domingo, 17 de agosto de 2008

O QUE É ISSO?


Por mais que eu viva, por mais que eu conheça pessoas e mais pessoas, certas coisas em mim não serão amadurecidas, se essa for de fato a questão, ou se realmente eu amadureci demais e as outras pessoas ainda permanecem no seu estado verde, pendurado no galho, aguardando um tempo infinito para amadurecer. Analisando por esse lado, nunca em toda minha vida daria pra ser jurista, exatamente pelo fato de sempre me analisar como resultado da culpa, onde tenho que me perguntar se aquilo seria algo realizável por mim, posteriormente, percebendo que jamais seria capaz de tal erro começo analisar as demais pessoas. Não me acostumo a sempre colocar culpa dos erros nas outras pessoas, assim de forma aleatória. Com referência as relações que se desenvolvem aos meus olhos eu me pergunto por que as pessoas se entregam tão facilmente assim, se desmerecendo e desmerecendo o que sente as outras pessoas. Hoje você conhece alguém, amanhã esse alguém já quer te namorar e depois de amanhã esse alguém já quer firmar um compromisso mais sério, querem casar, lhe amarrar e te cobrar, sem mal conhecer a outra parte, nem saber como se comporta. São etapas puladas que merecem sua determinada importância e que faz parte do processo do envolvimento amoroso. As pessoas não querem só se conhecer, elas querem algo mais, querem firmar compromisso, que isso seja feito, claro, mas com um cuidado maior. O que importar é ter alguém pra chamar de meu, é mais válido, se faz necessário desfilar e mostrar aos amigos que você não é uma pessoa sozinha, pois dá um significado de vulnerabilidade, de Ser promíscuo, simplesmente por gostar de curtir a vida independente. Nem mesmo ser amigo serve, as pessoas querem de fato casar a primeira vista, querem se entregar cegamente, e se a outra parte não quer, mas prefere se disponibilizar numa amizade legal, a parte do amor condicional é radical, renega, abruptamente exclui de qualquer contato, torna-se grosso, pois seus objetivos não foram alcançados. Eu me assusto no primeiro instante, depois passa como se passa a brisa, percebo que as pessoas entram num estado de insanidade mental indescritível e nessa perspectiva eu prefiro ficar de longe, sozinho a observar.

Por: Alisson Meneses de Sá

Nenhum comentário: