sábado, 14 de junho de 2008

FIM DE SEMANA DO COMENTÁRIO: O FILME

Em toda minha vida, com toda a minha vivencia, com todo histórico que carrego na bagagem de pessoa que já viu muita coisa, de repente, me deparo com uma situação inusitada, uma situação que está registrada na memória e lá ficará, como sendo algo que de forma natural traumatizou todas as minhas sensibilidades. O filme foi The Bubble, todos os meus amigos já o tiveram assistido, no cinema, na oportunidade eu não pude ver, algo me impedia de vê-lo, talvez fosse até melhor assim, acredito que o vexame seria muito maior e para um platéia de desconhecidos. Assisti a essa obra prima da sétima arte assim já de coração partido, por conta de sensações corriqueiras referente ao dias dos namorados, bateu uma solidão. Estava naquela casa, sozinho, somente uma cachorra me fazendo companhia, ainda descabelado, com cara de ontem, me pus a adiantar a sessão de filmes, eram cinco filmes e The Bubble era o primeiro da lista, na verdade errei na seleção, deveria ter deixado por último, mas a ansiedade não permitiu, dei play e assim o filme começou a se desenvolver. Filme terminado, não me contive, as lágrimas desciam na minha face como se fosse chuva escorrendo, meu coração apertava, apertava e cada vez que sentia um aperto as lágrimas vinham a escorregar por meu rosto, de repente me bate um desespero, com mãos na face, com vergonha de tudo e de todos, com nojo da vida e talvez de mim mesmo entrei em pânico, caminhava pela casa em lágrimas, soluçando como uma criança embirrada por na ter ganhado um doce, soluçava, ia pra cama chorava mais e mais, voltava para a poltrona e aquela sensação parecia perdurar dentro de mim, ficava imaginando como tudo pudera ocorre, tentava manipular a mente afirmando que aquilo tudo era ficção, não tinha jeito, a minha sensibilidade já tinha tomado conta do meu ser e o que me restava era chorar, e assim o fazia, chorava descontroladamente, soluçando e gritando, ali eu podia gritar, a cachorra me olhava com pena, sem entender aquilo, o jeito foi ficar na cama em profundo estado de depressão, assim também o fiz, corri pra cama de casal que tinha me acolhido naquele dia, me enrolei todo, fiquei ali por volta de 6 horas, dormia, acordava, dormia e acordava e assim que meus olhos abriam, as cenas do filme passavam e aquele desespero batia. À noite tentei me desvincular de tudo aquilo saindo para me divertir, mas foi sem sucesso, tudo aquilo ainda povoava por dentro da minha cabeça, hoje é outro dia e ainda sinto os reflexos das cenas e de até onde o amor é capaz de chegar, é a mensagem que o filme passa, onde também nos perguntamos, vale a pena morrer por um amor, antes de ver o filme tinha outra concepção, mais racional, porque de fato só quem nunca amou pensa da forma que eu pensava. Vou parar por aqui porque já correm na minha face lágrimas...

Por: Alisson Meneses de Sá

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