Sabe aquela história de que a pimenta só dói quando é esfregada no nosso olho? Pois muito que bem, agora sei muito bem o poder dessa sábia frase que decifrando ao pé da letra significa que só sabemos o quando é dolorido quando o caso está vinculado a nós, enquanto for com os outros, tudo é muito bonito.
Tempos atrás um amigo me contou que sua namorada desabafou com ele dizendo que uma outra pessoa, muito conhecida de todos, deu descaradamente em cima dela, falando coisas do passado dele, do namorado, e fazendo insinuações e propostas sensuais para que o ato sexual chegasse de fato a ser concretizado, estando ele, o namorando na mesma casa mas em quantos separados. Isso que aqui relato tem muito tempo, não saberei precisar exatamente o tempo, o que aconteceu após isso foi que ele, o namorado, me contou a história e eu sendo uma pessoa apaziguadora das situações me fiz de surdo e desentendido com o fato, acreditei ser um grande mal entendido, algo que eu não queria me estender e que deveria seguir outras proporções e foi exatamente o que aconteceu. Mas ultimamente algo de estranho me acontece, a mesma pessoa fez uma investida em alguém que eu estava interessado, não que seja uma pessoa que eu vá morrer de amor, digo da pessoa que me interessou, mas era alguém que deixei claro que ficarei por uma noite e a figura aproveitando-se de uma esperteza maior me ultrapassou cretinamente e deu o bote. Fiquei ciente do fato, agi como se nada tivesse acontecido, por dentro me veio situações e situações e daí comecei a perceber coisas que antes não conseguia enxergar.
Estou aqui só esperando o próximo passo, e daí tudo virá à tona, deixarei a figura perplexa, como se fosse uma casinha construída de baralhos por muito tempo e que somente custou um simples assopro pra que ele visse ao chão. Quem quiser que brinque, nunca gostei que mexessem na minha lancheira.
Por: Alisson Meneses de Sá
Não me leias se buscas flamante novidade ou sopro de Camões. Aquilo que revelo e o mais que segue oculto em vítreos alçapões são notícias humanas, simples estar-no-mundo, e brincos de palavra, um não-estar-estando, mas de tal jeito urdidos o jogo e a confissão que nem distingo eu mesmo o vivido e o inventado.
sábado, 29 de dezembro de 2007
ENGANA-SE, SE PENSA QUE NÃO VEJO NADA.
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