sexta-feira, 20 de abril de 2007

Brigadeiro Amargo: Uma paixão repentina e um amor desfeito.

1º Capítulo: Quem não faz loucuras não é tão ajuizado quanto pensa.

Aviso 1: As falas do narrador e da personagem se misturam.

Aviso 2: Leiam com moderação.

Há quem diga que não devemos exagerar nos doces. As regras da boa etiqueta ( pra quem sabe, é claro) estão aí para serem cumpridas. A gula é um pecado capital ( como é gostoso pecar!). Fala-se muito, nos dias atuais, nos malefícios do açúcar, mas tantos avisos não são suficientes para intimidar uma das poucas coisas que nos dão prazer imediato na vida: os doces.
Provar das coisas perigosas e proibidas é excitante.
Não, o relato que farei nem de longe tem a pretensão de enfatizar ou ensinar boas maneiras. Longe de mim! Pro inferno todo o puritanismo existente e todos os seus adeptos. Viver é preciso!
A associação com os doces se dá pelo fato de que tudo começou com um brigadeiro.
Svetlana não abre mão desse saborosíssimo doce após o seu almoço. Os doces são venenosos. Quando associados ao sexo, então, my God.... Oh , yes... Mas, antes de degustá-lo, passa pelo seu ritual diário de sentar-se à mesa e comer delicadamente, sentindo o sabor de cada uma das guarnições que coloca no prato. Como o ambiente que freqüenta para saciar essa necessidade é freqüentado por várias pessoas, eis que, certa feita, depara-se com um belo jovem a mirá-la. Não pode ser, não está olhando para mim. Foi o que pensou, já que é muito humilde. As encaradas continuaram. Já não havia mais dúvidas: Ele olhava para mim. Terminei de almoçar e, religiosamente, fui pegar meu brigadeiro. Impetuosamente comprei 2. Enquanto mordia o meu deliciosamente, como quem morde um pescoço tomado pelo desejo, dirigi-me à mesa do rapaz que me olhava e ofereci-lhe o 2º doce. Ressalto que nunca o tinha visto antes. Disse-lhe que aceitasse, pois era de coração. E ele me respondeu com voz grave: Então eu aceito.
Às vezes é necessário assassinar a vergonha. Svetlana é uma criminosa. Nunca se imaginou fazendo isso. O fato de ele estar acompanhado com um colega não me intimidou. Passou-se uma semana e, na sexta-feira seguinte, ele estava lá de novo. Os batimentos acelerados do meu coração não me deixavam quieta. Nesse dia, várias pessoas acharam de sentar-se à mesma mesa que eu. Svetlana era um doce rodeado de formigas. O nervosismo aumentava. Começaram as encaradas. Nervosismo e raiva apoderaram-se de mim. Já não sabia o que era fome. Não podia olhar tanto para o belo rapaz, pois alguém poderia flagrar. Era tímida e recatada, mas na sua imaginação só visualizava bacanais. O sexo é um desejo diário para ela. Não considera o sexo como pecado, mas sim algo divino, religioso.
Mesmo estando acompanhada de várias pessoas à mesa encontrou espaço para mirar o rapaz e, com isso, mostrar interesse. Para seu desespero o rapaz fez que ia levantar-se. Imediatamente Svetlana fez um sinal com a cabeça pedindo-lhe para que não saísse. Ele se levantou e, para surpresa da moça, pediu-lhe discretamente o número do telefone. Dominada pelo impulso e com o coração já à boca, Svetlana levantou-se e foi até ele. Trocaram números, conversaram alguns minutinhos e ele se foi. Seu nome era Dimitri. Tinha um sorriso lindo, era um belo ninfeto. Ganhou-me com seus olhos de menino safado. Enfeitiçada, voltei à mesa e sentei-me. Não se passaram 5 minutos e meu celular vibrava. Era uma mensagem. Dizia o seguinte: Se quiser vir aqui em casa, fique à vontade. Respondi perguntando o bloco e o apartamento em que morava. Era um prédio vizinho ao lugar onde eu diariamente almoçava. A rapidez do convite me assustou, mas não o suficiente para eu rejeitá-lo. Aceitei imediatamente, visto que estava muito só e afetivamente carente.
Dirigi-me a sua casa. Com o coração a tempo de explodir bati na porta. Dimitri me atendeu e convidou-me para entrar. Estava no pior dos trajes, mas, uma vez dominada pelo desejo não conseguia enxergar isso.
Convidou-me para o seu quarto e pediu para que eu sentasse na sua cama.
Muito tímida, tirei meu escarpin e deitei-me. Ele baixou a persiana e ficou a me olhar. Fiz pose de mocinha recatada. Já não me agüentava, mas desviava o olhar dele. Fez-se um silêncio muito grande. Dimitri levantou-se e colocou uma música. Voltou a deitar-se. Eu já tinha notado que ele esperava a minha iniciativa. Ofegante e já sem o espírito de boa moça, levei minha boca em direção a sua. O brigadeiro que te ofereci não era tão doce quanto seu beijo.
Eu, inocente, mal sabia o que me aconteceria dali em diante...
Saiba tudo o que eles fizeram na cama e fora dela no próximo capítulo.

Por: Ancejo Santana

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o primeiro capitulo vou fica aguadando os próximos essa história parece que vai ganhar um rumo bastante interessante!!

Thiago disse...

To de boca aberta, sempre quis saber dessa historia.. sempre tive curiosidade a agora realmente eu sei que DIMITRI, naum fale e nunca valeu nda ... kkkk to ancioso pra proxima publicação vamus ver aonde ate onde isso foi ... rsss