segunda-feira, 24 de março de 2008

SEGUNDA CRÔNICA EM: SEMANA SANTA ÀS AVESSAS

PARTE I


Baseando-se exatamente no fim de semana que rege o evento que aqui descreverei, vamos imaginar uma casa, um pouco distante da civilização alucinada da cidade grande, imaginemos ainda dentro dessa casa uma comitiva de primeira linha, personagens que na verdade movimentou o vilarejo chamado de Jerusalém, especificamente o Monte das Oliveiras, continuemos a imaginar o confinamento de figuras como Jesus de Nazaré, Maria, José, Pôncio Pilatos, José de Arimatéia, Caifás, Maria Madalena, Barrabás, os discípulos Pedro e Judas Iscariotes e dois leprosos, sem contar na participação dos judeus na vizinhança que também deram um tempero a mais ao confinamento, não pensem que será a encenação da morte e ressurreição de Cristo, muito pelo contrário. São Personagens de nomes fictícios, mas de ações reais, que com o decorrer dos acontecimentos irão definindo suas reais personalidades.
A minha participação nesse contexto ficará somente como observador dos fatos, haja vista que a Pata, apelido que me foi dado, não fazia parte da história que conta a morte e a ressurreição de cristo. Vale ainda salientar que figuras que passaram pela Santa Ceia e que não tiveram uma certa notoriedade, aqui não serão mencionado, pois, levo em consideração um fator primordial chamado interação interpessoal ou melhor dizendo, sociabilidade com o grupo de pessoas que pouco se conhecem e tem em mente um único objetivo, sair da rotina exaustiva do dia-a-dia e se enveredar na interação do divertimento. Assim sendo, aqui só constarão pessoas que exalaram dos seus poros algo que poucos conhecem o GLAMOUR. Não esperem aqui uma encenação da morte e ressurreição de cristo como realmente conta a bíblia, pois, muito pelo contrário, aqui todos têm sua devido importância, deixando assim seu recado registrado na vida daquela comunidade que não será mais a mesma.
Estava em casa, ainda em Betânia (cidade esta que Jesus de Nazaré esteve antes de entrar em Jerusalém), de malas prontas quando chega Judas Iscariotes (vale ressaltar que o valor histórico das ações do verdadeiro Judas não está presente na pessoa aqui mencionada, em verdade eu vós digo que Judas abrilhantou de forma fabulosa o contexto da morte de cristo, valendo então do glamour que o Judas obteve eu assim preferi denominar a pessoa aqui encubada) para jantar em minha companhia e assim podermos aguardar a chegada de Pedro (este que também teve um papel fundamental na vida de Jesus sendo o primeiro a conduzir seus ensinamentos, fundando o maior império religioso chamado de Cristianismo) que estava de condução, assim, facilitando nossa chegada a Jerusalém. Antes disso Judas me antecipava alguns detalhes, pois alguns desses personagens tiveram uma aparição rápida na semana anterior, me contando alguns comportamentos estranhos de alguns participantes e a formação de casais dentro do confinamento, deixando nítida a chupada que levara no pescoço numa brincadeira. Assim que Pedro chegou colocamos nossas bagagens na sua condução e nos dirigimos a Jerusalém. Lá chegando nos deparamos apenas com Maria, José, Caifás e um leproso, em seguida sentimos que o tempo tivera se fechado rapidamente e ficamos ali, na expectativa de aquela chuva passar para que pudéssemos nos sentir mais a vontade, levando em consideração a precariedade da casa e os buracos do telhado que provocava muitas goteiras por toda casa e assim termos mais movimentos nela. Para quebrar o gelo resolvemos enfrentar a chuva ali presente, eu, Maria, José e Judas resolvemos interagir com a chuva, correndo como crianças pela rua do vilarejo. Diante daquela tempestade que caía fomos em direção ao rio que separava Jerusalém de Betânia e lá Maria que estava de barriga (naquele dia não sabíamos precisar se ela iria dá a luz a Jesus Cristo, o que depois ficamos sabendo que Jesus já tinha nascido e que ali naquele ventre Maria conduzia o irmão de Jesus) nos contava detalhes sobre alguns personagens e José (que se dispôs a fazer todo o trabalho doméstico, especificamente os culinários, por conta da indisposição de Maria) me contava detalhes da culinária que pretendia adotar.
Ao retornarmos ao Monte das Oliveiras percebemos a presença de Maria Madalena, aliás, não só nós percebemos, mas toda a comunidade de Jerusalém pôde perceber, diante do seu potencial de presença e pelo conteúdo da sua mala de rodinhas ou quem sabe por seu Poá, sempre envolto ao seu pescoço. Posteriormente mais um participante da casa chega, Pôncio Pilatos que estava acompanhado de algum andarilho o que de fato muitos acharam estranho, pois era sabido que na semana anterior Pôncio Pilatos estava tendo caso firme com uma leprosa que Jesus curou (fato esse que será contado posteriormente). Para interação de toda equipe foi necessário que bebidas fizessem presente, bem como músicas do estilo dos participantes e muitas brincadeiras, a água quase era transformada em vinho, por conta da necessidade de espontaneidade que aquele confinamento exigia. Estavam todos reunidos na varanda, reunidos talvez para a Santa Ceia quando adentra ao recinto mais uma dupla que também teve grande relevância, era José de Arimatéia e a leprosa (depois será justificado o porquê do leproso, logo acima mencionado e a leprosa de agora) que logo se introduziram na roda ali formada, logo se interagindo naquele ambiente. A leprosa logo correu pros braços de Pôncio Pilatos que não se importou do seu estatos na sociedade e a recebeu de braços abertos como também José de Arimatéia logo se aproximou de Pedro, formando assim o terceiro casal da casa. Podemos assim perceber que a presença de Jesus nesse primeiro dia não foi mencionado por conta de alguns afazeres do mesmo em Betânia, já que necessitava de uma entrada triunfal em Jerusalém, onde todos já se preparavam. Já eram quatro horas da sexta-feira santa quando todos deram trégua aos seus respectivos corpos e deitaram, cada um no seu ninho já armado, eu obviamente não tinha ninho definido, acabei dormindo no sofá, entre uma goteira ou outra conseguir relaxar meu corpo pro alguns instantes

Logo em breve a segunda parte.

Por: Alisson Meneses de Sá

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