quinta-feira, 7 de agosto de 2008

MAIS CAUSOS INTERIORANOS


Pouco se é destacado nas mídias o trabalho de retaguarda dos cientistas políticos o que durante o pleito eleitoral alguns se destacam por conta da sua efêmera necessidade, mas que preferem agir como guarda-costas para não se exporem conforme os resultados vão se delineando. Nas pequenas cidades essa função é praticamente desconhecida, pois acreditam que o conhecimento e a popularidade sejam suficientes para alcançar seus respectivos objetivos. Ledo engano, atualmente estamos vendo essa teoria de campanha tosca cair por terra. Cientista político nada mais é do que estudiosos sobre a distribuição e transferência de poder em processos de tomada de decisão, ou seja, em períodos eleitorais, por causa da frequente e complexa mistura de interesses contraditórios. Abrange diversos campos, como os sistemas políticos, teoria dos jogos, economia política, análise de políticas públicas, política comparada, relações internacionais, análise de relações exteriores, estudos de administração pública e governo, processo legislativo, direito público (como o direito constitucional) e outros. E com relações estreitas com o marketeiro político que tem como objetivo a promoção do candidato, com planos mirabolantes para ter êxito nas campanhas, sempre consultando o cientista para visualizar o campo de ação . Enfim, acredito que jamais uns e outros que conheço se desbravem nessa perspectiva, exclusivamente no interior, especifico de onde me naturalizei (Itabi), tem ciência dessa tão eminete função de aconselhamento aos institutos de conhecimento acerca a população e seus anceios quanto a política local. Estou me contento a não mandar umas cartinhas pra alguns candidatos indicando alguns endereços de cientistas políticos ou marketeiros de ponta para realizarem uma prévia consulta, pois to vendo muitos deles degringolarem seus projetos eleitoreiro por mero descuido, pessoas que há muito tenta, tenta e nada conseguem, acham somente que ajudar um aqui outro acolá lhes garantirá uma cadeira na câmara de vereadores. É o que ocorre em Itabi com extrema nitidez. Recentemente se alojou na cidade um rapaz, que se ver interessado em mudar as feições políticas-sociais da cidade, de fato ele anda mudando, o rapaz, muito jovem por sinal, anda tirando os suspiros das moças, solteiras ou não, um rapaz que pouco a cidade sabe de seu histórico pessoal, mas a adesão a sua campanha está mudando o estilo ideológico da pequena cidade, uma mudança brusca, acredita-se que o rapaz é o proprio marketeiro e o próprio cientista político, fala bem e vai alinhadamente pedir votos nas suas visitas as casas mais paupérrimas ou não. Em contra-partida, outros candidatos, vendo seus objetivos irem por água abaixo, pois não tem a menor noção do que seja promoção de campanha eleitoral estão se revoltando contra a inteligência do novíssimo político, usando de estratagemas ultrapassados para deter este, ficando nas esquinas com cara enfezada a cumprimetar um e outro, quando não estão a bater perna pelas ruas com um hálito não muito agradável, e pasmem, fazem todos parte da mesma coligação política. Um grupo, em protesto quanto a essa alavancada nos ótimos índices da preferencial popular do novo candidato, subiram até o forum da cidade para ver as possibilidades de barrar com essa eufórica campanha do rapaz. Erro evidente, os tempos são outros, vivemos numa democracia, pelo que sei, alguém fixando residência num munícipio tem condições legais para entrar numa corrida eleitoral, sem contar o desagravo na coligação e a revolta das moças descontentes, que tomarão, obviamente partido por tamanha injustiça e se entregarão de corpo e alma a causa do rapaz no mesmo estilo Fausto Cardoso de morrer em prol do estado, numa emblemática cena cinematográfica, com um copo de água na mão e saudando ao povo e ao estado. Acho que tais fatos estão dando uma sacudida nas cabeças das pessoas, inclusive dos jovens, muitos indecisos, que vêem nessa situação algo ultrapassado e tendo como tendência decisória a defessa dos injustiçados. Quem sabe uma mudada no visual dos descontentes, uma limpeza higiênica antes de frear um eleitor na rua seja suficiente para se refazer o estilo de campanha. Observem que a tomada para a mudança já foi dada há anos atrás e esse processo não parou lá, é um processo continuo, esperamos que os candidatos não emburreçam suas campanhas e procurem aconselhamentos o mais cedo possível para não caírem numa depressão pós-leição.

Por: Alisson Meneses de Sá

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