terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

EU E CALÍGULA OU EU O CALÍGULA

Eis que me transfiguro e adentro no figurino de um imperador romano que eu mesmo o defino, como sendo Calígula, o imperador perturbado e regido pela essência da sexualidade depravada, escrota e exibicionista, com suas orgias diárias, como se fosse a sua fonte de alimentação. Nada mais propício do que está originalmente vestido de algo que ficou nitidamente registrado, por talvez, ficar conhecido como um seleto admirador das várias formas de praticar o amor ou até, friamente e mais correto, um exímio servo do sexo, seja de que forma for, vendo na TV ou ao vivo e também praticando. Alguns anos atrás quando meus primos moravam juntos e eu tinha como hábito me alojar na sua casa, era corriqueiro está as escondida, a observar os desempenhos sexuais que eles praticavam um estilo controlado de voyeurismo, diga-se de passagem. Após as tais demonstrações todos ficavam sabendo das suas respectivas maneiras de transar, pois fazia questão de contar nitidamente o que tinha reparado e óbvio todos caiam na gargalhada, tornando aquele fato extremamente comum com o decorrer do tempo. E isso não pára por aí, haja vista a minha obserção pelo sexo exibicionista, da qual adoro, mas não sendo a tal prática algo constante, mas saber que existe uma platéia a me expiar enquanto me desenvolvo num esfregar de corpo descontrolado, me deixa mega excitado. O descompasso entre Calígula e eu está no seu descontrole emocional. Ele, um personagem só, sádico e mentalmente descontrolado, já eu, sou sozinho, sádico em alguns momentos solícitos, mas mentalmente equilibrado, certo de minhas ações. Talvez nem Júlio César ou Augusto César caísse tão bem como Calígula ficou na minha personalidade, porém, em algo nos parecemos. E foi assim que Calígula terminou seu império, muito diferente do original que sofre um golpe do senado para a sua sucessão, o Calígula a lá sergipano finalizou seu tempo completamente esgotado, foram em média cinco horas de dança, só se abastecendo hora ou outra, o bastante obviamente e tinha que ser mistura alcoólicas, nada mais que uns três copos nessa minha nova fase são suficientes, enfim, abandono a fantasia com o corpo todo dolorido, dói coluna, pernas e os pés, todos excessivamente implorando por repouso, um domingo de cama, computador, banheiro e cama, com recusa até de algo que pra mim seria irrecusável, um convite em ir à praia, mas o cansaço falou muito mais alto. Assim se foi Calígula.

Por: Alisson Meneses de Sá

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