sábado, 28 de julho de 2007

SAMURAI ATRAVEZ DE NOEL ROSA

Assim me defino, ao som do boêmio Noel rosa
Cantando e esbravejando em toda esquina
Suas letras e composições
Quando eu morrer não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela gravada com o nome dela
Não quero ser lembrado como coisa e tal
Quero viver e quem sabe ressurgir das cinzas.
“Eu hoje vou mudar minha conduta
Eu vou à luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você na força bruta
Que é pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
E eu pergunto, com que roupa, com que roupa eu vou
Ao samba que você me convidou?”
E assim mudando minha história, o meu percurso.
Tenho cede de sugar a vida
E viver eternamente como uma fonte inesgotável
“Deitado num trilho de um trem
Estando amarrado e amordaçado
Sabendo que o maquinista
Não é seu parente
Nem olha pra frente
O que é que você fazia?
Eu nesse caso nem me mexia”
Mas eu gritava, gritava pra todo mundo ouvir
Que eu te amo, que eu te desejo.
Que eu me excito ao falar contigo
“Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrôt aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim!”
Por isso tenho medo
Medo de viver esse grande amor
Amor que contamina
Se Noel diz
O que posse desdizer?
“Seu cabelo tinha cor de burro
Quando foge do amansador
Seus olhos eram circunflexos
Perplexos e desconexos
Um bigodão na cara indiscreta
Feito bicicleta com guidão de fora
Enfim, o velho nunca mais
Se casa com a senhora”
Será essa descrição do meu amor?
Ou puro sonho tubuloso?
A vida e as canções nos ensinam
Nos prestigiam e nos encaminham
“Seja breve, seja breve
Não percebi porque você se atreve
A prolongar sua conversa mole (E não adianta)
Seja breve (conversa de Pedro)
Não amole Senão acabo perdendo o controle
E vou cobrar o tempo que você me deve”
O mais breve que puder ser
Tenho vontade de viver
A baiana roda
O mundo roda
A hora também roda
O que pára e o meu coração quando falo com você
“Mas que mulher indigesta!(Indigesta!)
Merece um tijolo na testa
Essa mulher não namora
Também não deixa mais ninguém namorar
É um bom center-half pra marcar
Pois não deixa a linha chutar
E quando se manifesta
O que merece é entrar no açoite
Ela é mais indigesta do que prato
De salada de pepino à meia-noite
Essa mulher é ladina
Toma dinheiro, é até chantagista
Arrancou-me três dentes de platina
E foi logo vender no dentista”
Será capricho
Chamego
Rotação da terra
Ou ovulação
Da maldade do feitiço
Ousadia perspicaz
Batam-me, mas me amem.
Porque sou indigesto e daí.
“Não espero mais você, pois você não aparece.
Creio que você se esquece das promessas que me faz.
E depois vem dar desculpas, inocentes e banais
É porque você bem sabe
Que em você desculpo
Muitas coisas mais”
Por mim, tem que espere
Tem quem queira
Quem sabe até um bêbado na esquina
Um cachorro abandonado
Tem quem me queira
Não fico só
Tenho imaginação e sonho
Tenho mão pra masturbar
E pra finalizar:
“Malandro é palavra derrotista
Que só serve pra tirar
Todo o valor do sambista
Proponho ao povo civilizado
Não te chamar de malandro
E sim de rapaz folgado”
Pois é, agora só folgado!!!!!

Músicas: Noel Rosa
Por: Alisson Meneses de Sá

Nenhum comentário: