segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O MEU DIVÃ

De repente tudo acontece sem explicação, aliás, de repente as coisas estão acontecendo, sem explicações e sem lógica, algo que surpreende quem jamais poderia esperar por tal coisa, se imaginando imbatível sem nem pestanejar diante da criptonita. Quem sabe o medo me faça perceber que o impossível está numa outra margem e esteja me enveredando nesse prazer desconhecido. O medo é pertinente, haja vista a mente infantil na qual eu me deleito, nos prazeres que vai do carnal e que está se transformando em algo sentimental e impróprio. Ai meus dezoito anos de idade, quem me dera retornar ao tempo que isso jamais vagava pela minha mente de adolescente aborrecente. O tempo responderá essa minha perspectiva de rapaz comportado que deseja além de tudo um relacionamento igual aos dos demais, um relacionamento igualitário e sem a premissa da vulgaridade. De mensagem em mensagem já se rola amorzinho pra lá e pra cá, são esses o sintomas da paixonite aguda ou só são deleites de um principiante nas artimanhas do amor? As perspectivas vão de zero a dez, a qualquer momento pode existir uma explosão de sentimentos e demonstrações em afinco como também pode surgir impetuosamente um colapso de desaprovação naquilo que poderia ser desejável, tornando-se amargo e fétido. Fico no meu canto aguardando a hora que vão atiçar a naja e assim ela poder mostrar todo seu potencial de mobilização ao inimigo que ataca. Quero mais, quero sugar todo o sangue possível e inimaginável, quero me alimentar daquilo que me satisfaz das loucuras impensáveis e poder sentar no divã e proferir meio mundo de absurdos, vagando no mundo que não é meu.

Por: Alisson Meneses de Sá

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