terça-feira, 28 de abril de 2009

COMO EU QUERIA ESTAR

É tempo de solidão. Me pego as vezes pensando no passado. Não no passado que me serve de trabalho, o passado histórico, mas o passado que guarda os mais puros sentimentos da paixão. Peguei-me pensando naquele amor que um dia deixei passar por entre os meus dedos e que nunca mais poderei resgatar. Ali fiquei, estacionado em meio aquela confusão sentimentalista que teima em continuar impregnada na minha alma. Tenho que me contentar, aquele amor que um dia se foi não mais se faz possível concretizar. Daí pergunto-me, porque meu coração se petrificou e não mais bate como batia nos meus 18 anos? Somente após eu perceber que aquilo que eu achava que era brincadeira, na verdade não era brincadeira, era real, e que infelizmente não mais poderei recuperar o tempo que deixei pra trás. Hoje, tento desabrochar a flor do pomar que congelou. Recebi dias desses, inesperadamente, diga-se de passagem, uma mensagem via celular que pedia minha ida a capital, com o intuito de acalentar uma esperança, já elaborada. Confesso. Tremi, pensei e repensei em toda aquela situação, mas era tarde, aquela ação não podia se concretizar. Fiquei com receio de toda aquela história uma vez descrita lá no passado, pudesse se repetir mais uma vez. Não, talvez fosse somente saudades momentânea. Sonhei no mínimo com aquele beijo gostoso, com aquele apertar de corpo indescritível, com aquele beijinho de rato singular. Deixei passar, talvez, pelo tempo sem resposta, pelo silêncio uma vez estabelecido alguém substituiu-me nesse processo de carência afetiva. Mais uma vez deixei o tempo correr e fiquei de longe só a observar o meu erro. Até a última chance em poder encontrar foi abruptamente descartada. Há quem diga que tratasse de destino e que tudo já estava escrito em algum lugar. No mais me resta ficar aqui, em meio a esse campo a esverdear e me debruçar no passado que me paga, do que me deter nesse lamento insuperável.

Por: Alisson Meneses de Sá

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