quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O RETORNO

Parece uma verdadeira cobra cascavel, quando agente imagina que tudo está tranqüilo, que tudo está as mil maravilhas, eis que de repente surge a cobra, pronta pra atacar, com seu veneno mais apurado do que nunca, destilando não mais aleatoriamente, mas com um alvo já pré-definido para assim obter um resultado positivo nas suas malvadezas. Mais uma vez eu sou o alvo predileto dessa cobra que não sei ainda definir seu verdadeiro nome, mas acredito ser daquelas que nunca morre nem tão pouco são domesticáveis, mas que sempre vive a rastejar pelas paredes da casa temendo ser atacada, sabe lá Deus por quem, ou talvez viva pelos cantos remoendo coisas do passado e tramando mais um golpe fanático. Uma outra vez a cobra surgiu, mas logo foi pisoteada e o que posso perceber que a pisada que dei não surtiu muito efeito, porque parece que ficou um certo tempo no casulo se energizando, tendo como único objetivo a destruição dos outros, emitindo sempre uma áurea negativa sobre todos que o cerca. Apareceu outra vez destilando seu veneno, mas o alvo foi outra pessoa, mas também não surtiu efeito e logo foi dizimada. Dessa vez veio com todo gosto, vendo em mim seu alvo predileto, por conta da aproximação com o seu principal alvo, mas mal sabe a cobrinha que esse mal que ela transmite só faz me aproximar mais e mais das pessoas que ela teme, pois temos em comum o mesmo principio da benevolência e adoramos transparecer a verdade diante do que pensamos e agimos, diferentemente daquilo da sua estrutura educacional, que talvez deixe a desejar. Já estou preparado com todas as ferramentas possíveis para destruir com um golpe só a mazela que és capaz de fazer. Vamos viver e ser feliz...

Por: Alisson Meneses de Sá

SOY LOCO POR TI AMÉRICA

Sou partidário das verdadeiras lutas, das notórias revoluções e das mudanças necessárias. É dessa forma que elevo meu espírito latino quando vejo nas páginas do passado movimentos em luta do bem social, absorvendo as amarguras dos poderes inertes ao senso comum. É em fevereiro de 2008 que Fidel Castro consegue de fato a sua absolvição, e é a história quem lhe entrega a chave para a sua passagem marcada por conflitos como presidente de um país.
O "quintal" dos Estados Unidos, era como estava dizimado a Cuba de Fulgêncio Batista, mas não no sentido de abandono territorial e sim como um campo fértil para a diversão e enriquecimento americana. O país estava repleto de cassinos, casas de prostituição, hotéis de luxo e latifúndios de tabaco e cana-de-açúcar. Fidel Castro dar à ilha notoriedade ao país que consegue sobreviver à cara feia dos Estados Unidos e após o colapso soviético, sendo Fidel o comandante-em-chefe desse pedaço de terra separado do mundo.
Acusam o governo de Fidel como sendo o maior fracasso material da história das ditaduras latino-americanas. Mas a pergunta que não quer calar é: qual a receita para que um país possa se estruturar economicamente quando o mundo todo se vira contra o socialismo vigente da ilha cubana?
Talvez se faça necessário a mudança quanto ao seu afastamento do comando do país, para que sejam feitos pequenos ajustes não vislumbrado pelo ditador. Outro questionamento é quanto à manutenção dessa vitalidade histórica demonstrada durante as cinco décadas de soberania socialista.
O título que conduz o texto é uma canção de Caetano Veloso, composta quanto o cantor recebeu a notícia da morte de Che Guevara.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

UM ATÉ BREVE

"Não corramos, para que não pesem que estamos fugindo". Célebre frase proferida por Dona Maria I, rainha de Portugal, mais conhecida como D. Maria a "louca", no auge de sua loucura, quando corria para o porto de Lisboa de onde sairia uma embarcação que conduziria toda família real, correndo das forças de Napoleão, com destino ao Brasil.
Vejo a história e seus grandes acontecimentos como um meio de reparação de como devemos agir adiante, o que poucas pessoas não conseguem perceber ou digamos, aproveitar é quanto à anulação que se dar diante dos fatos já acontecidos para que assim possamos aprimorar em ações humanas, sempre em busca da perfeição e assim defino o meu, até breve, pois, é diante dessa frase que busco a sabedoria do passado para que seja aplicado agora nesse momento um tanto quanto delicado para vocês que deixam, em vivência suas origens e vão buscar em outros campos os seus respectivos e prósperos sonhos. Prefiro dizer - até breve, pois existe uma grande probabilidade de futuramente nos cruzarmos do que dizer adeus, ficando esta última uma impressão de que jamais nos encontraremos e que ficaremos somente na saudade e nas grandes lembranças.
A verdade é que a falta que sentirei quando a sua partida será por demais marcante. Acredito que essas palavras que aqui rabisco serão poucas e quem sabe insignificante diante dos meus sentimentos. É sabido que minha aproximação contigo é tão passional que as pessoas até nos confundem como sendo irmãos, o que na verdade não deixa de ser uma verdade, pois nosso quereres e nosso desejos são de verdadeiros irmãos. Quando assumi o papel de segundo pai, por assim dizer, do seu primogênito, pude perceber o quanto nossa ligação é mais do que uma simples conveniência social e sim coisas de sentimentos, razões da alma, inexplicável para alguns sentimentos mais bruscos.
Uma vez, no auge de nossas loucuras chegamos a imaginar que poderíamos ser marido e mulher por conta da nossa grande afetividade do nosso grande respeito e nosso, o que vale mais, saber compreender sempre o que o outro imagina e sonha. Talvez fosse esse nosso grande pacto, saber respeitar e compreender as loucuras um do outro, defendendo com unhas e dentes como se fosse o projeto um do outro, pois sempre acreditamos que vamos vencer todos os obstáculos e cantar sempre a vitória, talvez, por isso, nos entregamos aos projetos um do outro.
Como a família real, que pra mim você não deixa de ser real, deves sempre lembrar que aqui deixaste não só uma estrutura familiar, mas sim um complexo de sentimentos e de pessoas que te gosta por demais, haja vista os bons fluídos que emitimos para que lá você cresça, fortifique-se e prospere mais e mais. E é essa ousadia sua que me deixa corajoso a imaginar além daquilo que sou capaz, fico a pensar o que seriamos se não existissem pessoas que ousam, pessoas que não tentam, pessoas que não imaginam seu mundo além daquele que lhes é proporcionado e se isso fosse natural do homem, talvez não fôssemos o que somos hoje, fazendo uma análise cronológica, o que seríamos se o Brasil não tivesse sido descoberto, o que seríamos se Sergipe não tivesse se emancipado e ainda fôssemos possessão da Bahia, o que, particularmente, você seria se tua mãe não ousasse descobrir o Itabi desconhecido em meio a um sertão de seca gritante, talvez hoje eu não tivesse escrevendo essas palavras. E assim se faz o homem, ousando e explorando o desconhecido em busca de melhorias pessoais.
Por hora o que nos resta é só guardar as lembrança e saber cultivá-las para não cair no esquecimento, lembrando de nossas primeiras estripulias quando tu moravas no condomínio de Zeca depois passando pro alto da Rua Laranjeiras, de quantos momentos inesquecíveis passamos juntos, em nossas conversas antes de dormir até altas horas, despreocupados com o despertar do outro dia, fomos adolescentes que soubemos de fato aproveitar o que esteve ao nosso alcance e soubemos crescer juntos, vivenciado cada emoção. Quantas emoções nos vivemos, Roberto Carlo realmente sabe explicar, são tantas e tantas emoções que vivemos, quantos namoros desfeitos, quantas desilusões presenciamos. Lembra do dia de princesa???? (silêncio e choro), como pra mim aquilo era especial, não pelo fato de sairmos sem destino e nos darmos o luxo de comer o que desejássemos e ver quantos filmes nos fosse interessante, mas o que mais valia era está sempre em sua companhia me deliciando com seus olhos cristalinos de princesa e seus lábios carnudos que por si só falava e que, diga-se de passagem, fez com que muito homem rastejasse aos seus pés. Sabias encantar como ninguém e espero que continue assim, encantando seu verdadeiro amor e fazendo com que nosso anjinho, Gabriel se encante pela mãe que tu se transformaste.
Aqui deixo o meu até breve, sabendo que esse mundo gira na esperança de quem sabe um dia possamos ter a mesma aproximação que tivemos outrora.

Por: Alisson Meneses de Sá

MINHAS LEITURAS

Desde o finalzinho do ano passado que venho deixando de lado um dos meus grandes vícios que era a leitura de várias obras ao mesmo tempo, onde lia um capítulo de um livro depois passava pra outro às vezes completamente diferente. Pude perceber que a assimilação não era por completo, ficava a desejar algumas coisas por conta do meu envolvimento com os textos que eu acabava de ler, passando para um outro. Sempre gosto de me envolver nas leituras, seja ela de cunho literário ou de cunho histórico, às vezes uma leitura de domínio popular. Depois de perceber que cada leitura deve ser conduzida em seu instante, a cada momento, pude perceber que a leitura ficou muito mais prazerosa, muito mais instigante, onde verdadeiramente posso me sentir dentro dos fatos e dos contos, coisa assim é percebida quando ouso escrever, onde constantemente uso alguns personagens para ludibriar alguns leitores mais íntimos, deste que vos escreve, e em muitos casos dando um tom cômico ao que poderia ser trágico. A leitura sempre me fascinou desde criança, quando me via fascinado nas histórias de Maurício de Souza e a turma da Mônica, adorava receber revista em quadrinhos de presente, quando meus pais viajam pra capital e traziam consigo alguns gibis, ficavam irradiando de alegria. O que na verdade isso só me trouxe favorecimento, pois até hoje nutro essa mesa alegria quando recebo de presente alguma leitura, pode ser ela até de péssimo gosto, mas pra mim pode até se tornar uma obra prima. Certa vez conversava com uma amiga onde ela questionava que presentear homem era muito difícil, me tomando como exemplo, pois achava que eu tinha sempre um gosto um tanto quanto peculiar, mas mostrei que a coisa não é tão difícil assim como ela desenhava, pois adorava receber livros, qualquer coisa que eu pudesse ler. De mau gosto essa minha amiga me disse que ia me presentear com uma história de Cordel, achando ela que eu ia reclamar e dar chilique, errou a pobre, mal sabia ela que tenho paixão pelos contos de cordel, haja vista do meu desempenho na faculdade quando escrevi peças teatrais, tendo sempre um teor cordelista, obviamente ela ficou impressionada quando mencionei meu cordelista preferido que é José Firmino, que possui uma banca no Mercado Central, com várias obras de autoria própria e mais espantada ela ficou quando disse que freqüento a sala de Cordel na Biblioteca Epifânio Dórea, que possui mais de trezentas obras para consulta. É fato que adoro chocar as pessoas, pois muitos me tomam como alguém vago e alienado. Enganam-se, pois sou uma leitura ambulante.

Por: Alisson Meneses de Sá

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

ANIMAIS PRIMATAS

Fico a me perguntar: por quanto tempo suportarei viver num ambiente tão impróprio para o desenvolvimento da minha personalidade? Pergunto-me também de como tais formatos de educação foram desenvolvidas dentro de um mesmo ambiente, mas com uma grande disparidade entre o que vos escreve dos que aqui residem.
É assim que os defino, como animais, irracionais e sem nenhuma noção de civilidade que um ser humano em pleno século XXI possa ter, haja vista a incongruência no pensar e no agir dos animais que aqui me refiro. Fico fazendo comparações quanto a ser recebido em outros ambientes e decepcionado fico ao transportar tal comparação para o meu mundo. Nunca em toda minha vida tive um desagrado no tocante à ser recepcionado nas residências dos meus amigos, sempre fui muito bem recebido por todos ou por quase todos, mas nada me deixou ficar desgostoso com alguma situação delicada que pudesse surgir, assim de repente. O que quero afirmar com isso é com relação ao tipo de recepção que as pessoas na qual eu divido a casa e que por uma questão natural são sangue do meu sangue, ficam muito a desejar. Acredito num clima pesado que a casa emite, pois são incapazes de dar um singelo sorriso à chegada de alguém desconhecido para eles, são como uns verdadeiros monstros que se vêem sendo atacados por seres estranhos, ou que tentam usurpar seus alimentos ou sua cria, sempre desconfiando e fazendo posições de ataque. Contrariando essa premissa familiar que é peculiar em todos, eu me sinto fora dessa cadeia sanguínea, pois tenho prazer em receber as pessoas, tenho uma verdadeira vocação em promover festas para de fato dividir momentos íntimos com amigos e também ter experiências novas com pessoas desconhecidas. É por essa e por outras que me sinto sufocado, necessitando me refugiar constantemente em algum canto que possa suprir essa minha necessidade de poder dividir coisas boas com as pessoas mais próximas a mim. Talvez, quem sabe o Yoga, que pratico todos os sábados venha me dar um outro contexto a essa minha angústia de ainda "depender" do mesmo teto que alguns animais pré-históricos habitam ou então poder me incorporar nesse jogo de caras feias ou também canalizar esse mal querer dos outros e transformá-los em algo positivo. Existe também uma esperança de poder dar meu verdadeiro grito de liberdade e fazer minha vidinha longe dessa situação ridícula.

Por: Alisson Meneses de Sá

ENCONTRANDO TUÍSCA

Tuísca é um personagem um tanto quanto peculiar de um dos romances de Jorge Amado no qual estou debruçado ultimamente, e é através dessa figura que narro aqui uma passagem de Tuísca que não foi publicada.
Tuísca é um negro alto e corpo formado pela sua força de trabalho, sem muito exagero na musculatura, ele se apresentava sempre com corpo bem definido e foi exatamente na noite anterior ao casamento de Teresa, quando a família desta e alguns convidados mais íntimos se faziam presente no salão de festa para colocar os detalhes que faltavam de última hora no salão da festa de recepção, onde após a cerimônia religiosa os noivos receberiam seus convidados, que tudo iniciou. Tuísca não tinha família, tinha sido criado pelo povo da rua, como diz popularmente, mas com grande feição pela mãe e pelo pai de Teresa, onde ajudaram desde criança a se desenvolver como pessoa, lhe dando princípios educacionais e respeito, confiando assim sua entrada e saída na casa da família. Assim era Tuísca, pobre, vivendo de condições precárias e sendo ajudado por um e por outro, onde demonstrava com gratidão os serviços prestados. Entre um pedido e outro de Teresa para que colocasse um prego aqui outro acolá no salão, e assim enfeitar com bexiga toda a estrutura do prédio, o negro Tuísca trocava olhares ardentes com Antonela, amiga da irmã de Teresa e que há muito freqüentava a casa da família de Teresa, já se tornando íntima da família. Antonela por sua vez vinha de uma criação muito rigorosa e de uma família de destaque, possuindo assim nome e sobrenome de peso, mas Antonela não se importava com tais convenções sociais, sempre foi disposta pro indiferente e sempre fez a alegria dos infelizes. Foi no salão que Tuísca e Antonela se cruzaram e se desejaram mutuamente, como se fossem dois animais no cio, Antonela ainda fazia as convenções sociais não dando a perceber que estava olhando com olhos de sedução para Tuísca, onde só a irmã de Teresa sabia das verdadeiras intenções de deles, mas nada aconteceu naquele dia cansativo.
No outro dia, logo cedo Antonela já estava de pé, se arrumando, pois o casamento pelo dia sempre foi almejado por Teresa, achava sempre simples e bonito, a casa toda estava de pé, uns tomavam banho outro tomava café outros passavam as suas respectivas roupas, se preparando para a cerimônia religiosa. Tudo ocorreu bem, a noiva Teresa ficou emocionada na celebração e todos junto com ela se emocionaram, Antonela derramou lágrimas e mais lágrimas, imaginando não ter a mesma predisposição que Teresa em se entregar a somente um homem por muito tempo de sua vida. Após a missa todos se dirigiram ao salão de festa onde todos receberam os noivos, agora cassados, para enfim desejar felicitações, e para as moçoilas, esperar a hora de agarrar o buquê. A festa se estendeu por toda à tarde com bastante animação, Teresa era a simpatia em pessoa, distribuindo felicidades a todos, de vez em quando tomando mesmo na garrafa um espumante. Ao anoitecer o resto dos convidados que ficaram na festa resolveram se estender para a casa dos pais de Teresa e lá dar continuidade a diversão. Todos se divertiam e Antonela com roupa mais confortável conversava com um e com outro não demonstrando assim o cansaço. Tuísca corria pra um lado e pra outro, servido os convidados. Antonela resolveu se recolher e deitou no quarto que lhe foi reservado, deixando a porta do quarto aberto para que não se estendesse no sono por muito tempo. Deitou e subitamente caiu no sono. Algum tempo depois Antonela sentiu algo estranho, alguém que acariciava suas pernas em direção as suas partes mais íntimas, ao despertar percebeu que Tuísca estava ali, curvado, acariciando e soltando um delicado sorriso, Antonela percebeu que ambos estavam prontos para se cruzar e pegou no pênis de Tuísca, ainda por cima da sua bermuda surrada, ele sentiu que Antonela lhe dera toda a liberdade para continuar e meteu sua mão mais vorazmente nas suas partes, deixando Antonela desnorteada, surrando, assim baixinho, pedindo para chupá-lo, foi quando Tuísca se levantou fechou a porta e tirou toda sua roupa, mostrando a protuberância do seu instrumento, Antonela se despia enquanto Tuísca percorria com as mãos pelo seu corpo, Antonela preferiu primeiro chupá-lo, fazendo com que ele ficasse de pé para que pudesse ver mais grosseiramente o instrumento de Tuísca, depois de algum tempo, Antonela puxou Tuísca pra cama, deitando-o e tomando conta da situação que talvez fosse desconhecido para o negro. Tuísca naquele breu gemia baixinho para que ninguém lá fora pudesse perceber o que acontecia naquele quarto, de repente Antonela sobe em cima de Tuísca se encaixa no seu material e assim começando a se movimentar em busca do prazer, Antonela o beijava pra que fosse abafado seu gemido, ele delirava e ela se saciava com aquela situação. Por uma hora Antonela judiou do negro Tuísca não deixando chegar ao fim do gozo, deixando-o sempre no gostinho, Antonela sabia que o tesão era enorme e que aquela situação poderia logo acabar, mas não desejava, queria de fato sentir aquele material todo dentro dela por o máximo de tempo possível, quando inevitavelmente Tuísca não resistiu e gozou, gemendo alucinadamente em cima da cama, tendo as mãos de Antonela sobre sua boca para que fosse controlado.

Por: Alisson Meneses de Sá

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

MARIA DA GLÓRIA

Maria da Glória é um nome fictício, copiado de uma personagem do romance de Jorge Amado, Gabriela cravo e canela, onde se trata de uma teúda e manteúda de um coronel de Ilhéus. Mas a Maria da Glória que aqui descreverei não tem nada ou quase nada haver com a fabulosa história de Maria da Glória baiana. A tal Maria da Glória que aqui me debruço para falar, trata-se de uma mulher baixa no seu tamanho e feia em sua beleza natural, tem como vício costumeiro fumar seus prazerosos cigarros, mas em contrapartida é muito bem sucedida, pouco se sabe a origem de Maria da Glória, haja vista que é uma mulher solteira, na faixa dos cinqüenta anos de idade. Professora e jurista, Glória passa seu tempo vago a flertar com os rapazes que costumeiramente passam por sua janela e sem tirar seu cigarro do bico ela fica a observá-los, com graciosidade ela deseja todos que por ali passam. Glória tem grandes problemas em arrumar um namorado digno, talvez seja por sua incapacidade de se deixar desligar pelo seu vício, acreditando que esse seja seu único parceiro e fiel amigo, que lhe dar sempre prazer em horas que são necessárias e talvez em momentos impróprios. Em seu casulo Glória tem o domínio de tudo, lá dentro ela consegue se expressar das melhores formas possíveis, coisa que jamais conseguiria fora dali. Acredita que sempre é chacota de todos que a observa, pela pouca beleza que lhe foi proporcionada. A inteligência dela é algo que impressiona, mas só executa tal virtude quando é solicitada em suas práticas de trabalhos, mas Maria da Glória sonha com seu verdadeiro amor, um amor que possa lhe dar o verdadeiro valor e que possa enxergar o que ela tem de mais sagrado que é a disponibilidade real de viver uma grande paixão e discutir as várias formas de amar. Um medo aflige Maria da Glória, o de se deparar com alguém que nutra por ela simplesmente o interesse de lucrar, de obter vantagens quanto à ascensão social e talvez seja esse o medo que faz com que ela viva nesse mundo de angústia e de solidão. Amizade é algo que a Glória possui, mas essa amizade não supri seus desejos mais íntimos e suas fantasias sexuais mais apuradas. E continua a expiar os meninos em sua janela, passa um, passa outro, ela lança seu olhar diante dos que lhe agradam e espera que eles sejam capazes de tirá-la daquela masmorra que ela própria se trancafiou, tendo o cavalheiro ou o cavaleiro andante a destemida força pra destruir o dragão que são seus próprios sentimentos. Glória é fraca e sentimentalmente frágil e lança a culpa dessas suas faltas às pessoas que fogem com a verdade diante de situações que não a beneficiem.

Por: Alisson Meneses de Sá

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

RADICALISMO

Dizem que sou oito ou oitenta nas minhas ações. Quando se é pra ter paciência tenho até demais, mas quando chego ao limite máximo da minha paciência o radicalismo é extremo. Sou hiper paciente ao lidar com as pessoas, ouço atentamente tudo o que as pessoas têm a me dizer, mas quando sinto que as pessoas me fazem de besta, chacoteando com essa minha premissa, chego ao limite máximo da grosseira e faço o que meu instinto mais animal exigi, excluir ou parto pro ataque literalmente, com unha e dentes afiados.
Tenho grandes problemas com pessoas que não se auto confiam, que tem auto estima baixíssima, que acha que é, pra tudo e pra todos, uma comédia constante. Presenciei a um caso assim, alguém que conheci há tempos atrás e que na verdade não se acreditava, ou se fingia não acreditar, talvez, fazendo uma outra análise, se disfarçando no coitado convalescente e assim, aos poucos conseguindo seus verdadeiros objetivos. Agente tenta de todas as maneiras ser honesto com as pessoas, mas parece que elas imploram pra sermos o contrário, imploram para que saibamos mentir, elas gostam de ouvir mentiras. A pessoa em voga, que aqui prefiro não revelar teve como função estrutural na passagem pela minha vida um significado um tanto quanto intrigante, onde eu pergunto o que me levou a aturar tanto tempo, talvez fosse a minha paciência extremada e que de repente se transformou num furioso descompasso de intriga por acreditar que talvez, tudo fosse parte de uma brincadeira. Se assim foi, dei fim a tudo, se existiu diversão as minhas custas, essa diversão, espero, foi boa enquanto durou, porque está excluído de tudo que foi local, nenhum vestígio ainda possuo para que essa pessoa possa me encontrar e se caso me encontre em algum lugar, se sentirá péssima, haja vista que sou a felicidade em pessoa, e pelo que pude perceber, crias fantasias de paqueras para que não morras de solidão. Fim da história.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A TI DEDICO ESSA POESIA

SONHOS DE UMA MERETRIZ
Por: Claudia Nunes Ribeiro


Desejo ter um homem só meu.

E sendo só meu esse homem,

Que ele faça de mim apenas sua.


Desejo que esse homem só meu

Retorne ao nosso lar,

Todas as noites de todos os dias,

E descanse das atribulações do diaNos meus acolhedores braços.


Desejo que esse homem só meu,

Me faça rainha do seu reino.

E como majestade serei tratada.

De santa e pura e casta

Serei por ele chamada.


Desejo que esse homem só meu,

Não seja a imagem da perfeição.

Que traga dentro de si

Um misto de muito carinho e tesão

E que de ternura esteja cheio seu coração.


Desejo que esse homem só meu,

Permaneça em minha cama

Depois que o dia chegar.

E me faça ter a certeza

De que a nenhum outro terei que me entregar.


http://www.poemas-de-amor.net/blogues/claudia_nunes_ribeiro/sonhos_de_uma_meretriz

sábado, 16 de fevereiro de 2008

HISTORIADORES 2008

Hoje sim, colação de grau, subitamente me vem um arrependimento exagerado por não fazer parte da turma que está se formando, assim que coloquei os pés no evento a turma ainda não tinha entrado, estavam todos em fila, queria na verdade passar despercebido, de repente, alguém me avista e grita meu nome, queria na verdade que ninguém me observasse, pois só restaria tirar algumas fotos com meu amigo Valmor, quem de fato me moveu até aquele evento, e pronto, assim, vejo que era Marlio que gritava alucinadamente pra que me aproximasse dele, e se eu fosse para mais próximo todos iriam me ver, isso eu não queria, mas não teve jeito, Marlio estava ávido de contentamento e me puxou exigindo que eu tirasse fotos com ele, assim o fiz, me coloquei em poses e mais poses pra sair perfeito nas suas fotos, depois todos começaram a gritar meu nome, até que Karina e Monalisa se encostaram e queriam tirar fotos comigo, nesse instante meus olhos encheram de lágrimas, e pude rapidamente pensar o quanto eu tinha me adaptado àquela turminha animada, logo me veio um ânimo, e fui em direção a Valmor que estava bem atrás da fila e nesse passar me deparei com muita gente, mas estava comovidamente abalado, não consigo me lembrar por quem passei e cumprimentei, só me lembro que antes de falar com Valmor falei com Taty que disse "você não poderia deixar de está aqui conosco" depois encontro com Cristina que me abraçou e disse que me adorava muito, falei com a mãe de Valmor apertei a barriga de Valmor e voltei pra ocupar um local dentro do auditório. Antes de entrar no auditório me deparo com Adriana que disse querer um grande abraço meu, voltei e dei um forte abraço, desejei tudo de bom e entrei. Lá dentro encontro com Daniel que também fizera à mesma opção que a minha em não querer colação, lá ele me entregou um apito e pediu que eu fizesse bastante zoada, de longe observei Alisson meu chará que acenou de longe, logo depois todos começaram a entrar e do canto onde estava, em pé, diga-se de passagem, eu começava acenar para os que tinha mais intimidade e eles retribuíam, começando por André que estava se sentindo uma estrela e de fato ele era. E como toda solenidade, o falatório é cansativo, aceito o convite de Daniel de tomar uma cervejinha lá fora e lá começamos a relembrar fatos e acontecimentos e óbvio comentamos sobre o Cajumã e sua coordenadora defasada, depois se aproxima Diego Faustino e sua namorada Juliana que incorporou a conversa, enquanto a conversa pegava fogo percebo que Maria, mulher de Cosme se aproxima, peço para sentar ali conosco quando ela me dá a notícia de que está esperando o segundo filho e que estava de quatro meses, fiquei contente, sentamos pra conversar, tecemos assuntos sobre tudo, até parecia que eu era pai de família trocando experiência quanto a educação dos filhos, o papo tava animado e a hora tinha passado quando percebemos que o cerimonial estava terminando e resolvemos voltar, o salão estava mais desocupado, os formandos estavam ainda sentados quando de cima comecei a dá adeus pra todos e eles retribuam, rindo e fazendo gestos com as mãos, alguém ainda falava cansativamente, na verdade eles em nada prestavam atenção, achei aquilo tão divertido que comecei a dá adeus de miss e todo riam quando de repente a platéia não entendia porque todos estavam rindo e olhavam pra trás, tive que parar pra não fazer feio. Alguns minutos depois acaba a cerimônia e eles saem pra tirar fotos, me cruzo com José que de longe me avistou e veio em minha direção me abraçar, dizendo "não podemos perder contato, precisamos agilizar o processo da pós pra mantermos ainda juntos" eu não sabia o que dizer, pois ali era uma pessoa que eu tinha muito respeito, por conta de sua inteligência incomparável e que sempre me tratou com o maior respeito, saindo, ainda me abracei com alguns, a maioria estava num frenesi para consegui tirar fotos com seus familiares.
Na verdade tem uma frase que sempre costumo dizer e faço dela meu guia, "jamais me arrependo de nada que faço somente das que não faço", taí! me arrependo de não ter feito a colação junto com pessoas que tanto gosto.

Por:Alisson Meneses de Sá

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TRAIÇÃO

Madame Bovary deveria ser proibida de leitura pelas moças formosas e casadoiras, por conta do grande ensinamento que está embutido na obra. Se fosse um homem bastante influente e traído mandaria queimar todas as obras de Madame Bovary, pois ali consta a essência da infidelidade e de como aperfeiçoar essa estratégia de golpear seu parceiro saindo com outros. Quanto à infidelidade amorosa, este é um tema um tanto quanto cheio de vertentes, o que na verdade aqui saliento que ainda permanecerei por um bom tempo debruçado sobre tal assunto, me deleitando sobre tudo que sei ou que aprendi em livros ou com a vida, me deliciando com os contos das mulheres audaciosas, escreverei até cansar. A traição é algo que a própria palavra já o diz por si, é traiçoeira, mas num tem mal que traga o bem, pois, na minha visão renovadora acredito que todo tipo de traição tem seu viés positivo. Daí voltamos mais uma vez para a infidelidade amorosa, ramo que adoro me especificar, por conta de vários acontecimentos que me foram privilegiados. Na verdade, que grande história de amor não tem uma pitada de infidelidade? Nem na literatura mais romanceada deixa escapar que um dia tudo vem à tona, nem que seja no final do conto, mas que um dia a traiçoeira infiel será descoberta da impunidade que cometes no leito conjugal, isso eu não tenho a menor dúvida, é também o que deixa a história mais interessante, pois seria um tédio permanecer a traidora impune de sua culpa. Daí eu questiono, qual será a percentagem de cornos existentes aqui no Brasil? Isso seria muito complicado de analisar, pois corno odeia ser taxado de tal alcunha, haja vista a moralidade que o homem tem que impor diante da sociedade, mas um caso eu tenho que ressaltar quanto ao fator histórico. Falo de Carlota Joaquina, uma mulher com desejos sexuais apurados e depravados, diga-se de passagem, que não via em seu esposo o rei Dom João VI seus desejos saciados, porém, o mesmo não tinha nada a oferecer a não ser sua barriga avantajada, contudo, era este rei um devorador voraz de coxas de frango, o que lhe dava obrigatoriamente uma silhueta mais ressaltada, sem contar no título, este era um dos maiores interesses de Carlota. Na história do Brasil, eis que Dom João VI é o que mais leva consigo essa carga de marido traído e Carlota Joaquina sempre conhecida na corte por adorar variar de parceiros quando se via enlouquecida pelas fantasias de sordidez sexual. Será a feiúra e a gordura um fator preponderante para o desgosto matrimonial e a provável traição? Ou será a prisão, na qual, as mulheres ávidas por liberdade de expressão fazem com que elas vejam numa outra pessoa esse desejo saciado e assim fazendo jus as suas vontade e desejos mais íntimos?

Por: Alisson Meneses de Sá

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

E QUE VENHA SÁBADO

Fico a imaginar como será o meu fim de semana, aliás, num quero nem imaginar como será, pois, além de tudo o que sobrará de mim?
Sabe Deus como procederá, eu na verdade não estou nem aí, faço como um amigo meu diz, entrego tudo na mão de Deus e ele que se responsabilize por tudo.
Diante de várias programações que quero fazer, espero que um seja certo, o de comer sushi, como adoro comer sushi, nossa, comecei de fato a gostar de comer sushi depois de um convite de uma ex-namorada, aceitei o convite e fui, assim, meio com cara de nojo, mas fui, pois sempre é prazeroso está ao lado dela, provei os sushis fritos, comi um, comi dois, comi na verdade vários, depois passei a comer os normais e comecei aprendendo a degustar de fato a culinária japonesa. Fiquei viciado pela iguaria e tenho que comer constantemente por conta de um desejo súbito que me vem, assim, de repente, algo incontrolável, nada me dá vontade de comer enquanto não degusto os meus sushis preferidos, os fritos, diga-se de passagem. Pois é, espero poder degustar sushi esse fim de semana em companhia de alguém, caso contrário eu mesmo me convidarei e irei sozinho. Fico a imaginar como deve ser esquisito sentar a mesa de um restaurante sozinho, pra saciar simplesmente um desejo quase incontrolável, mas faço o que digo, vou sozinho, mas esperando que alguém vá em minha companhia.
Bom meu destino sábado, pois meu fim de semana começa no sábado e não na sexta-feira, será pós Yoga, digo depois das 18:00h, tenho Yoga às 16:00h, e estarei provavelmente na casa de meu primo, onde me alojo todos os fins de semana, na coroa do meio, depois dos meus exercício físicos e mentais, estando livre pra todo tipo de convite, tem de um tudo, até cervejinha na orla está rolando, mas de fato, queria muito ver um filme ou quem sabe rever a peça Textículos no Lourival, em último caso até poderia ver ao show no festival de verão que está rolando pelas bandas da orla.
Mas em via das dúvidas, locarei uns filmes pra quem sabe, se não rolar nada, nadinha, nem mesmo minha ida a coroa do meio eu ficar em casa entediado e vendo alguns filmes pendentes e comendo brigadeiro e muita pipoca, já listei os filmes, tenho que obrigatoriamente ver Babel, Dias de Glória, Diamante de Sangue, Maria Antonieta, A Rainha, Ventos de Liberdade e Apocalypto, são esses filmes que tenho de dar uma expiada.

Por.: Alisson Meneses de Sá

TEXTÍCULOS

Ontem, sozinho, fui assistir a peça intitulada "Textículos" que eram pequenos textos encenados por um grupo de atores novos. Novos pra mídia, mas velhos em atuação, desde o segundo período do curso de história, em 2004, um grupo de alunos ousa cumprir um desafio de um professor renovador no ensinar história através das artes. De lá pra cá foram textos e mais textos por sua vez decorados e apresentações e mais apresentações dentro do estado e fora. Do grupo inicial 90% resolveram levar adiante, carregando a nossa origem. Historiarte foi o grupo que intitulamos no princípio e hoje me sinto em estado de graça por saber que o nome ainda continua. Fiquei deslumbrado em ver meus amigos ali em cima daquele palco se apresentando, era tudo fantástico, fiquei por um tempo imagino o quanto era bom as nossas preparações lá na universidade, o quanto era angustiante nos ver ainda com texto na mão a decorar palavras num restinho de tempo que ainda nos restava, o nervosismo em saber que várias pessoas iriam nos observar que nossos amigos estão ali, alguns pra nos elogiar outro pra nos criticar. Durante a apresentação ficávamos em estado de êxtase, completamente afogados na sensação de ousadia que nos era embutido e diante da platéia era tudo ou nada, estávamos ali para dá a cara a tapa e ver o resultado final. Em todas as edições em que estive presente foi excelente o resultado, mesmo quando estive a frente escrevendo e dirigindo a Revolta de Fausto Cardoso.
Hoje percebo que o grupo se profissionalizou como artistas e algumas pessoas não eram novidades no desenrolar da apresentação, como foi o caso de Dan Barros, novo nome artístico, e Eli Santos, já se via a sua predisposição para a arte do interpretar, mas aqui ressalto um talento que tinha quer ser lapidado que foi o de Cíntia e do Sargento Edi Teixeira. No quesito desenvoltura teatral devo aqui constar que todos foram de uma magnitude espetacular, mas faço uma ressalva para o texto, acredito que o autor do texto foi infeliz quanto ao título exposto, pois, acreditavasse que trataria o texto em voga de uma comédia, sim o texto teve lá sua pitada de comédia, mas o que prevaleceu foi o tom dramático que, principalmente, o primeiro monólogo apresentou, bem como outras partes. O texto só ganha sua perfeição da metade pro fim da apresentação, quando o casal discute onde serão suas férias, fazendo uma grande analogia ao poder da mulher, daí em diante se observa o desenvolver mais típico do que o título expressa. Abro aqui um parêntese quanto ao primeiro monólogo, falo do texto e não da interpretação; o peso e a complexidade que foram expostos eu acredito que descontextualizou a visão que os espectadores esperavam, tivemos que parar para poder analisar o que de fato aquele texto tentava exprimir, talvez se faça necessário um repeteco na apresentação para poder captar a verdadeira intenção da peça. Aqui pouparei comentários sobre a emoção daquela professora antológica que se fez presente a estréia da peça, me desculpem, mas acho que houve um equívoco e um certo exagero nos agradecimentos. Mas voltando pras minhas saudades, realmente, fiquei com o coração palpitando de tanta emoção ao relembrar de vários acontecimentos durante o período que estive presente, o que não descarta a possibilidade de um dia, não sei se fazer parte do grupo, talvez não, mas de estar em cima do palco como os velhos tempos.

Por: Alisson Meneses de Sá

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

INFIDELIDADE

Talvez eu pudesse dizer que quem não traiu que atire a primeira pedra. Mas o que acontece é que eu estaria generalizando a situação mediante as várias situações que já vivi, causei e presenciei quanto à traição amorosa, chamada de infidelidade, o que também podemos estender para outras áreas, tal termo, mas o que me parece e que ela fica perfeita quanto às relações conjugais. A infidelidade tem um sabor amargo para uns e uma sensação de aventura para outros, é interessante se debruçar para ouvir os contos eróticos com pitadas adocicadas de traição, dá vontade de fazer o mesmo, pois o conto fica mais interessante quando o caso está preste a ser desvendado pelo pobre traído, que traiçoeiramente leva consigo a alcunha de corno, que a meu ver sempre tem cara de traído. Temos de convir que a sensação de condutora eterna da letra escarlate "A", de adúltera, é um peso medonho e às vezes insuportável, pois na visão do traído a infiel sempre será a infiel, eu que o diga de Madame Bovary um grande exemplo da arte de trair friamente e numa outra vertente pegando também uma obra literária nacional eu busco em Gabriela de Jorge Amado outro fator traiçoeiro, mas com um mix de inocência e sensualidade vulgar. Pobre Nacib, quanto e quantos Nacib eu já me deparei ou talvez já me tornei. Assistindo atentamente ontem ao festival de filmes pude reparar as artimanhas da traição no filme "Infidelidade", e fiz uma breve análise da minha vivência nesse campo, pois nas relações que pude exercer essa alegoria traiçoeira eu enxergo que na verdade não existia um sentimento maior, digo, algo ligado ao amor, pois quem ama não trai, e quem é infiel somente suprir o desejo da carne vendo na pessoa "certa" o que poderia ter nas outras pessoas “incertas”, quanto ser traído a sensação é de saber quando isso acontece e existe uma grande probabilidade de chegar à conclusão de que todo traído sabe quando está sendo corneado, existe uma certeza e uma incerteza atreladas, quando o corno sente o cheiro da traição, o sentimento às vezes fala mais alto e preferimos não acreditar nessa premissa que é a traição desmesurada. E qual será o motivo pelas quais as pessoas traem? São essas perguntas que os traídos se perguntam e a resposta é simples, partindo do pressuposto de que já traí e fui traído, tendo nesse contexto toda estrutura para falar do assunto. A traição é algo que está impregnado no caráter da pessoa, que pode ser algo momentâneo ou pode ser algo que perdure por todo e sempre, pois, a pessoa que trai continuará traindo caso não encontre a sua satisfação completa na relação e se tratarmos de alguém que tem grandes dificuldades em se relacionar com outras pessoas, essa será uma traidora para todo sempre, e se a pessoa mantiver sumariamente a relação e continuar nesse campo de infidelidade é por conta da necessidade de ter sempre ao seu lado alguém que possa suprir parte das necessidades, haja vista que, quem trai, sempre busca a satisfação sexual e não sentimental, o sentimento vem sempre em segundo plano, pois, está à traição ligada ao sexo e com isso existe grande probabilidade de suprir a carência. De fato, numa outra vertente existem as que conseguem se manter fiéis após um processo de infidelidade, é quando encontram de fato alguém que supri por completo ou por uma grande parte as suas necessidades, e sabendo a pessoa infiel de que não é fácil encontrar 100% alguém que se encaixe nos seus padrões de sentimentos. Madame Bovary é a típica mulher que para de trair mediante o encontro com o parceiro que preenche metade de suas perspectivas, já Gabriela é o tipo de mulher que sempre trairá, pois tem dentro de si um sentimento de liberdade que nenhuma relação seja ela mais completa que for sempre observará outros parceiros com olhos de querer.

Por: Alisson Meneses de Sá
PS.: O assunto terá outras observações mais adiante.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

HOMENAGEM DE FORMATURA

Ao receber a homenagem que meu mega amigo Valmor Gean prestou no seu convite de formatura consegui perceber o quanto uma verdadeira amizade vale a pena em certos momentos. Valmor quando chegou à minha turma estávamos já no segundo período do curso de história, e como é comum, estávamos já nos identificando com as pessoas que nos convém, as amizades que determinamos querer pra viver em grupo, fazendo as ditas panelinhas. Valmor foi se aproximando aos poucos, me perguntava uma coisa ou outra, tentava se aproximar se juntando aos trabalhos em grupo e foi assim que comecei a conhecer de fato quem era aquela pessoa de corpo um tanto exuberante e dotado de muita simpatia e irreverência fantástica. Certa vez estávamos no banheiro, conversando sobre algo ligado a universidade quando de repente ele me conta um segredo dele, fiquei parado naquele banheiro, não sabia se ria ou se chorava, mas levei numa boa, conversamos depois sobre o assunto e percebi a sua sinceridade. Durante o decorrer do curso fui percebendo quem eu achava ser amigo de fato, algumas brigas me fizeram perceber essa situação, quando tive sempre ao meu lado ele, me dando apoio em todas as ações e sempre com palavras sábias me encorajando a enfrentar certas situações. Passamos por várias situações juntos e por último tivemos que enfrentar nossa batalha que foi a monografia, inicialmente começou com Lenimare, eu e Valmor, mas depois de muito baque e muitos reviravoltas restou somente eu e Valmor que decididamente me apoio mais uma vez nas decisões dadas. Lisonjeado é pouco pra definir a sensação que tive quando li os agradecimentos e aqui deixo escrito o meu contentamento transferindo às palavras que ele me definiu.

AGRADECIMENTO:
Ao amigo Alisson pela presença, pela palavra, pelo sorriso ou pela simples lembrança onde há três anos quando ingressávamos neste curso; um grupo de idéias, idades e origens diferentes, vivemos momentos de alegria e tristeza, em comum, um ideal a ser conquistado... Juntos vencemos! Pela convivência destes anos, pelos laços que se formaram não nos despedimos e sim nos cumprimentamos por acreditar que ninguém irá só, mas prosseguiremos juntos na lembrança, com saudade e com esperança.
Valmor Gean Barroso Souza

Por: Alisson Meneses de Sá

BEM QUE PODERIA DAR CERTO

Eros e Psique


DECLARAÇÃO


Faço-me de desentendido, mudo de assunto, riu pra quebrar o gelo, isso tudo quando percebo que assunto está tomando uma proporção que pode futuramente fugir do meu controle, mas depois de todas essas minhas ações sempre fico com uma sensação ruim dentro de mim, muitas vezes me sinto culpado por não corresponder as perspectivas esperadas, talvez eu seja isso mesmo para as pessoas, uma decepção, algo frustrante. O que penso sobre isso é real, mas o que não posso deixar de acredita é que seja prejudicial essa concepção de alguém que dá corda suficiente e depois friamente puxa, não dando o devido gostinho. Em contrapartida eu elevo a minha auto-estima, talvez não dando a devida importância após alguns minutos dessa percepção.
Penso que se não fosse alguns entraves que bloqueiam nossa aproximação, tudo seria perfeito, pois, a meu ver, o meu interesse se debruça na sua inteligência e na forma de entrega quanto à relação. A primeira já foi e é percebida e aceita, diga-se de passagem, a segunda só tem condições de vir ocorrer quando não existir mais esse bloqueio.
Dia desses encontrei com uma amiga que não a via há muito tempo, há uns três anos mais ou menos, ela era essencial nas minhas saídas de fim de semana e todos os locais onde existisse batuque lá estávamos, preparados para nos divertir, ao nos encontrarmos começamos a relembrar alguns fatos e um deles me chamou atenção, ela me lembrava de uma balada onde ela era um tipo de correio que recebia os recados destinados a mim e me contava posteriormente, sondando o que eu achava para assim retornar com a resposta e fazer o que lhe era conivente, apresentando-nos. Um fato desses foi segundo ela, quando alguém muito interessante, numa baladas dessas de fim de semana, com uma beleza física incontestável a pediu que intermediasse a apresentação, pois existia um interesse, ela logo veio sutilmente saber de mim se a recíproca era verdadeira, me mostrando educadamente a figura solicitante, olhei e percebi que o remetente do recado estava prazerosamente desfrutando do seu cigarro. Segundo minha amiga a resposta foi negativa, pois, eu tinha pavor a beijar boca de fumante.
Não estou aqui justificando o meu bloqueio psicológico, mas fazendo perceber que há muito tempo já tenho esse tipo de seleção. O que pra você é natural e fácil de lidar pra mim é muito mais complicado do que se pode imaginar. Deve imaginar que estou usando essa justificada para não falar de outras percepções suas, que você sempre faz questão de observar nos diálogos, mas, aqui saliento que se nada em ti me interessasse já o teria bloqueado a muito, não tenha dúvida, pois já fiz com outras pessoas com a maior naturalidade possível e faço quantas vezes forem necessários, porque penso que em primeiro lugar está os meus interesses e depois os dos outros. Quanto à rejeição, como me acusou algum tempo atrás, a meu ver é errôneo tal afirmativa por conta da minha aceitabilidade em ainda manter contato e trocar idéias contigo, pois, pra mim, rejeição seria anulação completa por parte de uma pessoa com relação a outra.
A tentativa. Talvez fosse esse um grande erro, e às vezes não nos permitimos as oportunidades, mas por outro lado, como podemos aproveitar as chances quando acreditamos que isso só gerará um mal entendido que consequentemente tornará uma bola de neve e provavelmente serei culpado se tudo der errado, sendo consequentemente taxado de aproveitador. Afirmo isso só pelas nossas conversas eletrônicas, pois, tem sempre a função de sentir-se por baixo, sempre colocando a responsabilidade do outro lado, ou seja, em minhas mãos, mas isso eu já consigo tirar de letra não canalizando as informações. Até entendo, é jurista, sabes como ninguém se defender e culpar quem lhe for necessário.
Mas devo salientar que se tudo se encaixasse, seríamos um dos casais mais felizes da capital, iríamos andar sempre juntos, de batizado de boneca a uma partida de futebol. Às vezes paro e penso, bem que poderia dar certo, bem que não poderiam existir empecilhos na vida se tudo fosse mais fácil de lidar.

Por: Alisson Meneses de Sá

“E QUANDO MARÇO CHEGAR”

Eugène Delacroix - A Liberdade Guiando o Povo, 1830


Não poderia cantar “e quando fevereiro chegar” por conta que fevereiro já chegou e não é um mês de expectativas, tirando obviamente o carnaval que obrigatoriamente habita a casa de fevereiro, fora isso nada em fevereiro é interessante, bom, saliento que no meu parecer. Mas março. Há! Daí eu canto e esbravejo pra todos, canto a canção fazendo o trocadilho enquanto o mês de março não chega... Eu me preparo, pois, vários motivos são claros para que março chegue, dentre eles março traz my birthday, apesar de não gostar nem um pouco de ficar exaltando a minha idade, o que penso em fazer daqui alguns tempos é em proibir a exibição da minha data de nascimento, tornando assim um mistério, como faz Glória Maria, mas em compensação me dá uma sensação de alívio, depois da data comemorativa em agradecer de fato os que lembraram e esperar agoniado pelos presentes da família, pois este é certo de receber. Um outro motivo para que março chegue o mais depressa possível e no tocante a minha libertação para as festas, onde terminei me dando um tempo às baladas desgastantes e para comemorar meu niver obviamente teria que sair de meu casulo e março ficou definido para sair desse meu jejum. Dentre os vários motivos pra que março chegue, outro fato me estimula a esperar pelo mês de março, ô mês cruel. O planejado, esperado e super comentado aniversário de meu amigo Sandro, tendo como um dos organizadores do evento a minha pessoa, com o tema “rifa-se a debutante”, onde como uma brincadeira o aniversariante será a peça a ser rifada com os participantes do evento, onde usará a seu serviço o prêmio, vale ressaltar, por uma noite. E pra finalizar a conjuntura da obra, a Semana Santa está prometendo, uma casa na praia cheia de gente bonita e divertida, todos reunidos num só local com objetivos semelhantes e pra que isso fielmente seja cumprido a risca, ou talvez não faça necessário, eu preciso está supostamente solteiro, exatamente por conta da livre diversão, sem ao menos me preocupar com as minhas exibições estando sóbrio ou ébrio e não fazer consequentemente ninguém sofrer de insegurança.

Por: Alisson Meneses de Sá

EU E CALÍGULA OU EU O CALÍGULA

Eis que me transfiguro e adentro no figurino de um imperador romano que eu mesmo o defino, como sendo Calígula, o imperador perturbado e regido pela essência da sexualidade depravada, escrota e exibicionista, com suas orgias diárias, como se fosse a sua fonte de alimentação. Nada mais propício do que está originalmente vestido de algo que ficou nitidamente registrado, por talvez, ficar conhecido como um seleto admirador das várias formas de praticar o amor ou até, friamente e mais correto, um exímio servo do sexo, seja de que forma for, vendo na TV ou ao vivo e também praticando. Alguns anos atrás quando meus primos moravam juntos e eu tinha como hábito me alojar na sua casa, era corriqueiro está as escondida, a observar os desempenhos sexuais que eles praticavam um estilo controlado de voyeurismo, diga-se de passagem. Após as tais demonstrações todos ficavam sabendo das suas respectivas maneiras de transar, pois fazia questão de contar nitidamente o que tinha reparado e óbvio todos caiam na gargalhada, tornando aquele fato extremamente comum com o decorrer do tempo. E isso não pára por aí, haja vista a minha obserção pelo sexo exibicionista, da qual adoro, mas não sendo a tal prática algo constante, mas saber que existe uma platéia a me expiar enquanto me desenvolvo num esfregar de corpo descontrolado, me deixa mega excitado. O descompasso entre Calígula e eu está no seu descontrole emocional. Ele, um personagem só, sádico e mentalmente descontrolado, já eu, sou sozinho, sádico em alguns momentos solícitos, mas mentalmente equilibrado, certo de minhas ações. Talvez nem Júlio César ou Augusto César caísse tão bem como Calígula ficou na minha personalidade, porém, em algo nos parecemos. E foi assim que Calígula terminou seu império, muito diferente do original que sofre um golpe do senado para a sua sucessão, o Calígula a lá sergipano finalizou seu tempo completamente esgotado, foram em média cinco horas de dança, só se abastecendo hora ou outra, o bastante obviamente e tinha que ser mistura alcoólicas, nada mais que uns três copos nessa minha nova fase são suficientes, enfim, abandono a fantasia com o corpo todo dolorido, dói coluna, pernas e os pés, todos excessivamente implorando por repouso, um domingo de cama, computador, banheiro e cama, com recusa até de algo que pra mim seria irrecusável, um convite em ir à praia, mas o cansaço falou muito mais alto. Assim se foi Calígula.

Por: Alisson Meneses de Sá

A SINGELA JOANINHA

Joaninha é uma moça recatada, singela e dotada de bons hábitos no tratar com as pessoas, inclusive com os... Bom, Joaninha vem de uma família de interior, e, diga-se de passagem, com uma criação rigorosamente arcaica para seu tempo, em tempos de adolescente ela vivia correndo dos olhos tenebrosos de seu pai, que quando bebia se transformava em algo estranho pra ela, talvez fosse o medo de que seu pai descobrisse segredos sórdidos, haja vista que nesse tempo de mocidade Joaninha mal sabia fazer os serviços sórdidos que vêm conhecer tempos depois, ela só ficava restrita ao... Joaninha cresceu e como cresceu, saiu da cidadezinha do interior onde logo cedo teve que lidar na vida, trabalhando pra um comerciante em ascensão da cidade e assim ela começou a criar responsabilidades. Mas os sonhos de Joaninha não se restringiam somente àquela cidade que quase não tinha nenhuma perspectiva de crescimento profissional, teve esperança em ir pra capital onde poderia conseguir algo melhor e assim colocar em prática os seus desejos, haja vista que eram abafados no seu casulo interiorano. Vale lembrar que sua vida no interior às pessoas à via com olhos de alguém sempre correta, alguém que jamais se envolveu em confusão nem em fofoca que corre de casa em casa, sempre uma pessoa honesta e trabalhadora, ressaltando ainda mais suas origens. Mas Joaninha cresceu tão compassadamente na cidade grande que hoje ela não se espanta com bum de acontecimento que sua vida se transformou. Ela hoje faz jus aos seus desejos mais íntimos e não se importa em receber na sua casa quem quer que seja pra a satisfazer, Joaninha que tem a alguns metros de sua casa uma praia e talvez seja esse uma maneira dela arejar seus pensamentos corretos quanto ao dia-a-dia, do seu trabalho inclusive. A premissa sexual que incorpora sua essência mundana faz com que tenha ótimos desempenhos no seu setor de trabalho, agindo com precisão. Sentada na areia da praia, vestida somente com sua desfaçatez Joaninha olha as estrelas e se ilude com sua beleza, recita poesias, faz declarações de amor à lua, nunca a viu tão exuberante diante dos seus olhos e com sofreguidão, facilmente seduz seu alvo para o coito e o faz com exatidão. Cautelosamente ela escolhe sua vítima, pode antecipadamente até desdenhá-lo, mas numa segunda observação chega a se excitar, vibrar com a fome que sente, e em tempos de evolução ela atira seu veneno que é facilmente infectado na vítima e que se rende as ameaças da faceira e singela Joaninha. Sobe no quadro de uma bicicleta, condução que a vítima possui e que os levará para o canto onde ela o fará de escravo.

Por: Alisson Meneses de Sá

domingo, 10 de fevereiro de 2008

AULA DA SAUDADE - MELHORES LANCES

Essa é uma pequena parte da turma que esteve presente a Aula da Saudade no Teimonde, faltaram minha turminha, Edla, Adênia, Elielma, Grazy, Cosme, Aline, enfim a festa seria muito mais animada com todos presentes.

































































































































O DISCURSO

No primeiro dia em que entrei na sala de aula, haja vista que tinha perdido algumas disciplinas, por conta da grande correria que é trabalhar e estudar pôde perceber que iria enfrentar mais um desafio que era de fato o me relacionar com novas pessoas, pessoas essas que talvez, sabe-se Deus o verdadeiro motivo, não via a turma sempre à frente a sua com bons olhos, talvez por possuir um conhecimento maior, o que discordo, mas que alguns acham, ou até por aqueles que estão num período mais elevado se sentirem no direito e no dever de se achar sempre num patamar elevado, e assim se criou todo esse mito, todo esse mistério e é nessa perspectiva que eu estava incluído, talvez contribuir para essa sensação de desagrado por agir muitas vezes com petulância, ou até num leve gesto que expresso às vezes demonstrava repugnância, o que na verdade não passava de um teatro. Assim se prosseguiu, entrei destemido, sala adentro e no fundão os burburinhos persistiam os comentários eram desagradáveis. Mas mantive meu nariz petulante erguido e atento somente no que o professor Fraklim Rolim, de República falava. Depois de alguns instantes parei e refletir sozinho, ali sentado - as pessoas que fizeram o que fizeram ainda iriam ter uma outra concepção sobre mim, isso era certo, eles e elas iriam me adorar, eis a missão. Durante todo um período mostrei a minha capacidade de equipe com todos, fiz amizade com os grupos dos intelectuais, com os do bar de Dedé e com os que não possui lá muita expressão acadêmica, de fato me juntei e as viagens de Sheyla Farias e a do finado Cajumã, que Deus o tenha no bom lugar, proporcionaram muito mais essa minha inserção. Sem contar obviamente as brigas travadas durante o período que esteve junto a essa turma, as brigas com aquele dito cujo, que me rendeu um processo dentro da instituição, que na verdade não deu em nada porque eu possuía um número imenso de testemunhas a meu favor, também minhas célebres brigas com a professora Nely Santos, o que na verdade, no fundo no fundo criei por ela um carinho especial. E hoje eu percebo um carinho imenso por parte de todos que formaram esta turma, contanto também com o pessoal da tarde que após o Teatro Cajumã me tornei uma figura indispensável para boas risadas no bar da esquina. Assim fui construindo meu núcleo de amizade e fiz o que prometi a mim mesmo no primeiro dia de aula e hoje sou apaixonado por todos, o que me intriga, pois, não sinto esse sentimento com a minha turma de fato, a turma com quem eu teria que formar. Guardarei no coração as várias expressões marcantes das pessoas.
Missão cumprida...

Por: Alisson Meneses de Sá

sábado, 9 de fevereiro de 2008

FESTA DA CARNE

A festa do pecado tem que ser comemorada com estilo, pois bem, assim uma boa parcela dos brasileiros o fez e eu como um ótimo brasileiro não poderia ficar pra atrás, também não fiquei muito longe dessa perspectiva e me divertir a beça. Dei-me como um servo da mais pura sacanagem. Não me fiz de rogado quando me senti atraído por alguém que ousou a me despir com olhos. A provocação por minha parte foi certa. Não entreguei os pontos logo assim que sentir extremamente invadido por aqueles olhos famintos por algo que aquele dia e aquela situação solicitava, sexo, somente sexo. A situação era completamente irregular, as pessoas que ali estavam pareciam querer ver o que nossos desejos expressavam, mas ainda não cedi às súplicas do prazer que aquele olhar me confrontava e a que aquelas pessoas rogavam. A provocação era para dá um clima ainda melhor a situação, quanto mais sentia que estava sendo cercado por determinados olhos mais a minha capacidade e ousadia em provocar era voraz e através dessas situações nítida de deite ao prazer ficavam ainda mais apurados. Começava a me movimentar olhando nos olhos de quem me secava, deixei que imaginasse coisas, provoquei até o último instante, até quando eu estava completamente excitado, pronto pra me entregar ao prazer da carne. Nada me faltava, a situação era propícia, seguro estava, munido de camisinha e completa cara de sem-vergonhice. A sunga naquele instante era meu único adereço naquele frevo carnavalesco o que quer dizer que só bastava baixá-lo e colocar pra trabalhar aquele que nunca me decepcionou e mesmo de longe já sentia o cheiro do que poderia vir mais tarde para te acalentar. Aproximei-me completamente excitado, preste a explodir de tanto desejo que ali estava acumulado, somente perguntei: "gostou do que viu, quer levar?" pra que não bastasse mais nenhuma forma de expressão verbal. Ficaram, somente as expressões corporais que tomaram conta da situação, nos aquecemos ali mesmo no meio do tempo e deixamos pra nos completar logo mais tarde, num local onde somente teríamos como testemunhas as paredes e não mais aqueles foliões que esperavam freneticamente para uma cena sórdida de sexo explícito.

Por: Alisson Meneses de Sá

O QUE VEM FÁCIL VAI FÁCIL

A sensação é de completa tranqüilidade emocional, sem mais nenhuma justificativa obrigatória e involuntária a ser dada, pela exclusivíssima causa do relacionamento. Poderia dizer a dois, seria infiel na afirmativa, a três, seria o mais correto. Em tempos de pujança, que são regidos pelo meu mapa astrológico a situação é controlada e segura, consigo me manter imune na situação de compartilhador ou compartilhado, o que para os puritanos seria obviamente um desacato a moral do bom relacionamento. É certo que nessa concepção de dedicação exclusiva, como sendo uma tirada empreendedora de bom sucesso para despontar na concorrência, tem sua meia verdade, que é quando existe uma sintonia afinada entre ambos, quando não mais necessita curtir livremente, pois pra isso são infinitas as situações de prazer. Chegaram assim, de repente, nada poderia esperar, de uma iniciou com beijos avassaladores e sexo na praia explícito, com a outra restou um passado de coincidências e um presente surpreendente. Intensidade vivida, demonstração exageradas e pra mim, uma dádiva, corri da responsabilidade, do apegar. Sumiram como duas plumas sendo levadas pela brisa em direção ao jardim florido, sem grito, sem desespero, nem ao menos um adeus ou quem sabe um até breve foi dado, ou ainda, acredito, esse sumiço fosse proposital, para que seu pudesse abdicar do meu orgulho e esbravejar numa ligação de desespero a questão da possessividade e do gostar. Não surtiu efeito, sou duro na queda ou então das duas uma, ou nasci com uma pedra ao invés de coração ou ainda não foi dessa vez que poderia me esbarrar sentimentalmente nessa entrega tão cega e inconseqüente.

Por: Alisson Meneses de Sá