Nem sei, quem sabe o meu silêncio fosse mais edificante quanto o meu grito ensurdecedor e meramente destruidor. Eu li e fiquei engasgado. Será que sou obrigado a estar com alguém que não me convém mais. Sirvo, somente e unicamente como um alguém para namorar, não sirvo como amigo? Foi o que ficou subtendido nas entrelinhas. Disponibilizei-me a tudo. Só não seria tão cretino como meu instinto as vezes se faz, em fingir uma situação imponderável dando assim garantias reais de uma continuidade e me magoar por dentro como um câncer silencioso. Fui claro e real, fui imaturo também e pelo que vejo descartável. Meus sentimentos não se evacuam no tempo com um simples soprar. Eu admiro, lembro, sonho, desejo, tenho pena porque sou cruel e as vezes insensível, mas nunca descartável. Devo ser descartável sim, não só o autor dessa frase me dispensou como outras de forma um tanto quanto contida. A essas frases que dizem e ao mesmo tempo não dizem. “Odeio quando colocam palavras em minha boca” eu ouvi isso e me veio na lembrança a falta de coragem de ser tão real, o medo de se deparar com a verdade e daí usa-se essas frases incógnitas para dar um ar de quem não quer dizer dizendo. A mim eu garanto que apesar do desejo de extirpar do pensamento como se fosse um prego encravado na minha alma, infelizmente não conseguirei, pois docemente lembraria dos momentos bons e daquelas mensagens, doloridas e significativas, de torpedos. Como já pensado e escrito antes, recebo com maior naturalidade toda a minha culpa de egocentrismo. Talvez não tivesse percebido isso antes, falta de tempo, e só depois de concretizar o que não daria certo, vem à tona tudo que não era visível anteriormente. Pois é eu já sabia. Sabia que era assim, meigo, educado, que sabia massacrar com palavras doces e que se faria vítima de suas próprias palavras. Aqui finalizo com certa mágoa.
Por: Alisson Meneses de Sá
Por: Alisson Meneses de Sá
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