Nunca pensei que depois de tudo eu pudesse está assim, passando por um clima pessoal tão chato, tão pra dentro, de reflexões, análises e reparação. Foi assim durante todo o domingo e exclusivamente durante toda a segunda-feira. O domingo eu até tentei preencher os espaços vazios de alguma forma, na pós-graduação à tarde cheguei tanto cansado como sem vida, com uma profunda tristeza interior, mas felizmente as amizades profundas sabem ler o trágico dentro dos olhos e sabe contornar a situação me fazendo ainda dar alguns sorrisos. Aventurei-me em ainda fazer aqueles programas loucos de fim de semana. Era talvez a única chance que tinha de sair daquele completo estado de introspecção arraigado desde o momento em que abri meus olhos e não mais conseguir fechá-los pra voltar a dormir até mais tarde, como é de costume quando a noite do sábado é perdida nas baladas. Ainda no domingo todas as expectativas não foram alcançadas, não sei qual a razão definitiva, mas sentia dentro de mim um vazio, algo precisava ser preenchido e esse algo até então não foi respondido por que talvez as circunstâncias não favorecessem. Na segunda o clima estava pior, a angustia perdurava ainda, não estava num clima perfeito para ir trabalhar e como tenho uma certa autonomia na função que desenvolvo, preferi não viajar, foi legal dessa forma, me sentiria mais tranqüilo e menos pressionado. De certa forma existia essa necessidade de não ir pro interior por conta da emergência no enviou do meu projeto de pesquisa para o mestrado, essa foi a razão preponderante de certa forma. Talvez eu fosse buscar resposta pra toda essa angustia sentida em Clarice Lispector, quem sabe ela não descobre qual é a chave desse enigma que me envolve, desse meu entender que até hoje não se consegue codificar. Há quem diga que me tranco, que não abro espaços pras conquistas, pro novo, pro amor, podem está até certos, mas as vezes eu acredito que tudo isso não passa de uma alimentação artificial da mente humana, acreditar que precisamos de alguém pra está junto durante toda uma vida. Essa concepção no meu contexto não tem validade, configuro toda se possível for, o que sempre foi. Talvez amanhã esteja melhor, me trancafio dentro de mim mesmo, busco nas leituras e nas ficções das telonas algo que possa supri essas necessidades momentâneas.
Por: Alisson Meneses de Sá
Por: Alisson Meneses de Sá
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