quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

E ASSIM SE FAZ O HOMEM...


As suas incertezas e inconstâncias...
Não foram trinta segundos para que nos estivéssemos um grudado no outro, somando uma só pessoa.
Dia 01/01/2008 à noite, após um dia de praia e muito sol a tostar a pele.
Só bastou um balançar de cabeça para que os sentidos se sintonizassem e os interesses ficassem expostos.
Sentados na cadeira, cada um na sua, olhos penetrantes num apurado sentido de leitura facial.
Olhos dentro dos olhos a imaginar como poderíamos iniciar o que nossos corpos almejavam.
Foram só alguns minutos para que a explosão dos hormônios se manifestasse e nós nos encontrássemos, um agarrado no outro, num trocar de saliva incontestável.
O sangue pedia mais do que aquilo que estava se expondo.
Sensação de satisfação de sentir saciado.
Pedíamos mais, só aquela troca de saliva não era fundamental.
Saímos daquela situação restrita.
E nos encontramos noutra mais ou menos agradável.
A exposição era um tanto quanto arriscada.
Quase pública.
Ali não era confortável.
A praia era convidativa.
Aproveitamos o convite que o mar nos fez.
Ali, apesar do desconforto da areia nossos corpos estavam completamente nus.
Sexo exposto, era a sensação.
A cada peça de roupa tirada um prazer de liberdade sendo demonstrada.
Animalesco.
Respiração profunda.
Mordidas e abraços apertados.
Mãos desavisadas.
Dedos ousados.
Mordidas vorazes.
Penetrações muitas.
Língua aqui, língua acolá.
Espermas pelos corpos nus.
E areia espalhada numa extensão corporal que o vento ajudava em espalhar.
Roupas sendo batida no vento pra tirar a areia.
Corpos descamisados, caminhando de volta pra onde eles deveriam ter saído.

Por: Alisson Meneses de Sá

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