Seguem mais capítulos da novela mais inusitada!
Bye bye ETs - Capítulo XVII
Condenados a sair da história pelos leitores deste folhetim, que entupiram nossa caixa de e-mails com pedidos neste sentido, os Ets finalmente se preparam para voltar ao seu planeta ameaçado.
- O que você andou fazendo a tarde inteira? - Perguntou um dos membros da equipe ao chefe da expedição, um cientista brilhante em seu mundo.
- Nada demais... Encontrei os restos de um humano esquartejado e, só para me distrair, o trouxe de volta à vida... - disse, apontando uma figura no canto do laboratório.
Toda a tecnologia dos homenzinhos verdes não foi suficiente para impedir que, visualmente, o resultado final ficasse sofrível. Mas era possível reconhecer, naquele homem repleto de cicatrizes, as feições de Ambrósio.
- Ele recuperou a memória e a razão?
- Está um pouco confuso ainda... - disse o cientista. - Talvez nunca volte a ser o que era antes, mas foi divertido brincar de de Deus e inverter a ordem natural das coisas, antes de deixar definitivamente este mundinho atrasado. Sabe-se lá o que este monstro fará nesta sua volta à vida...
A nave deixa o homem à beira da estrada deserta e levanta vôo rumo ao infinito.
Não muito longe dali um cabisbaixo Bruno faz seu caminho de volta para casa, ainda entorpecido pela descoberta de que sua doce Jeitosinha era uma garota de programa.
Como se não bastasse, sentia a confusão mental causada pela percepção de que sua experiência com o travesti no Bordel foi totalmente inconclusiva.
Até o momento em que Jeitosinha interrompeu o ato sexual, ainda não havia encontrado prazer. Mas era difícil saber como a coisa iria terminar.
"Bruno não tinha pressa para chegar a lugar nenhum. Precisava pensar e, talvez involuntariamente, acabou passando em frente à casa de Jeitosinha.
Sentiu um nó no coração ao ver a janela do quarto da moça. Saudades de um passado perfeito e uma profunda revolta por sentir que um futuro feliz havia sido abortado.
- Bruno?
Por um momento pensou ser Jeitosinha, mas a voz que vinha da varanda escura da casa era mais grave.
- Adenair?
- Sim... - disse o suave irmão da loira, aproximando-se. - Você não parece bem... Quer conversar?
Bruno encarou Adenair. Ele nunca havia percebido o quanto o rapaz se parecia com Jeitosinha!
- Não creio que você possa me ajudar...
- Talvez eu possa... - respondeu o moço, com a voz tremula de emoção e desejo.
Será que Bruno e Adenair... hmmm... Será? E Ambrósio? Vai querer vingança?
Condenados a sair da história pelos leitores deste folhetim, que entupiram nossa caixa de e-mails com pedidos neste sentido, os Ets finalmente se preparam para voltar ao seu planeta ameaçado.
- O que você andou fazendo a tarde inteira? - Perguntou um dos membros da equipe ao chefe da expedição, um cientista brilhante em seu mundo.
- Nada demais... Encontrei os restos de um humano esquartejado e, só para me distrair, o trouxe de volta à vida... - disse, apontando uma figura no canto do laboratório.
Toda a tecnologia dos homenzinhos verdes não foi suficiente para impedir que, visualmente, o resultado final ficasse sofrível. Mas era possível reconhecer, naquele homem repleto de cicatrizes, as feições de Ambrósio.
- Ele recuperou a memória e a razão?
- Está um pouco confuso ainda... - disse o cientista. - Talvez nunca volte a ser o que era antes, mas foi divertido brincar de de Deus e inverter a ordem natural das coisas, antes de deixar definitivamente este mundinho atrasado. Sabe-se lá o que este monstro fará nesta sua volta à vida...
A nave deixa o homem à beira da estrada deserta e levanta vôo rumo ao infinito.
Não muito longe dali um cabisbaixo Bruno faz seu caminho de volta para casa, ainda entorpecido pela descoberta de que sua doce Jeitosinha era uma garota de programa.
Como se não bastasse, sentia a confusão mental causada pela percepção de que sua experiência com o travesti no Bordel foi totalmente inconclusiva.
Até o momento em que Jeitosinha interrompeu o ato sexual, ainda não havia encontrado prazer. Mas era difícil saber como a coisa iria terminar.
"Bruno não tinha pressa para chegar a lugar nenhum. Precisava pensar e, talvez involuntariamente, acabou passando em frente à casa de Jeitosinha.
Sentiu um nó no coração ao ver a janela do quarto da moça. Saudades de um passado perfeito e uma profunda revolta por sentir que um futuro feliz havia sido abortado.
- Bruno?
Por um momento pensou ser Jeitosinha, mas a voz que vinha da varanda escura da casa era mais grave.
- Adenair?
- Sim... - disse o suave irmão da loira, aproximando-se. - Você não parece bem... Quer conversar?
Bruno encarou Adenair. Ele nunca havia percebido o quanto o rapaz se parecia com Jeitosinha!
- Não creio que você possa me ajudar...
- Talvez eu possa... - respondeu o moço, com a voz tremula de emoção e desejo.
Será que Bruno e Adenair... hmmm... Será? E Ambrósio? Vai querer vingança?
Será que Bruno e Adenair são...? - Capítulo XVIII
Ambrósio não conseguia se lembrar exatamente quem ele era. Imagens confusas de um travesti loiro com uma moto-serra lhe vinham à mente, enquanto ele reconhecia alguns trechos do caminho. Acabou chegando até a porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente porque não tinha a menor idéia de que lugar era aquele.
Viu que dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. O dia estava quase nascendo. Do outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar naqueles rostos.
Mas quem seriam? Aliás, quem seria ele mesmo? O homem subitamente percebeu que sequer podia lembrar-se de sua própria face. Procurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver refletido. Numa grande e quieta poça de água, viu sua cara monstruosa.
Com um grito aterrador correu rumo a um matagal próximo. Estava confuso e com medo.
Bruno e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita importância.
- Você pode se abrir comigo, Bruno. Sei tudo a respeito de Jeitosinha.
- Tudo? - surpreendeu-se.
- Sim... Ela é uma vítima, tanto quanto você...
Pelo comentário, Bruno percebeu que talvez Adenair não soubesse que a irmã era uma prostituta. "Se ela conseguiu me enganar, porque não enganaria o irmão?", perguntou-se. Tombando diante da pressão, Bruno chorou convulsivamente.
Adenair puxou-o em direção ao peito, abraçando-o e acariciando seus cabelos. Bruno pôde perceber que o toque e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. Sentiu-se confortável por alguns minutos.
"Enxugando as lágrimas, Bruno viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de Jeitosinha. Só então deu-se conta de que algo estranho acontecia ali: o apoio que estava recebendo, mais físico e mudo do que um simples diálogo, não é comum entre os homens.
- Adenair, porque você me abraçou deste jeito? - perguntou, temendo a resposta.
Num matagal a poucos metros, Ambrósio começava a se dar conta de quem era.
Talvez por um bloqueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê-lo de volta à vida, não associava o travesti loiro à sua amada Jeitosinha.
Mas já sabia que ele era o chefe daquela casa que reconhecera, e que estava deformado por alguma terrível razão, a mesma pela qual sentia-se impelido a manter-se escondido.
Na varanda da casa, Adenair começava sua revelação. Cada palavra pronunciava doía como um parto.
- Bem, Bruno... Também tenho um segredo...
Será que Bruno e Adenair... hmmm... Será? E Ambrósio? Vai querer vingança?
As perguntas são as mesmas de ontem, provando que não é só a novela das oito que enrola a gente...
Ambrósio não conseguia se lembrar exatamente quem ele era. Imagens confusas de um travesti loiro com uma moto-serra lhe vinham à mente, enquanto ele reconhecia alguns trechos do caminho. Acabou chegando até a porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente porque não tinha a menor idéia de que lugar era aquele.
Viu que dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. O dia estava quase nascendo. Do outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar naqueles rostos.
Mas quem seriam? Aliás, quem seria ele mesmo? O homem subitamente percebeu que sequer podia lembrar-se de sua própria face. Procurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver refletido. Numa grande e quieta poça de água, viu sua cara monstruosa.
Com um grito aterrador correu rumo a um matagal próximo. Estava confuso e com medo.
Bruno e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita importância.
- Você pode se abrir comigo, Bruno. Sei tudo a respeito de Jeitosinha.
- Tudo? - surpreendeu-se.
- Sim... Ela é uma vítima, tanto quanto você...
Pelo comentário, Bruno percebeu que talvez Adenair não soubesse que a irmã era uma prostituta. "Se ela conseguiu me enganar, porque não enganaria o irmão?", perguntou-se. Tombando diante da pressão, Bruno chorou convulsivamente.
Adenair puxou-o em direção ao peito, abraçando-o e acariciando seus cabelos. Bruno pôde perceber que o toque e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. Sentiu-se confortável por alguns minutos.
"Enxugando as lágrimas, Bruno viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de Jeitosinha. Só então deu-se conta de que algo estranho acontecia ali: o apoio que estava recebendo, mais físico e mudo do que um simples diálogo, não é comum entre os homens.
- Adenair, porque você me abraçou deste jeito? - perguntou, temendo a resposta.
Num matagal a poucos metros, Ambrósio começava a se dar conta de quem era.
Talvez por um bloqueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê-lo de volta à vida, não associava o travesti loiro à sua amada Jeitosinha.
Mas já sabia que ele era o chefe daquela casa que reconhecera, e que estava deformado por alguma terrível razão, a mesma pela qual sentia-se impelido a manter-se escondido.
Na varanda da casa, Adenair começava sua revelação. Cada palavra pronunciava doía como um parto.
- Bem, Bruno... Também tenho um segredo...
Será que Bruno e Adenair... hmmm... Será? E Ambrósio? Vai querer vingança?
As perguntas são as mesmas de ontem, provando que não é só a novela das oito que enrola a gente...
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