Permita-me iniciar com o poema abaixo:
Machado de Assis (1839 - 1908)
Menina e Moça
Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.
Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem cousas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.
Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
Do cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.
Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.
Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; é raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.
Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.
Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.
Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.
Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!
Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.
É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!
Essa poema parece foi feito pra Mig, mas se não foi feito eu mesmo o dedico.
Antes de defini-lo abro um enorme parêntese para poder argumentar sobre as verdadeira formas de amar. Na minha concepção mais leiga de entender o significado do amor, achava que isso só poderia vir à tona nos folhetins de novela, nos romances mais dramático de um autor amargurado, mas não, pude enchegar o que o amor estava dentro de qualquer um em toda sua diversidade mas ele existia, estava ali presente. É dessa maneira que passo a definir Mig como uma criatura que vivencia esse sentimento na sua forma mais intensa com determinismo de alguém que tem todos os direitos de apreciá-los, se machucando, caindo e se reergendo, chorando, gritando, amando e amando e assim o caracterizo pois apreciar a beleza e os trejeitos do sentimento é o que impulsiona a viver e viver, sem essa premissa que á amar e amar, a vida não teria o menor sentido é como se fosse o oxigénio que turbina nosso pulmões e que sem ele apagamos.
A ti serei grato por toda minha vida, contigo tenho uma dívida que dinheiro no mundo não paga, por ti sou eternamente grato pela amizade pela confiança depositada, a recíproca é verdadeira, por me acolher no pior momento da minha vida, onde não conseguia enchegar além da minha ignorância, por mostrar essa criatura guerreira, corajosa e desafiadora que tu mostra ser.
E aí vai nosso hino, pois sempre, em qualquer lugar que esteja ao ouvir essa música de Vanessa da Mata lembrarei da nossa solterisse, de nossa falta de pudor, de nossa dor de amor de nossos copos brindando as loucuras da vida e ao amor.
Não me deixe só
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor
Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem
Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem, mas...
Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Mas não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz
Não me deixe só
Composição: Vanessa da Mata
2 comentários:
chorei...........lindo muito obrigado mesmo por tudo que vc disse....pelo poema (não mereço tanto), mas achei sim muito sincero tudo que vc disse. Achei linda a foto, vou usar no meu orkut....e a canção realmente é a nossa cara e nunca nunca mesmo NÃO MIM DEIXE Sò.
Brigado
kkkk,poxa to com ciumes kkkk, Miguel realmente é uma pessoa da qual todos gostam, axo dificil alguem não gostar dessa criatura ... hheh
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