segunda-feira, 20 de julho de 2009

AMIGO NOVO, NOVO AMIGO


As coisas parecem estar dando um outro contorno, sinto nesse exato momento um vento fresco adentrar por minha janela enquanto a vitrola toca algo mais eclético para uma noite um pouco depressiva, ou melhor dizendo, nostálgica, memoralista, cheia de dúvidas e adornadas de conflitos, pois é raro os momentos de completa liberdade dentro do meu quarto, parecendo um daqueles personagens introspectivos e mitológicos, para mim, de Clarice Lispector, na sua mais tenebrosa angustia.

Esse vento fresco e gostoso tem na sua mais performática forma, nome, sobrenome e endereço fixo. Mora lá na cidadizinha de Chamgrilá e seus gostos assemelham-se ao de Narciso, pois somos completamente narcisistas e morreríamos se não nos refletíssemos. Assim é meu mais novo e queridíssimo amigo de sobrenome Hara, e por incrível que pareça a sua primeira impressão sobre este que vos escreve foram assim, uma das piores, para dramatizar um tiquinho, e depois, como algo assim quase inexplicável e pouco esperado nos vimos em meio a uma maré de afinidades, aliás, grandes afinidades e assim estamos a construir com alicerce de concreto firme uma grande amizade.

Costumo sempre enfatizar que colegas eu possuo em grande escala, mas com esses pouco ou quase nada posso contar, caso precise, já os amigos, mal fecham uma mão se for pra contar nos dedos e se não for precipitação de minha nobre parte essa nova amizade está ali, no dedo mindinho, mas está, e assim me fortaleço por tão ilustre participação.

Aos meus verdadeiros amigos costumo interligar a musicalidade, como para eternizá-los, assim o fiz com as canções de Ivete Sangalo, Maria Bethânia e como não poderia de deixá-lo de fora, estava ouvindo uma música de letra incondicionalmente bela (neste momento desligo a vitrola e pego meu MP4, direciono na música para ter a certeza) e nos vejo nela, exatamente como canta a canção “Sutilmente” de Skank.

Por: Alisson Meneses de Sá

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