O noivado irá acontecer, mesmo mediante toda a situação degradante pela qual a noiva passou. Maria está completamente disposta a firmar seu compromisso, diante de amigos, parentes e aderentes. Não importa se o que aconteceu venha interferir em algo que vá apodrecer o envolvimento dos dois, o que importa é que a solidão já não faz parte do processo psicológico que envolve os dois. Maria não se importa que no futuro ela tenha que viver a trabalhar para pagar os remédios controlados do seu amado, isso seria o mínimo da situação, pra ela nem o fator morte a incomoda mais, pois, em outro caso a morte pra ela também se torna um processo não mais de responsabilidade da outra parte, ela também pode se acometer. Tudo não passou de mais um jogo de criança, nem um pouco amadurecida, ainda verde no pé de laranja, que se for puxada ainda naquele estado é azeda ao se chupar. Maria, a partir do momento que aceita todo esse jogo de amarelinho que a outra parte singelamente impõe, torna-se também uma outra criança brincando de balanço ao ver a outra parte jogar a pedra no meio do quadrado. A fidelidade nem a posição sexual não é algo que se põe em mesa, nem se discuti. Maria já é saciada no seu convívio natural e se lá não é, ela supri em outros locais mais propícios, pouco importa a salmoura. Ele diz que foi tudo um engano, que foi ludibriado pelas forças extraterrestres, que fora abduzido por alguns segundos, levado pra algum local do espaço e lá inconscientemente foi acometido de várias análises que a memória não o deixa lembrar. Maria nunca ouviu falar nessas conversas que ela mesma chama de cabeludas, ela pensa que já que ele soube se desculpar e já que as outras pessoas aturam seus relacionamentos infundados porque ela não poderia levar adiante aquilo que as pessoas chamam de envolvimento. Conciliação feita, o anjo que estava pendurado resolveu cair do galho, não era mais a laranja verde, era o anjo revestido de toda pureza celestial, tudo parecia como um conto de fadas, pouco se falava na verdadeira realidade. Maria resolveu noivar.
Por: Alisson Meneses de Sá
Por: Alisson Meneses de Sá
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