Por: Alisson Meneses de Sá
Não me leias se buscas flamante novidade ou sopro de Camões. Aquilo que revelo e o mais que segue oculto em vítreos alçapões são notícias humanas, simples estar-no-mundo, e brincos de palavra, um não-estar-estando, mas de tal jeito urdidos o jogo e a confissão que nem distingo eu mesmo o vivido e o inventado.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
PROCURA-SE UM AMIGO
Por: Alisson Meneses de Sá
PENEDO - AL
Futuro penedense: Alisson Meneses de Sá
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
... TÃO SOZINHO ULTIMAMENTE...
Que não vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade...
Parece até brincadeira... quando abro o jornal e vou logo ver meu mapa astral me deparo com as seguintes colocações astrológicas pro meu signo: “Os elementos e pessoas que compõem sua vida cotidiana se encontram em processo de mutação. Porém, a verdadeira mutação só acontecerá a partir do momento em que você mudar seu ponto de vista a respeito de tudo que acontece”. Evidentemente eu já percebi as mutações acontecerem, elas já aconteceram noutras épocas, e como nessas outras épocas eu possuia pouca noção na consistência da minha personalidade, não levei em consideração. Hoje o campo de visão é outro, minha personalidade está mais aguçada, destinadas aos meus quereres e aos meus prazeres. Deixarei que o tempo desenvolva suas razões, eu não ando com presa, fico na minha calmaria irritante, fria e muda, num momento adequado, no ponto de vista que já está modificado a mutação atuará.
Por: Alisson Meneses de Sá
IRACEMA AGRADECE
Você não imagina o meu estado de contentamento em receber suas ligações, seus recados, enfim, vivo sorrindo à toa pelos cantos de casa, do trabalho, pela rua. Minha felicidade só não é completa por conta da distância que nos separa, acho que essa distância é a pedra de Carlos Drummond de Andrade que estava no meio do caminho e agente vai aos poucos diminuindo essa distância que me parecer ser cada dia mais longínquo ao passo que vamos estreitando nosso gostar, nossos sentimentos.
Esperarei aqui na terra da Arara e do Caju você, como se espera um príncipe, espero que possamos passar uma das melhores viradas de ano de nossas vidas, regado a bastante cumplicidade e diversão, espero que goste dos meus amigos, acredito que deu pra ter noção, pouca, mas foi uma prévia, de como mantemos nossa amizade. Apesar de eu está me sentido um pouco só, por conta de algumas circunstâncias, com você aqui eu posso dividir mais essa minha solidão.
CDs recebidos – meu muitíssimo obrigado. Tudo pra mim ta sendo tão complicado, indecifrável, mas prazeroso e compensador e foi de uma forma tão inusitada o recebimento dos CDs que me enviaste. De antemão só tenho a agradecer ao prazer a mim proporcionado, concretizando algo que poderia está solto.
Estava em minha casa no interior, não tinha noção de quando iria ver seu presente por conta dos meus trabalhos que exigiriam um maior tempo longe de minha residência na capital e onde estaria meu presente. Na terça-feira passada, ao cair da tarde, chegando em casa, um pouco exausto, me deparo no meu quarto, mais especificamente em cima de minha cama, um envelope grosso, logo toquei para ver do que tratava, ali sentado na cama percebi que era uma correspondência sua, não abri, pois já tinha idéia do que estava ali, queria observar mais aquele envelope e o que ele representava pra mim. Fechava os olhos e ficava a imaginar você, seus olhos, suas mãos, sua boca, desenhava na minha imaginação a sua fisionomia, me entregando àquele envelope, escrevendo meu endereço. Aquilo era tão mágico, tão brilhante que me trazia um alívio dentro do peito, me deixava leve, parecia que levitava.
Foi à noite que pude saborear seu presente. Preparei-me exclusivamente para aquele momento tão mágico, tão especial. Tomei banho, me vesti com um short extremamente confortável, posicionei o micro-sistem dentro do meu quarto e fiquei ali, deitado na minha cama de solteiro, de olhos fechados, imaginando você me dizendo todas aquelas músicas, com uma perfeição que só você poderia fazer. Não consigo me conter de tanta emoção quando ouço de forma triste, Cartas de Amor, aquilo entrando nos meus ouvidos é emocionalmente carregado, mas no fundo sobra um fiozinho de alegria por todos os instantes que passamos juntos.
Queria está bem pertinho de você pra poder recitar essa poesia de Drummond:
Amor e seu tempo
Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais relvosa,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe
Valendo a pena e o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvido. Amor começa a tarde.
Carlos Drummond de Andrade
Beijos saudosos dessa que aqui está a te esperar numa ansiedade só.
Iracema
3ª CARTA DE MARTIN
Mas chega de reflexões existencialistas por hoje.
Estou te enviando a foto que tiramos juntos.Também te envio uma foto do sol nascendo aquele dia que gostaria de ter visto na sua companhia, em Sergipe.
Gostei do seu programa de Réveillon, com os amigos, numa coisa mais intimista. Vamos conversando e eu vou amadurecendo a idéia. Estou um pouco apertado financeiramente, mas tudo se resolve. Mas se não for possível no Réveillon (mas vou estudar as possibilidades), quem sabe podemos em outro momento...nas férias (o problema de alta temporada é que é tudo mais difícil). Vamos que vamos.
Sei o quanto a distância que nos separa é complicada, mas acho que podemos fortalecer o sentimento belo, profundo e humano que nos une e deixar as coisas caminharem. Deixar a amizade fluir, o amor fraterno e, quem sabe, nos permitir chegar a algo mais... Vamos vivendo.
Beijos e abraços com muito carinho e afeto,
Martin
IRACEMA ENTREGA-SE
Nossa, a cada leitura que faço eu me emociono, fico em estado de completa comoção, não sei te explicar bem porque, deve ser a fragilidade emocional pela qual estou passando, mas, enfim, a cada palavra que você coloca, a cada situação exposta por você eu fico a louvar a Deus por ter colocado uma pessoa tão magnífica, tão maravilhosa, de uma riqueza de espírito que pouco vi na vida.
Sei que o termo que usei pesou bastante, mas sinceramente foi o que senti naquele momento. Foi um grande erro de interpretação meu, pode ter certeza, porque o FDP que estava embutido naquela expressão jamais seria capaz de escrever tão magistralmente como você me escreveu.
Quanto ao Reveillon o que programei com meus amigos foi nos reunirmos na casa de meu primo dia 31 já pela manhã, de lá iremos à praia e a tarde prepararemos nossa ceia, escolhemos um cardápio requintado, nesse meio tempo ouviremos ela a Diva Maria Betânia e alguns filmes. Após jantar iremos ver o show de Maria Rita, Alexandre Pires e outros na orla. No dia seguinte programamos uma feijoada na casa de meu primo com todos... enfim, é essa minha programação para o Reveillon...
Quanto ao cds gravados ficarei mais que contente em recebê-los por saber que é do fundo da alma. Esperarei ansiosa pra ouvir...
Beijão enorme...
Iracema
UM CERTO PRESENTE DE AMIGO OCULTO
Por: Alisson Meneses de Sá
CONCLAVE DE FIM DE ANO
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
INDAGAÇÃO DE MARTIN
Acho que tanto eu como você estávamos muito carentes e com os mesmos anseios, expectativas e necessidades, porém seguimos caminhos diferentes para fazer as coisas acontecerem, o que nos fez assustar um com o outro. Mas isto é a vida: é vivendo que se aprende. Tenho certeza que tudo o que você fez foi com a melhor das intenções e posso te afirmar que eu também te queria te oferecer o melhor de mim. Pena que não consegui ser claro.
Mais uma vez, me desculpa por não ter tido a capacidade de me fazer entender e demonstrar com clareza os meus sentimentos e peço perdão por tê-lo feito chorar e, de uma certa forma, ter te magoado.
Hoje eu enviei pelo correio os CDs da Bethânia que gravei para você. Peço-te que ouça com carinho e mergulhe fundo em cada palavra, acorde, sentimento, melodia e poema recitado e sinta como se eu estivesse transmitindo estes sentimentos para você. Este trabalho da Bethânia toca fundo na minha alma e fico muito feliz de poder proporcionar as pessoas queridas à possibilidade e o contato com um trabalho de tamanha sensibilidade e beleza.
Sobre o Réveillon, me diga o que pretende fazer, onde irá passar, o que planejou etc. Quem sabe posso amadurecer a idéia, apesar de não ser muito fã de Réveillon e do Natal. Estas datas mechem um pouco comigo e eu fico um pouco melancólico. Mas quem sabe não é hora de mudar.
Vamos mantendo contato, nutrindo e fortalecendo cada vez mais a amizade e deixar as coisas rolarem...
Um abraço fraternal e bem forte e um beijo profundo e recheado das mais belas intenções,
Com carinho,
Martin
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
A 1ª RESPOSTA DE IRACEMA
Comigo está tudo bem graças a Deus, e espero que com você esteja também tudo ótimo.
Nesse e-mail usarei da mais possível sinceridade contigo. Recebi sim seu recado e fiquei super contente, mas preferi não responder, você logo entenderá por que. Fiquei super feliz de te receber aqui em neste estado tão quente e quando pensar em voltar aqui não pense muito, venha logo que te receberei com maior prazer.
Você pra mim foi mais que uma pessoa especial, adorei ter você por alguns instantes, e perceber o quanto você é grandioso, carinhoso. Imagino o que estás sentindo com o término dessa relação, também passei por isso a pouco, estava me envolvendo com um soteropolitano e não sei te dizer se na verdade foi a distância ou a falta de algo maior - amor - na relação, mas que foi um final trágico, a isso foi. Realmente não estava a procura de me relacionar a sério com ninguém, por pensar um pouco racionalmente, mas vi em você uma grande possibilidade, você desbloqueou essa sensação que estava impedindo essa coisa tão gostosa que é se apaixonar por alguém.
O convite ainda está de pé sim. Devo dizer que fui o mais espontâneo possível e talvez isso deva ter te constrangido um pouco. Esteja a vontade a vir passar o reveillon aqui, te receberei com todo prazer.
Não, não me acho temperamental não, sou de uma espontaneidade terrível, as vezes tento me conter mas não consigo. Voltando pro assunto do hotel de fato saí de lá com uma péssima sensação, não tenho pra que te enganar, mas estava me sentindo ali como um alguém que estava só pra satisfazer os desejos sexuais de um turista, foi assim que fiquei, estava me sentindo promíscua e isso me deixou péssima, como você pôde perceber, cheguei na casa de meu primo e chorei muito, mas muito mesmo. Parecia que toda aquela criação que eu tinha feito se desmoronasse, mas isso não é culpa sua não, é minha, não sei, talvez eu tenha interpretado tudo errado, talvez eu tenha esperado mais e a questão "distância" me acordou do sonho que estava tendo.
Beijos e fica com Deus também
Iracema
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
DIÁLOGO DE AMOR
Samurai: Será que estou sendo ridículo em escrever essas cartas de amor?
Maria Bethânia (cantando): Todas as cartas de amor são Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras, Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso Cartas de amor, Ridículas.
Afinal, só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor,
É que são Ridículas.
Samurai: então deves abri a carta que recebi?
Maria Bethânia: Porém não tive coragem de abrir a mensagem
Porque, na incerteza, eu meditava
Dizia: "será de alegria, será de tristeza?"
Quanta verdade tristonha
Ou mentira risonha uma carta nos traz
E assim pensando, rasguei sua carta e queimei
Para não sofrer mais
Samurai: e o amor? Pra onde foi?
Maria Bethânia: Quanto a mim o amor passou
Eu só lhe peço que não faça como gente vulgar
E não me volte a cara quando passa por si
Nem tenha de mim uma recordação em que entre o rancor
Fiquemos um perante o outro
Como dois conhecidos desde a infância
Que se amaram um pouco quando meninos
Embora na vida adulta sigam outras afeições
Conserva-nos, caminho da alma, a memória de seu amor antigo e inútil
Samurai: Ora, como fui ridículo!!!!
Por: Alisson Meneses de Sá
1ª CARTA DE MARTIN
Date: Sat, 15 Nov 2008
Olá minha cara Iracema:
Tudo bem contigo? Espero que sim.
Te mandei uma mensagem pelo Celular na terça feira e não tive resposta. Fiquei preocupado se você não recebeu ou não teve interesse de responder. Torço para que tenha sido a primeira opção. Agradeço-te pela atenção ai em Aracaju e pelos momentos gostosos que tivemos juntos.
Eu te achei uma pessoa muito interessante e gostaria de poder continuar estreitando os laços de amizade. Gostaria até de algo mais, contudo, a distância é muito grande e dificulta muito. Eu saí há 3 meses de um relacionamento com uma pessoa de São Paulo. Ficamos juntos por 1 ano e meio, que foi muito bonito enquanto durou, contudo a distância, no final acabou prejudicando e o término foi muito traumático. Ainda estou um pouco machucado. Você me fez reacender a chama de acreditar na possibilidade de encontrar pessoas que acreditam em uma relação a dois.
Adorei aquele seu convite para passar o Reveillon contigo. Contudo, naquele momento eu não sabia o que responder (ou tive medo de estarmos indo rápido demais). Como você, logo que fez a pergunta, já tirou uma conclusão um pouco precipitada da minha expressão, antes de eu dar qualquer explicação, preferi deixar como você entendeu naquele momento e deixar as coisas rolarem (mas para mim, passar o Reveillon contigo poderia ser uma possibilidade a ser estudada). Mas confesso que fiquei muito lisonjeado.
Você é uma pessoa muito sensível e de grande beleza interior (e um pouco temperamental, não - risos). Gostaria que soubesse que, aquele dia que fomos para o hotel, eu estava a fim de poder curtir de momento de intimidade, carinho, afeto, cumplicidade contigo. Claro que se rolasse o sexo seria legal, mas não era naquele momento uma prioridade. O sexo para mim é muito importante, mas o doar e receber, os preliminares, o carinho, a reciprocidade são fundamentais e estão em primeiro lugar. Eu percebi em você uma energia muito gostosa e naquele dia queria exercitar esta troca. Parece que quando eu quis ficar mais a vontade, você ficou um pouco travado. Mas saiba que eu não queria ultrapassar nenhum limite que você não se sentisse a vontade. Deu-me a impressão de que você foi embora um pouco estranho. Se eu fiz alguma coisa que te incomodou, te peço perdão.
Muito obrigado pelos momentos que tivemos e, por favor, não vamos perder contato.
Fica com Deus e muita luz e paz.
Martin Soares
AMOR DIVULGADO
Por: Alisson Meneses de Sá
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
VOLTANDO AS ATUALIZAÇÕES
Passou-se exatamente um mês e nada no blog foi postado, nada foi publicado, de forma que preferi, evidentemente, calar-me, diante de tantos fatos e tantos acontecimentos que vieram à tona justamente no mês de novembro. Nada contra o mês, nada contra a estação do ano que recai sobre o mês de novembro, nada contra as causas naturais e sim as coisas do homem que apagam com toda a beleza de espírito que está embutido em cada olhar, em cada expressão, em cada objeto. O mês de novembro serviu como um grito desesperado de agonia na qual passei, não que o mês por completo eu tenha me deparado com tais situações, mas que o lado negativo dela pesou muito mais que o lado positivo, incluído neste último o despertar pra um grande amor. Chegou dezembro e com ele chegou também mudanças, digo no sentido de pensamentos e condutas, e até quem sabe de sentimentos, pois horas me vejo rude, amargo e cruel comigo mesmo outras horas me vejo sozinho pelo canto a chorar como uma ovelha perdida do seu rebanho, junto com o mês de dezembro chegou as novas perspectivas de me entregar outra vez na dolorida entrega pelo amor, sem restringir sentimentos e sensações. Quero amar intensamente como se o amanhã fosse impossível amar, quero viver alucinadamente para o amor, me entregando literalmente as suas imposições, serei agora um servo do amor e a ele deverei a minha vida a minha alma, o meu corpo o meu sangue, enfim, me doarei completamente. É a partir desse entregar, dessa minha inteira disponibilidade para amar e ser amado é que vou trilhar o meu caminho. Em nada mencionarei o que me ocorreu de tão trágico no mês que passou, quero colocar definitivamente uma pedra, e lá deixar sacramentado um passado sombrio, pois a minha vida está dividida por dois marcos: o antes novembro de 2008 e o depois. Aos amigos mais próximos, esses são sabidos do que se passou e espero junto com eles esquecer, aos que não sabem, espero jamais saberem e assim saborearem essa nova pessoa que começa existir.
Por: Alisson Meneses de Sá