terça-feira, 1 de maio de 2007

Brigadeiro Amargo: uma paixão repentina e um amor desfeito. (último capítulo)


3º Capítulo: O amor é divino, a paixão é demoníaca.



Todo apaixonado é masoquista, ainda que não queira. Quando se é apaixonada se é escrava do outro e dos encantos que nele enxergamos, ainda que ele não tenha.
Nesse nosso próximo encontro algo soava estranho. Talvez por timidez, Svetlana estava muito calada. Dimitri disse-me que eu estava muito desconfiada. Era como se algo me avisasse que dali pra frente tudo daria errado, mas eu já estava apaixonada por aquele menino. Qualquer coisa errada, por mais clarividente que fosse, não seria o suficiente para me convencer, tal era a gravidade do meu sentimento. Só viria a ver que isso era péssimo pra mim mais adiante.
Dimitri começou a me contar sobre uma festa que tinha ido no final de semana . Por uma grande coincidência falou-me de Natasha, uma amiga minha que ele também conhecia e eu nem sabia. Disse-me que esta descompensada havia tirado a roupa na tal festa e tudo o mais. Fiquei surpresa pelo fato de ele conhecer minha amiga. Disse-me ainda que tinham te avisado que ele tomasse cuidado, pois eu, Svetlana, e Natasha, éramos feito carne e unha. E já que falou de forma tão enfática, meio que insinuando algo, fiz esforços para lhe dizer que éramos apenas amigas.
Conversa vai, conversa vem disse-me que tinha namorada e fiz questão de lamentar esse fato. Fiquei arrasada e falei: É uma pena. No que ele me respondeu: Desculpe!
Não fazia a menor idéia de quem fosse essa tal namorada. Mesmo assim fui até sua casa de novo. Nesse momento eu me sentia péssima. Já estava envolvida por um homem e ele acabava de me dizer que tinha outra. Moooooorrrrrrta!!!
Todas as peripécias sexuais que relatei no capítulo anterior se repetiram. Beijos, abraços, carícias, mordidas, chupadas, roça-roça...
Depois de tudo isso Dimitri começou a falar no meu ouvido, com voz de homem safado: Eu quero você. Como ainda era muito tola, entendi que queria me possuir e me assustei com isso. Mas confesso que gostei. Ninguém antes me dissera algo tão dominado pela excitação. Dimitri já não agüentava tanto roça-roça, ele já queria partir pro vuco-vuco.
Pediu-me para que ficasse de quatro na cama, mas mesmo antes de terminar seu pedido eu já estava lá na posição desejada por ele. Ninguém me pergunte por que. É que na vida existem os ímpetos. E ninguém domina impulsos nessas horas. Nosso juízo, então... Já de posse de uma camisinha, Dimitri respirava ofegante. Pedi-lhe que usasse um gel e que pegasse na minha bolsa. Tola sim, porém prevenida. E foi assim que senti um mundo novo se descortinando para mim. Sim, eu era virgem. E estava sendo deflorada por um lindo ninfeto. Não lhe disse esse terrível detalhe, mas pedi para que fosse devagar. Para minha grande surpresa entrou muito fácil. Que sensação tão gostosa foi aquela coisa grossa e dura me penetrando. Em certo momento uma dorzinha começou a me incomodar. Foi aí que mudamos de posição. Dimitri era um amante paciente, delicado. E, para minha futura infelicidade, eu já estava apaixonada.
Fomos para a posição de cavalgar e a dor me perseguia. Eu queria fazer de conta que não sentia dor. Inútil. Minha excitação já não era a mesma. Já me sentia péssima. Agora, estava ali somente para satisfazê-lo. Nada mais me excitava. Eu por cima dele mirava aqueles olhos embriagados de desejo e sedentos por satisfação. Fiz esforços para beijar-lhe os lábios, ao que me pediu para que mexesse. Era para eu mexer-me em cima de sua vara travada totalmente em mim. Eu estava inerte. Nunca ouvi um pedido tão péssimo em toda minha vida. Não conseguia mexer. Sentia-me a última banana da feira. Comecei a cavalgar. Nunca fui adepta dessas artes, mas tive que fazer uma performance de amazona. Dei linda, porém não fiz bonito. Meu show foi um fiasco, desempenho sofrível.
Creio que Dimitri simulou um orgasmo, pois a rapidez com que gozou não me convenceu. Ou pelo menos tinha ejaculação precoce. Mas, é bem verdade que eu era totalmente apertadinha. Eu já estava totalmente fria. Quando terminamos, já estava perto da hora que deveria voltar pro meu escritório. Nos banhamos, nos vestimos, ainda trocamos uns beijos, mas não comentamos nada. Acho que não era preciso...
Fui embora com minha paixão.
Curiosa que era, questionei a uma outra amiga minha, de nome Rassgha, colega de curso, se conhecia Dimitri e lhe dei todas as características. Qual não foi minha surpresa quando Rassgha me respondeu: É o namorado de Tatiana! Eu conhecia Tatiana. Amigona de Natasha, Tatiana nem sequer sonhava que Dimitri era o pior dos galinhas. Contei toda a história à Rassgha, que com seus bofes quentes relatou toda a história a Natasha. Mas, não havia maldade nisso. Diante do fato de saber que sua amiga Tatiana estava sendo enganada e namorando um moleque cretino, Natasha contou a Tatiana, namorada de Dimitri, tudo o que estava acontecendo.
Isso levou Tatiana a ter uma conversa séria com Dimitri, inclusive desmascarando-o com a cópia de toda a conversa que Tatiana teve com Natasha pelo messenger. Nessa conversa, Natasha relatava tudo sobre o affair de Dimitri e Svetlana.
Tendo ciência do acontecido, Tatiana intimou seu namorado para uma conversa séria e acabaram terminando o namoro, pois já suspeitava de um envolvimento dele com o ex-namorado de Natasha. Senti-me a pior das criaturas diante desse desenlace. É bem verdade que fui pra cama com Dimitri sabendo que ele era comprometido. Mas não imaginava que fosse alguém tão próximo a mim. Mesmo assim, nada disso afastou de mim o sentimento de culpa. Senti-me a própria Bia Falcão, sem querer, é claro.
Para minha total infelicidade o dia seguinte era o meu aniversário. Encontrei o vagabundo ( Dimitri ) no mesmo local de sempre no horário do almoço. Ele me intimou com voz grave e inflamada: Quero falar com você! A essa altura eu já tinha notado que nada estava bem. Sentei-me à mesa com ele e ouvi toda ordem de impropérios. Dimitri bradou todos os desaforos que quis. Eu, já possessa de orgulho lhe respondi friamente e com voz trêmula: Não vou lhe pedir desculpas. De imediato ele replicou: Eu nem espero desculpas.
E o resto do meu dia foi horrível. Cheguei em casa me sentindo o próprio zumbi. Apesar de tudo que ouvi, continuava em mim um sentimento de afeição por ele. Chorei...
No dia seguinte, Cleópatra não tinha a pele com que me acordei. Há coisas pelas quais só devemos sofrer um dia. Estava já consciente de que não tinha culpa nenhuma. Afinal de contas, ele tinha compromisso com alguém e se envolveu comigo por pura vadiagem. Fui vítima de minha própria carência afetiva. Admito...
De todas as situações de nossa vida, sejam elas boas ou ruins, devemos tirar proveito. Viver é um aprendizado constante. E é este aprendizado que nos dará suporte para escrevermos nós mesmos as páginas das nossas vidas.
Tatiana hoje se encontra comprometida. Encontrou um belo ninfeto para te acalentar.
Svetlana, Natasha e Rassgha, amigas inseparáveis, são mulheres avulsas. Hoje desbravam mares em suas caravelas. Pintam e bordam, pesares à parte, vivem com intensidade.
Dimitri, por sua vez, deve ter encontrado nos braços e no dinheiro da senhora barroca Brasilina um porto seguro. Creio...
Por: Ancejo Santana

2 comentários:

Thiago disse...

kkkkkkkkkkkk! otimo adorei ...

misterventura disse...

adoreiiiiiiiiiiiiiiiiii
só nao gostei do Rassghaaaaa

de onde saiu esse nome?????????
gente eu mereço algo melhorrrrrr