sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TRAIÇÃO

Madame Bovary deveria ser proibida de leitura pelas moças formosas e casadoiras, por conta do grande ensinamento que está embutido na obra. Se fosse um homem bastante influente e traído mandaria queimar todas as obras de Madame Bovary, pois ali consta a essência da infidelidade e de como aperfeiçoar essa estratégia de golpear seu parceiro saindo com outros. Quanto à infidelidade amorosa, este é um tema um tanto quanto cheio de vertentes, o que na verdade aqui saliento que ainda permanecerei por um bom tempo debruçado sobre tal assunto, me deleitando sobre tudo que sei ou que aprendi em livros ou com a vida, me deliciando com os contos das mulheres audaciosas, escreverei até cansar. A traição é algo que a própria palavra já o diz por si, é traiçoeira, mas num tem mal que traga o bem, pois, na minha visão renovadora acredito que todo tipo de traição tem seu viés positivo. Daí voltamos mais uma vez para a infidelidade amorosa, ramo que adoro me especificar, por conta de vários acontecimentos que me foram privilegiados. Na verdade, que grande história de amor não tem uma pitada de infidelidade? Nem na literatura mais romanceada deixa escapar que um dia tudo vem à tona, nem que seja no final do conto, mas que um dia a traiçoeira infiel será descoberta da impunidade que cometes no leito conjugal, isso eu não tenho a menor dúvida, é também o que deixa a história mais interessante, pois seria um tédio permanecer a traidora impune de sua culpa. Daí eu questiono, qual será a percentagem de cornos existentes aqui no Brasil? Isso seria muito complicado de analisar, pois corno odeia ser taxado de tal alcunha, haja vista a moralidade que o homem tem que impor diante da sociedade, mas um caso eu tenho que ressaltar quanto ao fator histórico. Falo de Carlota Joaquina, uma mulher com desejos sexuais apurados e depravados, diga-se de passagem, que não via em seu esposo o rei Dom João VI seus desejos saciados, porém, o mesmo não tinha nada a oferecer a não ser sua barriga avantajada, contudo, era este rei um devorador voraz de coxas de frango, o que lhe dava obrigatoriamente uma silhueta mais ressaltada, sem contar no título, este era um dos maiores interesses de Carlota. Na história do Brasil, eis que Dom João VI é o que mais leva consigo essa carga de marido traído e Carlota Joaquina sempre conhecida na corte por adorar variar de parceiros quando se via enlouquecida pelas fantasias de sordidez sexual. Será a feiúra e a gordura um fator preponderante para o desgosto matrimonial e a provável traição? Ou será a prisão, na qual, as mulheres ávidas por liberdade de expressão fazem com que elas vejam numa outra pessoa esse desejo saciado e assim fazendo jus as suas vontade e desejos mais íntimos?

Por: Alisson Meneses de Sá

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