domingo, 19 de julho de 2009

O MENDIGAR

Nunca mendiguei por atenção como mendiguei nesses últimos dias. Não desejo os holofotes advindos da popularidade profissional, isso me preenche em termos, nem tão pouco me servir de conselheiro familiar, que tenho me servido ultimamente e que de certa forma me satisfaz, mas não me preenche. Mendigo atrás das velhas amizades e dos velhos amores, e atrás desse processo me vejo como àquela velha caquética que tanto critico por seu isolamento e em muito por sua repulsa por si mesmo, de tanto criticar estou me transformando no seu espelho.

Quanto aos velhos amores, se é que eles ainda existem, continuo dando as chances, depois de evidências e evidências que me conduz a mais perfeita desconfiança, e triste daquilo que percebo, sou matreiro nas minhas análises de desconfianças e tudo tem como justificativa uma vingancinha lá do passado. E quando me acordo ao receber aquela ligação que tanto esperava ontem à noite, achando que ia ouvir: - vamos nos encontrar hoje. Não, foi um som frustrante: - que pena que não vamos nos ver dessa vez, mas deixa pra próxima. Assim, patética ficou minha face em meio aquilo tudo.

Ponho-me a pensar nessa coisa de correr atrás, a mendigar por atenção, por ser notado, e me levo a comparar com o novo que acaba de surgir, pois é evidente uma troca confortável, sem esperar que a outra parte faça “a mais” para o outro agir na mesma medida. Noto uma espontaneidade, um prazer em dar prazer e uma singularidade de pensamentos.

Por: Alisson Meneses de Sá

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