quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

LÁ IA EU...

Pela estrada afora eu vem sozinho, levar doce para a vovozinha... Bom, pela estrada afora eu ia, sozinho sim, mas ia pra casa, estava urrando de fome, já se passava das 12:00h e a partir desse horário meu estômago começa a implorar por comida. Mas ia eu, sozinho, com bornal nas costa, a pensar sobre as bestialidades da vida, a pensar, por exemplo, na aprovação do senador Renan Calheiros, a pensar na cotação do dólar, ou então dá do euro, pensava na ótima derrota de Hugo Chávez no plebiscito e assim ia caminhando, o sol tava de fritar um ovo no asfalto de tão quente, mas isso pra mim não era nada, diante da fome horrenda que sentia, louco pra chegar em casa e devorar um prato de comida daqueles de pedreiro, isso quando de repente um carro, que agora não lembro nem marca nem cor, mas que era um carro que simplesmente a pessoa que o conduzia se posicionou um pouco a minha frente e mencionou algo, educadamente respondi, sem entender, pois nunca tinha cruzado com aquela criatura na minha vida, a figura parou seu automóvel e repetiu a frase anterior, daí eu sem saber se era comigo perguntei se estava se referindo a mim, a figura disse que sim e pediu pra eu me aproximar, pois o carro já estava parado do outro lado da rua, daí fui, não podia imaginar nada, também com fome. Me aproximei do carro quando a figura perguntou se eu queria uma carona, eu disse que não pois ia parar no supermercado logo ali na frente, mentira, queria ir pra casa, a criatura insistiu em me levar, eu dizia que não e ela dizia que sim, entrei no carro, a figura fumava, ao adentrar o automóvel o cheiro do carro estava empestado do cheiro da nicotina, entrei, sentei, ao perguntado qual era o meu nome, respondi outro, pois ali já se percebia as péssimas intenções, observei assim que entrei no carro uma aliança no seu dedo esquerdo, nossa, pensei logo, que safadeza, pois além de tudo era casada. A figura proferia coisas absurdas, do tipo: “quero te pegar”, “você me interessa”, “gostei de ti”, “vamos sair”, coisas de baixo escalão também como: “quero te chupar todinho”, “quero te ver gozar”, “vou chupar seu saco pra te deixar louquinho”. Na hora a fome passou, nossa queria descer daquele carro naquele momento, mas como o supermercado era dois trechos após, me mantive tranqüilo, a criatura não ia me atacar ali, porque também se encostasse ia levar ali mesmo, ao sair me pediu o meu contato telefônico, dei o número parecido, mas errado, mas a criatura queria ligar e ouvi o telefone tocar ali mesmo, tive que dá o telefone verdadeiro. Desci do carro, e segui meu destino. Já são 17:40 e a criatura já me ligou umas trezentas mil vezes. Pois, por mim vai ligar até estancar porque em nada a criatura me agradou, darei o privilégio da masturbação, só isso, o resto eu lamento.

Por: Alisson Meneses de Sá

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