quinta-feira, 10 de abril de 2008

QUINTA DE QUINTA EM: MONSTRO SERGIPANO NAS ALAGOAS

É de ficar estarrecido com as notícias trágicas que cada vez mais nos chega com certa freqüência, e o que é pior, sempre com crianças, o que de fato nos deixa em estado de completa incredibilidade no ser humano, como pessoa dotada de condições sociais para viver numa sociedade, sobre a premissa do ser cidadão, que respeita acima de tudo os princípios éticos e humanos da civilização, acompanhando, assim, a sua época. Parei ontem minhas pesquisas históricas e meu bate papo para me posicionar a frente da televisão e ver e ouvir indignado a reportagem que ali se delineava no telejornalismo local: “Empresário sergipano é preso em Alagoas, acusado de estuprar uma menina de 8 anos de idade”. O meu estado de completo estarrecimento não parou ali, quando vi a imagem do monstro, que tinha mais ou menos 2 metros de altura. Prefiro não imaginar os absurdos que a pobre garota presenciou antes de a polícia chegar ao motel onde foram encontrados, os apuros e as angustia daquela menina, indefesa, os traumas que ficarão registrados por toda uma vida, as vozes que ficarão gravadas na memória como um botão descontrolado de uma rádio, sempre ao seu ouvido, fazendo lembrar-se de todos os momentos dolorosos.
O outro viés está no tocante ao convívio familiar, onde os pais daquela garota levam sim uma pequena parcela de culpa em toda essa situação, por conta dos desajustes que vivem a família da garota. Em depoimento a mãe disse que a filha estava na casa da tia, e que a garota tinha fugido para um parque de diversão. Que espécie de família é essa que não controlam os caminhos de uma garota de oito anos, inocente, sem estrutura de se posicionar na vida sozinha? Haja vista que tudo ocorreu por volta das três da madrugada. É claro que não podemos desmerecer o ataque do monstro à garota, mas acredito que isso seria minimizado, ou quem sabe retardado, se a família tivesse uma estrutura condizente da sociedade contemporânea.
No meu ver a menina não estava na rua, caminhando sem destino na madrugada sem nenhum objetivo, óbvio que ela estava querendo algo, não digo no sentido sexual, pois acredito que seja ainda um fator meramente desconhecido pra ela, o que quero dizer é quanto a algo que pudesse talvez matar sua fome, ou então, como a mãe falou que ela tinha fugido pra ir ao parque, quem sabe ela não queria dinheiro pra se divertir no parque e se viu na mão daquele monstro para suprir esse desejo, que na verdade se tornou um pesadelo.
O mínimo que poderia vir a ocorrer pra este monstro seria a cadeia especial, por ter um curso universitário, mas, sinceramente, do fundo do peito e sem nenhum rancor, gostaria que esse monstro fosse parar no caldeirão, junto com milhares de presos que não perdoa estupradores, pagando na mesma moeda, onde os presos sedentos por sexo empurram no ânus coisas inacreditáveis, depois de satisfazerem-se sexualmente com seus próprios membros. Alguns desejam a morte, mas a meu ver a morte seria injusta, porque ele não pagaria pelo crime em vida, não sofreria o suficiente, como fez sofrer a garota. É certo que as contas com Deus serão pagas, mas não sabemos como será paga, queremos ver pela lei dos homens na terra a lei do olho por olho, dente por dente ser efetivada.
Sem contar que este monstro é casado e tem uma filha na mesma idade, onde levo a crer que isso não deve ter ocorrido uma única vez, e que essa filha deve ter muita história pra contar.

Por: Alisson Meneses de Sá

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