terça-feira, 26 de junho de 2007

QUEM DISSE QUE EU NÃO IA?


Assim como 90% da população Aracajuana e circo vizinhas se jogaram ontem á noite para ver o show de Aviões do Forró, eu também me joguei, nunca pude imaginar que tão renomada banda poderia arrastar tanta gente pra um ambiente só, nossa, passei meia hora da entrada da festa até o local onde estavam meus amigos, nunca me senti tão imprensado em toda minha vida, um sufoco, depois de secar um Chandom em casa sozinho estava ali, naquele empurra-empurra, tocava ainda Cordel do Fogo Encantado, queria ouvi mas torna-se impossível, a cultura sergipana em meia e meia hora vaiava a banda, querendo que esta logo acabasse pra entrar logo a banda mais esperada do Forró Caju diga-se de passagem, porque nem no sábado que tinha a concentração dos melhores cantores nacionais não lotou tanto quanto ontem, uma loucura, aquele bar seleto e onde concentrava-se as figurinhas mais carimbadas de aju estava também lotadíssimo, o empurra-empurra de lá fora não se comparava ao empurre-empurra do bar. Depois de muito pensar resolvi ir porque não tinha nada a perder, apesar de ter uma série de tarefas a ser feita hoje pela manhã resolvi vestir uma calça jeans e uma camiseta básica e ir pro forró ariar a fivela, uma coisa, aqueles pestes que estão super bem acompanhados não se desgrudaram e logo-logo foram embora, eu mesmo não desistir fiquei, me juntei com Alina, aquela que fenomenalmente rodou o tapa na cara do sua ex na noite de ontem, foi um luxo o tapa vale a pena ressaltar, não rolou baixaria, foram finas e quase ninguém percebeu o vuco-vuco, e de hoje em diante tenho que de fato me acostumar em ficar sem a companhia desses casais, porque, saliento que não nasci pra segurar vela de ninguém, quanto mais de um trio de casais e olhe que depois desses casais me condenarem e me convencerem a sair à noite eles é que foram os primeiros a saírem, nossa, pois fiquei, e só sai de lá 5:00h da manhã mas com um pesar no coração, queria ferver mais, mas os compromissos do outro dia a cada minuto vinha á mente. Foi uma loucura só, a baixaria que rolou naquele bar, uma briga que durou cerca de uma hora entre duas rachas dos infernos, só porque uma pisou no pé da outra, minha gente foi uma coisa a briga, fiquei trespassado, as rachas se pegaram mesmo, e num é que dentro do bar elas chamaram mais atenção do que a cantora de Aviões fiquei trespassado com o que vi, a uma câmara pra registrar aquilo tudo e colocar no youtube hoje. Eu estava um nojo só, aff, nem eu me suportava, tomei um Chandom sozinho em casa e lá entornei algumas latinhas de cerveja, mas a cachaça não me pegou, impávido à noite toda o que deixava algumas pessoas com raiva porque não retribuía o olhar nem um sorriso sequer, no bar vizinho eis que surge uma criatura, uma rachada mesmo, virei sem querer, eram três, comentavam e falavam sobre mim, percebi pelos lábios, uma loira de cabelos escorridos e blusa com um decote fenomenal verde olhava pra mim e sorria, eita cabrunco, à noite passada também tinha trocado saliva com uma morena de Santa Catarina e hoje era com uma loira, fiquei na minha, já que não estava dando ousadia para as pessoas que dentro do bar me olhavam, pessoas essas que me apetecem mais do que aquela do outro bar, resolvi chocar e olhar pra gata também, mas se ela esperava eu ir lá falar com ela, ela perdeu tempo, porque jamais sairia do meu canto pra me esfregar com uma racha, percebi que ela dançava com um rapá que estava também no outro bar, o rapá muito simpático, achei que a moça tava brincando comigo, porque na minha opinião eu não o trocava por mim, hehehehehe, então desisti, e fiquei na minha, resolvi pegar mais uma cerveja quando derrepente alguém topa no meu braço e diz, “ei, uma moça daquele outro bar mandou te entregar isso” me mostrando um guardanapo com o telefone e o nome dela – REGINA de final de cel 4939, olhei e coloquei no bolso, voltando pro meu canto pisei delicadamente no pé de uma outra gata que estava ali, perguntei se tinha pisado, ela balançou a cabeça afirmando que sim, pedi desculpas, ela sorrio, era um sorriso provocativo, ela tava com um rebanho de bicha ao redor, eita, todo mundo gritava pra ela me beijar, fiquei com nojo e sai logo pela tangente antes que ela resolvesse mesmo me beijar. Olhei pro outro bar e acenei com a cabeça pra Regina, ela entendeu e eu disse só com os lábios que ia ligar pra ela, ela balançou a cabeça, hehehehehehehehe, acho que ela vai esperar sentada, porque ela não faz meu estilo, coitada, pelo menos teve um saldo positivo da noite, dançou com um rapagão bonito a noite toda e ainda foi paquerada por outro de outro bar, ta bom pra ela, deixa ela sonhar mais um pouco, quem sabe agente não se encontra em outras festas. Alguns olhares eram direcionados, mantive-me um só durante toda a festa, meu amigo Francys todo instante me perguntava porque estava tão quieto, eu já não respondia, dizia só, “estava cansado, essas festas e noites perdidas me acabam”, entre uma golada e outra ficava trespassado com o gingado daquela cabeluda ao dançar arroja com um rapaz que ali estava, era impressionante, dançava mesmo, arrochada, a Paula que não é de Paraíso Tropical mas que é um doce de pessoa, não estava nem um pouco colocada, era paquerada por todas, nossa, mas educadamente dizia que não era sapata e que o negócio dela mesmo era homem, a cabeluda mesmo estava que estava, pretendente não faltava, mas só ficou no close, e antes de sair pude perceber que a sua ex grudou nela de uma forma que ela não podia mais desgrudar, foi uma noite tranqüila, e terei que me acostumar em ficar acompanhada das rachas solteiras ou me atracar com elas, coisa que já ta virando praxe pra esse que vos escreve, hoje me levanto tomo um banho nas carreiras e vou resolver meio mundo de coisa. Meu quarto ta uma bagunça, a concentração da bagunça mundial está localizado no meu quarto, faz nojo entrar, tenho que ir, preciso arrumar tudo, afinal meus dias de luxo, conforto já estão contados!!!!!

Por: Alisson Meneses de Sá

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