a frustração, o filme estreou no Brasil e não aqui em Sergipe. Nem me esquivei, nem relutei e nem me indignei, essas coisas são mesmo coisinhas de província, desculpe-me àqueles que tem adoração por Sergipe, eu de certa forma tenho, mas que devemos entrar no consenso a isso devemos sim, Sergipe ta localizado no c... do mundo. Ora! Como pode ser esse desproposito? Questiono indignado, realmente sou brasileiro? Se levar por esse aspecto, o que relato acima, onde descrevo que não somos brasileiros, digo nos sergipanos. Mas qual é minha nacionalidade? Sergipano? Já que estão em discursão as criações de novos estados, desmembrando daqueles já existentes, porque também não desvincular Sergipe do Brasil, criando um país independente, com um único estado. Eu acho essa idéia de muito valia, há quem ache isso gratificante para os cofres públicos e há quem ache um devaneio.
Vamos ver quando entrará mesmo em cartaz na província sergipana e assim eu poder fazer as minhas ponderações sobre a arte em questão. Depois que todo o planeta terra assistiu, aí, sim, seremos presenteados com a obra.
E viva a nobre sesmaria que não evoluiu!!!!

Por: Alisson Meneses de Sá

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

DIA DO SOLTEIRO

Hoje é dia do solteiro
Desconhecia a existência desse dia
Mas se existe o dia dos pais, das mães, dos namorados.
Porque não também ter o dia dos solteiros
Solteiros também são consumistas
Eu mesmo cuidarei em cuidar do meu dia
Pois sou solteiro
Convicto e invicto
Durante o dia coisa normal.
À noite assim que chegar da faculdade
Prepararei um panelão de brigadeiro
Locarei um bom filme
E ficarei ali na sala a curtir aquele momento só meu
Deixarei ao meu alcance todos os travesseiros que existir em casa
Dormirei agarrado a um deles
O maior obviamente
Os demais deixarei bem próximo ao meu corpo.
Para me acalentar de certa forma
E assim será meu dia de solteiro
Diante de tudo calo-me
Eis que a poesia fala por mim:

SOLIDÃO DE TUDO

O dia pardo pousa
sobre as coisas;
tudo embuçado
à procura de luz.

Um barco no aclive
da manhã
desliza moroso
pelo lombo do tempo.

O mar, a praia,
beijos, beijos...
Solidão de tudo
na manhã cinzenta.

De: Enzo Carlo Barrocco

terça-feira, 14 de agosto de 2007

RUA RAFAEL RODRIGUES


Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar
Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Foi porque
Só porque te quero bem

De fato eu já tenho uma rua. Falta o meu bem. O bosque solitário também se faz presente. O anjo que roubou meu coração leva o nome dela.

Foi homenageado nesta última sexta-feira, dia 10 de agosto, levando agora o nome de uma rua, no Grageru, rua na qual morava e desfilava seu marcante sorisso.

Às vezes sou movido pela emoção e fico absolutamente incapaz de expressar tão belo sentimento que é a saudade que sentimos pelas pessoas que de certa forma marcou nossa história. E aí ta um fruto semeado por ele e colhido por aqueles que ficaram. É só lembrar de o quanto foste importante para o mundo e para seus amigos e para os amores amados.
Ainda me vêm as recordações de um tempo que jamais se acabará. Enquanto as lembranças que tenho de ti estiverem presentes na minha vida, na minha alma, no meu ser, tomadas por uma recordação estúpida e cruel que me trás a sua lembrança, lembrança da sua voz rouca ao me chamar... e aqui paro... porque as lágrimas que escorrem na minha face, escorrem porque na verdade você é insubstituível. Ponto final!!!

A você dedico:

Despedida
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces ? - me perguntarão.
- Por não Ter palavras, por não ter imagem.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras ?
Tudo.
Que desejas ?
Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação ...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão !
Estandarte triste de uma estranha guerra ... )
Quero solidão.

Cecília Meireles

Link da inauguração da Rua Rafael Rodrigues:
Por: Alisson Meneses de Sá

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

ASSISTIR TV COM AVÓ!!!!


Apesar das nossas brigas casuais minha avó realmente é digna de aplausos e mais aplausos, ela me surpreende cada vez que a encontro e dessa vez eu fique transnacionalizado, como diz um amigo meu.
Minha avó está passando esta semana aqui em nossa casa, devido os exames que a mesma freqüente é submetida a fazer, exatamente aqui em aju, ela sempre preocupada com seus netos, um dia após sua chegada, assim que cheguei da faculdade cansado tomei um bom banho e fui deitar na minha cama não tinha encontrado com ela durante todo o dia, deitei na cama e fui ler um livro que devo complementar no TCC, assim que deitei, ela delicadamente chegou no meu quarto, o mesmo que ela está hospedada, ela sentou na minha cama e fez uma bateria de perguntas, devo dizer que minha mãe nunca fez isso, mas esse ato de interrogar todos seus netos era habitual em minha avó, e obviamente eu que nunca tenho um diálogo constante nem com ela nem com minha mãe, não tomei aquilo como surpresa. Ela ali sentada fica a conversar, conversamos tanto que não vimos o tempo passar, quando de fato demos conta da hora já eram mais de uma da madruga, ela foi cuidar em tomar banho pra dormir e eu nem li uma linha daquele livro.
No dia seguinte assim que cheguei da faculdade, e cheguei cedo devido o professor não ter comparecido para ministrar sua primeira aula no período do curso na qual estou me graduando, cheguei em casa e deitei na cama de minha irmã, logo liguei a TV e o jornal nacional estava terminando, ela que estava passando pela frente do quarto onde eu estava me perguntou se a novela tinha começado, balancei a cabeça afirmando que não, ela entrou naquele quarto e deitou na outra cama que era de minha outra irmã, ficou ali esperando atentamente começar a novela das nove.
Inicia-se a novela,e asim que os personagens vão aparecendo na telinha, tomo um susto, minha avó dialoga com a TV, achei aquilo tão esquisito, comecei a ri caladinho, nas cenas parecia que ela estava junto à trama novelística, parecia que o autor da novela tinha desenvolvido falas pra ela, mas sua participação parecia não surtir efeito sobre os personagens daquela novela, ela dizia: “mulé bandida você”. “Deixa de ser besta, ele quer te ajudar”. “Fique aí, fique, pra você ver o quanto você vai sofrer”. Eu começava a ri daquela situação, ela nem percebia que eu estava ali rindo daquela situação hilária, gostaria de filmar aquela cena, ela aumentou o som da TV porque ela tem problemas auditivos, mais uma vez ela proferia: “Vixe tanta mulé bandida”. “Só tem cachorra nessa novela”. “Umas mulher que não se respeitam”. “Repare, repare”. Nesse instante ela me observou rindo, porque não agüentei, ela também ria, queria que eu participasse da cena junto com ela, queria ouvir minhas opiniões sobre as mulheres de hoje em dia. Nossa isso realmente foi fantástico, imaginei minha avó junto com minha turma de amigos assistindo um filme, ou então apreciando nosso seriado preferido Sexy and city, o quanto ela não ia dá os pitecos dela junto com Ancejo ou concordando com as opiniões de Miguel, seria verdadeiramente mais que vanguarda, ultravanguarda. Mas ver novela com minha avó é tudo que há de mais moderno.

Por: Alisson Meneses de Sá

MINHA MONOGRAFIA

TEMA:
A SODOMIA VISTA NA SOCIEDADE SERGIPANA SOB O PRISMA IMPERIAL
Superficialmente mostrarei como será meu projeto monográfico.

A ousadia do tema me faz delinear sobre uma vertente muito pouco usada na historiografia sergipana, os casos homoeróticos. Debruçarei-me sobre o tema da sodomia como se estivesse escrevendo sobre um conto de fadas.

No dicionário “sodomia” significa: relação sexual fora dos padrões tidos como normais entre indivíduos do mesmo sexo ou de sexos diferentes, ou ainda entre pessoas e animais.
Popularmente esse termo é usado pra designar especificamente as relações homossexuais e não mais usadas paras as práticas anais com héteros. Obviamente temos a origem dessa palavra advinda da cidade de Sodoma, mais conhecida biblicamente por sua administração regada por muita orgia coletiva. O que de fato jamais podemos deixar de vincular a essa vertente de análise é quanto à presença constante da história da Igreja Católica, especificamente da Santa Inquisição, pois os arquivos de pesquisa ao tema sodomia está acoplado as leis preponderantes do catolicismo sobre a sociedade.
Estarei obviamente me especificando quando a região de Sergipe, como um todo, e mais ainda me restringindo ao período imperial, onde retratarei desde a chegada da família real ao Brasil até meados do império, pois a perseguição, ou seja, a soberania da Igreja e as atribuições dadas à inquisição como fonte de julgamento e punição da sociedade se esfacela antes de se fechar o ciclo imperial no Brasil.
Então, estarei voltado exclusivamente sobre as relações sociais desses sodomitas, o que faziam e quais as posições sociais que desempenhavam na sociedade sergipana e verificar que tipo de ato afrontoso lhes entregaria nas mãos do poder inquisitorial e qual a parcela de culpa que a sociedade, digo a comunidade civil, tem ao delatar os praticantes de tal ato. Primeiramente fazendo uma contextualização da caça aos pecadores junto ao poderio católico.
A priori, minha intenção em desenvolver tal tema, voltado para o homossexualismo em terras sergipana, tinha como foco o período colonial, mas sendo essa datação dificultosa no manejo de pesquisas em arquivos e documentações, a escassez de tais documentos impossibilita fazermos uma investigação mais antiga.
Historicamente sobre o tema abordado temos um mestre no assunto inerente aos homoeróticos em Sergipe Del Rey, Luiz Mott, onde fala especificamente da visitação da Santa Inquisição em terras sergipanas, o texto de Luiz está como um todo vinculado à igreja católica e suas atribuições como poder vigente, onde de certa forma gostaria de fugir e voltar pra outros aspectos ainda não abordado como, por exemplo, as relações sociais que os incriminados possuíam na vivência em sociedade.
Trata-se de um tema um tanto quando desafiador, pois ainda temos preconceitos ao abordarmos assuntos que muitos se sentem afetados na intimidade daqueles que se fazem presentes na banca examinadora, ou até mesmo nas orientações que nos fazem necessária.
A equipe que desenvolverá essa árdua missão de forma factual da história da sodomia em Sergipe sob o prisma do Império, leia-se: Igreja é trazer para debate e discussão os aspectos abordados acima. Teremos como segunda casa, nessa reta final, o arquivo público, o arquivo judiciário e o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

P.S.: Aceito sugestões tá!!!

Por: Alisson Meneses de Sá

sábado, 11 de agosto de 2007

ACONTECIMENTOS INESPERADOS

Nota de esclarecimento
Dei tempo ao tempo
Não me ligou nem deu sinal
Queria explicar o ocorrido
Fatalidades também podem acontecer
Faz algum tempo
Aliás, pa mim muito tempo.
Meu celular quebrou
Espatifou-se em três pedaços
Justamente no sábado que você ia me ligar
Íamos nos encontrar
Estava disposto e preparado pra te encontrar
Seus contatos sumiram
Estavam todos no meu celular falecido
Tentei te encontrar por outros meios como Internet.
Você nunca entrava
Fiquei apavorado
Não tinha como te explicar
Você tinha meus contatos
Nenhum e-mail sequer foi enviado
Não ia entrar em desespero
Achei que você fosse tomar alguma iniciativa
Pelo menos saber se eu de fato estava vivo
Mas isso não é de sua personalidade
Tranqüilizei-me
Se de fato se você fosse pra me pertencer
Ia me pertencer
Entendo, por parte, o que pensas.
Só queria justificar o porquê daquele desencontro
De veras não deu certo

Por: Alisson Meneses de Sá

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

EU SERPENTE

Todo mundo tem um “Q” de serpente. Eu tenho plena admiração por elas, verdadeira adoração, enquanto uns a temem eu a amo, enquanto outros se esquivam amedrontados eu fico hipnotizado com os seus efeitos encantadores. Serpente é símbolo de poder, vitória, medo, eternidades, contradição e transformação. Vez por outra me sinto na pele de uma serpente, não por seu fator preponderante que é a morte, mas pelo encantamento e a imposição do medo que a mesma emite veementemente. Já que não posso tê-la como animal de estimação, assim como a poderosa Cleópatra tinha suas cobras, fico somente na admiração e no desejo de me transformar numa delas. O poder eminente que ela trespassa é de uma magnitude incomparável, pessoas expressam calafrios, horror em só imaginar tais criaturas em ação. Meu substancial interesse por tais animais não se dá pelo fato se ser um animal, erroneamente, vale ressaltar, perverso e peçonhento e sim pela sua capacidade de defesa ao ser atacado, tenho verdadeira admiração por elas, pois da mesma forma que elas tem o poder de matar elas também tem o poder de salvar. És uma verdadeira rainha dos bichos, não vejo mérito melhor pra uma serpente, ela tem poderes magníficos, sem contar obviamente que fazem parte, segundo a mitologia cristã, do princípio do homem na terra, tem quem acredite em Adão e Eva e a serpente do mal. Mitologicamente a serpente representou poder, status nas principais e mais elevadas hierarquias de poder religioso na antiguidade, até Moisés criou um bastão de ferro com a figura de uma serpente para simbolizar o poder eminente da criatura e do criador.
Taí! uma serpente, era o que de fato precisava ser, faceira, rápida, desconfiada, sempre pronta pra atacar, fresca, e sempre em mutação, em adaptação com meio onde vive, fatal e mortal, só um beijo para levar meu inimigo a sentir o gosto da morte, carinho eloqüente.
Alguém aceita o doce beijo da serpente?
Eu serpente.

Por: Alisson Meneses de Sá

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

QUEM DISSE QUE NÃO FAZ FALTA?

Ledo engano que afirma que relacionamento não faz falta pro ser humano, eu sou desse posicionamento, há algum tempo, prefiro não declarar o tempo, não ando me envolvendo com alguém, estou dando prioridade a ficar só, a me entender pessoalmente, a explorar alguns sentidos que em mim eram fatalmente desconhecidos. Andava me esquivando pra não me deparar com nenhum tipo de envolvimento que mexesse com o meu lado emocional que há muito andava só, estava sem dúvida em tempo de reciclagem geral.
Mas quem disse que relacionamento não faz falta?
Apresento-me como um ser inatingível e inabalável sentimentalmente, mas algumas coisas às vezes nos afetam e fazem dar estalos, mostrando que aquela redoma de vidro não é tão poderosa quando se imagina ser.
Por exemplo, sinto falta de ver um filme com alguém que me interesse, isso é mais que latente em mim fica não muito claro, mas é de fato necessário, assistir um bom filme com a mão bem agarradinha na da outra pessoa, ombros agarrados, pernas propositalmente se tocando, isso é importante numa relação e de fato isso me faz sentir falta em está ao lado de alguém, discutir posteriormente um filme quando ambos gostaram e se tem algo que possa comentar, porque às vezes o filme é uma bosta e não se faz necessário tecer nenhum comentário, quando não se saí antes do filme acabar, já fiz isso com outra pessoa e achamos melhor nos divertimos numa cama do que ver aquela porcaria de exibição artística.
Beijar, esse é um dos principais objetivos e desejos reais de se ter um relacionamento, beijar, e quem não gosta de beijar e ser beijado, beijar ardentemente, sufocantemente, bitocas, beijos e mais beijos, de fato essa química ainda não foi explicada cientificamente, mas nunca fiz coisa tão gostosa e tão prazerosa quanto beijar uma boca sedenta. Quanto tempo não beijo uma boca, uma boca que com todo respeito deve ser violentada por meus lábios bem desenhados. Esses beijos de festa, ressalto, não são assim verdadeiros beijos, é o princípio do que se deve chamar de beijo apaixonado e beijo amado. Sinto falta e não suporto a idéia de beijar por futilidade e promiscuidade, às vezes somos obrigados ou enganados, saliento ordinariamente, mas a necessidade impulsiona o homem a agir com seus próprios instintos pra conseguir aquilo que lhe dar prazer e lhe deixa um ser saciado.
O próprio relacionamento substancialmente te dar um certo prazer, uma parada na obrigatória caça aos vampiros. A importância de se ter alguém ao seu lado é de estrema importância pra quem tem como princípio básico da relação o companheirismo e o respeito. Sinto falta de falar pra alguém sobre minha vida, sobre como foi meu dia e fazer planos de um futuro a dois, ouvir uma música e logo à memória vir à imagem da pessoa amada, fazer um café da manhã especial, acordando com um beijo e servindo com sedução, adoro fazer sexo assim ao acordar, fazer um jantar surpresa e convidar alguns amigos para poderem assistir a tal felicidade, a comunicação através dos olhos, os gestos subtendidos, as piscadas de olhos trocadas em públicos, os elogios quanto à vestimenta adequada pra a ocasião em especial, um sorriso comprometedor, o ciúme controlado e a reconciliação esperada, após estranheza, tudo se resolve á dois, num cantinho, ou seja, numa cama.
Há quem diga que hoje estou com o coração amolecido, de uma pedra transformou-se numa espuma macia e felpuda. Simplesmente sinto falta de algo, isso não é emergencial, não é uma necessidade insuportável, tranqüilamente controlo esses instintos meramente desafiadores.
Ainda sou feito de carne e osso, apesar de muitos não acharem!

Por: Alisson Meneses de Sá

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

REBELDIA

Minha mãe achava que minha rebeldia, assim ela diz quando me oponho a suas idéias e seus preceitos conservadores, era coisa de adolescente aborrecente, coisa de menino de 14 que se estende até os 18 às vezes até os 20 anos de idade. O que de fato não aconteceu comigo, pois já passei por essa fase de adolescente e a rebeldia ainda é vigente. O que não passou foi a minha rebeldia. Ser a ovelha negra da família é um tanto quanto trágico, sinto-me assim indesejável por 99% da família, sou uma pessoa incorrigível, não sou obrigado a concordar com tudo que eles pensam e tudo que eles sonham pra mim, tenho poder e desejo de criar meus próprios caminhos e assim seguir, galgando cada centímetro dela, é isso que me deixa forte e insuperável, odeio ser guiado, ser subserviente as pessoas, não sou um rebelde sem causas, tenho causas suficientes pra dá gritos e mais gritos de liberdade. Entendo que o que eles desejam pra mim seria, no pensar deles, o mais legal e o mais propício, o que eles ainda não perceberam é que essa idéia está mais do que ultrapassada, obsoleta, necessito enfrentar o mundo de cara, sem medo de ser feliz. Sei que sou alvo de todas as atenções, pois sou polêmico com minha linha de raciocínio, sou da vanguarda, adoro ser futurista, estudo sim o passado, mas pra analisá-lo de forma subjetiva e não ficar estacionado ali, na inércia do passado, sem ver que o mundo gira e que a evolução é constantemente mutável.
São incontáveis as vezes que digladio com mãe e avó, quando não faço aquilo que os agrada me tratam como um verdadeiro estranho, talvez o merecesse, às vezes querem o impossível e não conseguem enxergar um palmo a frente do nariz. Ser adorado não é muito que desejo devido à impotência que isso me causa. Parente agente não escolhe, mas tenta sintonizar, seguir na mesma trilha. Não sou perverso nem traiçoeiro, somente não sou de acordo com as regras que tentam me impõem. O orgulho se faz presente em mim, com certa ênfase. A linha dura deles também faz presente na forma de educar. Nasci pra liberdade e não pra seguir regras arcaicas.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 7 de agosto de 2007

BOA VIAGEM MIG!

Mig, tu esteve aqui em casa e mal me despedi.
Boa viagem meu Primo, Amigo e Irmão.
Saiba aproveitar cada segundo dessa sua viagem
Cuide-se e divirta-se
Ficaremos essa semana com saudades de ti
Irei pra sua casa
Lá Ancejo me espera
Programa caseiro mesmo
Ver sexy and city
Um lux luxo pra poucos
Farei aquele jantar
Uma pena você não saborear.
Mas prometo na outra semana farei um de boas vindas
Não se esqueça de manter contato conosco
Cuidarei de Ancejo, é meio descondensado, mas dá pra sobreviver.
Se der fico pra te receber no domingo
Chegará aqui na madruga
Ficarei morto, mas tentarei.
Não se esqueça das baladas viu.
Divirta-se por três
Eu, Ancejo e você.
O casal, espero que assim que você voltar esteja tudo na paz de jhá
Também prometo não me envolver em nenhuma confusão
Talvez role um teatro no sábado
Não vai ser o mesmo sem você,
Aliás, o trio fica desfalcado ne?
Faça uma apresentação digna de um Ventura.
Mostre esse seu sorriso magnífico que você será ovacionado
Enquanto isso, Ancejo malha e eu...
Venha renovado
Cuidado com os vôos
E sempre nos dê notícias
E volte loooooooogo!

Por: Alisson Meneses de Sá

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DE VOLTA À ACADEMIA

Voltam-se às rotinas, casa-trabalho-faculdade-casa, mais um semestre, digo, finalmente o último semestre. Formatura chegando, só restam cinco meses, serão de fato os cinco meses mais corridos, mas desesperado que se possa imaginar. A incansável e desgastante monografia está aí, já na ponta do meu nariz, o projeto não ficou lá essas coisa e como quero no mínimo tirar 8,5, tenho que me esforçar bastante, não é pouco não, muito, mas muito mesmo, tenho que já desde do início das aulas paquerar meu professor, digo no bom sentido, tenho que ver qual o professor analisará melhor o meu trabalho de conclusão de curso, tenho dois já em mente, um eu nunca estudei, mas ouvi comentários acerca sua função de orientador, exigente e imparcial, mas que impulsiona o aluno a conseguir aquilo que é esperado, a outra é nova, de recente mestrado, já a conheço em sala aula , a linha dela é mais voltada pra economia, posso puxar meu tema um pouco pra uma análise econômica, mas o que dará ênfase com toda certeza será a parte social. Pois bem, sem contar com a formatura que logo se aproxima, um corre-corre, farei parte da comissão de formandos, necessito colocar meus dedos porque senão será uma verdadeira negação e me recusarei a participar.
O tempo passa num piscar de olhos, um dia desses tinha acabado de entrar, ainda me vejo na minha primeira aula, todo sem graça, participando da aula de Metodologia Científica, nossa, a primeira aula já era chata, aí bateu a dúvida, era esse mesmo o curso? Daí no dia seguinte me entra Sociologia, de cara me apaixonei, perfeita a aula, professor: Elder Teixeira, magnífico, um fenômeno de professor. E assim vai passando períodos aqui outro acolá, me debato com professores incondicionalmente perfeitos, Edna, Marcos Antônio, inesquecíveis, sem contar na romântica Josane Moreno, na briguenta Nely Santos e mais, o incorrigível e dinâmico Quintino, incomparáveis professores, claro que tiveram outros, mas sem tanto efeito assim. Lembro das diversões nos corredores, do bar de Dede que segundo os que nada querem, era nosso inestimável escritório particular, um luxo essa comparação, nossa, quantas brigas fui obrigado presenciar e a que participei, amigos que de repente não eram mais amigos, coisas de universidade, todos querendo impor suas idéias, suas razões, os grupos se formam em prol de uma sobrevivência comum, agrupamento se faz necessário desde a pré-história, e grupo de Teatro HistoiArte, essa ficará nas recordações das fotos e dos vídeos, acontecimento real.
Último período e já ficam plenas saudades, um grão de área da minha vitória, saberei aproveitar essa experiência com parcimônia no meu futuro, porque não acaba aqui não, o futuro a Deus pertence, Ele permitirá que eu chegue no patamar mais elevado que se possa imaginar. Pós-Doctor quem sabe!

Por: Alisson Meneses de Sá

domingo, 5 de agosto de 2007

MEU AFILHADO JOÃO GABRIEL

Eis que no dia 01 de agosto de 2007, sou presenteado com a chegada de João Gabriel, meu mais novo afilhado, segue as fotos de seus primeiros dias!!!!

Esse é Gabriel, um verdadeiro Anjo!

Veja como ele dorme!

Amamentação: fundamental.

Vejam quem menino preguiçoso!

A mãe de Gabriel minha comadre – sorrindo à toa agora!

Vejam a alegria da marinheira de primeira viagem!

Agora é vez do pai, vejam a cara.
Devo dizer que alguém ficou de escanteio! Pedro Henrique!

Vejam a cara de raiva! Todas as atenções voltadas pra Gabriel!

Mas não demorou muito não! Pedro Henrique

Por: Alisson Meneses de Sá

sábado, 4 de agosto de 2007

MEU GRITO

Eu grito pra poderem me enxergar.
Grito para ser notado como ser
Hora ou outra tenho a necessidade de gritar
Gritar que te quero
Gritar, pois estou feliz.
Gritar de desespero, jamais.
Grito por que se faz necessário
Não por reclamar
Não me sentir injustamente julgado
Quero gritar, pois estou vivo.
Grito porque tudo corre bem comigo
Todas os meus planos correm bem
Tudo dá certo
É uma espécie de transformação evidente
Grito porque ouso
Sempre ousei
Arriscar faz parte de mim
Arrisco pra poder gritar depois
Se o risco fracassou
Grito porque aquilo não valeu de nada
Grito porque tudo dará certo
Felicidade é sinônimo de grito
Grito porque sou feliz
Mesmo assim,
Quero gritar, queria gritar, gritei.
Ainda não gritei por amor
Só ilusões, pessoas que passam.
Amor reservado para o grito
O grito reservado para amar
O gemido não é grito
O grito do gemido é puro deleite
Quem tem ouvidos, escuta meu grito.
Grito de vitória.
Vencer pra gritar
Grito de louco também é válido
Loucos também amam
Loucos gritam por um objetivo
Querem ser notados
Casualmente são
O grito da loucura
Louco do grito
A vida é louca
Grito substancialmente gritado
Grito de domingo deserto
Grito de louvor e oração
Gritar de prazer emocional
Eu grito
Eis meu grito.

Alisson Meneses de Sá

A MENINA DO BRINCO

Alguém deve imaginar o quanto é dolorido e traumático pra uma mãe descobrir que a sua filha virou puta, rapariga, amante, biscate, mulher da vida, meretriz?
Não né? Pois é, ninguém nunca passou por isso na vida. Então fica um tanto difícil imaginar tal situação mais que frustrante.
É claro nunca passei por tal situação e espero jamais passar, digo como pai, pois se pra mim foi constrangedor o que eu presenciei com o outro, você imagine se isso fosse comigo, não queria nunca está na pele da mãe, que amarguradamente chorava, via-se que tinha boa índole, não era rica de posses, percebia nos seus trajes, mas que tinha virtude e posicionamento de respeito.
Estava dentro de um ônibus, indo pra casa depois de um dia cheio de coisas a resolver, estava em pé, o coletivo não estava lotado, mas tinham algumas pessoas em pé, pessoas que vinham de seus respectivos trabalhos e iam em direção as suas casas, era uma sexta-feira, à noite, por voltas das 20:00h, expressões de cansaço eram emitidos nos rotos daqueles que ali estavam, alguns voltariam a trabalhar no dia seguinte, outros por ventura iriam descansar, de repente alguém começa a falar não tão alto, mas que dava para as pessoas ouvir, pois pouco barulho era ouvido naquele transporte, uma senhora, morena, pouco pude observar suas roupas, mas lembro-me que eram trajes de uma dona-de-casa de classe baixa, ela fala direcionada pra outra mulher, na verdade, uma menina que estava na minha frente, sentada e encostada na janela do ônibus, não tinha prestado atenção no que aquela senhora tinha dito pra aquela menina, só sei que ela virou o rosto para a janela e ficou a observar o lado de fora do ônibus, neste instante pude ver aqueles brincos, eram enormes, uma argola cheia de pedras que imitavam grotescamente jóias, uma biju bem fajuta mesmo, a menina era morena, seus cabelos pouco cuidado mas cheios de mices que prendem o cabelo, se aquela menina não usasse aqueles grampos os cabelos dela ficariam espichados, então ela queria dar um jeito e encheu o cabelo de mice, sua maquiagem estava absurdamente pesada, o vermelho do batom era gritante e a sombra nos olhos também, poupei de observar sua face e fui para sua vestimenta, na parte de cima um tomara-que-cai cor rosa-choque, na parte de baixo uma saia justa de cor amarelo sol, nos pés uma precata branca com um discreto salto, observava essa conjuntura calado, e imaginava as condições daquela menina que devia beirar seus 15 anos, isso se eu não tiver enganado e na verdade ela não tiver menos, coisa que jamais me espantaria.
A mãe tinha feito algum comentário que na verdade não prestei atenção, depois ela iniciou mais uma vez, faz comentários ininterruptos e volta-se sempre pra trás se expressando pra aquela menina, pude perceber que era sua filha, os traços eram nítidos, a mãe estava consternada, era um tom um pouco de revolta, todos começaram a observa e daí eu dei mais atenção ao casual diálogo daquele núcleo familiar que preferiram lavar a roupa suja justamente ali, dentro daquela condução pública, a mãe estava revoltada, tinha pegado aquela menina, que era sua filha, com um homem, e pelo desenrolar da conversar não era qualquer homem não, era um homem casado e que obviamente a mãe conhecera, acredito que deveria ser um homem do bairro onde elas residiam, coisa do tipo, a mãe dizia que não queria aquela vida pra ela, uma vida de puta, pois ela sabia que aquele homem era casado e muito bem casado e quem sai com homem casado pra beber em bar era rapariga, dizia que ela tava iludida com aquele homem desgraçado, ela deveria se dar o valor, pois a criação dela foi outra, porque ela era pobre, mas tinha que ser honesta. Aquela mãe chorava, e dizia que estava com vergonha dela, que ela mentiu pra ela. Algumas pessoas só observavam e ficavam comovidos com aquela mãe, outros achavam tudo aqui bizarro e ria, eu fiquei surpreendido, a menina estava com vergonha, ela olhava toda desconfiada pras pessoas e quando ela via que todos a observavam ela virava o rosto pro lado da janela, a contemplar aquela paisagem, era melhor do está sendo repreendida por todos ali. A mãe repetia várias e várias vezes as lições que ela tinha dado e a vergonha que ela sentia por está passando por aquilo, questionou até sobre sua vestimenta, que não era adequada, que aquilo era roupa de puta. Nessa hora minha vontade era bater palmas, mas me contive.
Por outro lado me coloco na pele daquela menina, não julgarei aqui o comportamento delas, mas imagino a ilusão que aquela cabeça sem perspectivas futuras e que nada habita, talvez estava iludida com promessas fajutas ou talvez fazia aquilo por prazer, vai saber o que se passava por aquela cabeça, mas devo dizer que essa história não acaba por aqui, essa menina deverá ainda se deleitar com o tal homem, porque a idade lhe condiciona a isso e quanto mais proibido a situação mais prazer se tem, só fico aqui com um pesar, de imaginar aquela mãe sofrendo e tendo que buscar aquela filha nas portas dos bordeis ou nas esquinas da vida.

Por: Alisson Meneses de Sá