terça-feira, 14 de abril de 2009

ASSIM TÃO SUBTAMENTE ACONTECEU!

Estávamos tentando acompanhar o trio passar, depois de muita canseira durante a manhã à noite chegou com um carro a conduzir a barulheira que alegrava a cidade. Pareciam zumbis a seguir contentemente aquele trio elétrico que percorria as ruas estreitas daquele interior. Entramos sem nenhum propósito naquela multidão, depois demos alguns passos em direção do carro que guiava o povo e no meio do percurso nos vimos cansados e esfomeados. Sentimos o desejo latente de nos conter durante toda aquela euforia baianesca e nos acalmamos numa mesa de lanchonete a comer cachorro-quente. E foi nesse exato momento que vindo de forma descabida que recebemos a notícia, que mais parecia ser um noticiário de telejornal informando sobre um acontecimento desagradável. A notícia foi lançada assim, numa distância considerável, em meio a rua, com ua expressão desabonadora, que deixava Fátima Bernardes no chinelo havaiana, uma cara de desalento misturado com tristeza e com o prazer de primeiro divulgar a notícia. - “Vocês já sabem do que aconteceu?”. Assim começou a dissipação do ocorrido, pois, obviamente, se estávamos em meio a uma multidão em estado de euforia, a certeza é que do que elas iriam expor naquele momento não era do nosso conhecimento. E assim foi dada a notícia súbita do ocorrido. - “Fulano de tal morreu, assim e assado, estamos atrás de um transporte que possa nos auxiliar na condução da irmã que está em desespero.” E assim se foi, da mesma forma que chegou. Na lanchonete as pessoas não compreendia o ocorrido, e se dirigindo a nossa mesa, que antes estava colorida e de repente perdeu o brilho, perguntava-nos sobre o que ocorreu de fato e quem tinha falecido. As respostas foram dadas de imediato, conforme a notícia nos chegou. Ligamos pra um e outro e a notícia ainda não estava divulgada, nos sentimos abalados emocionalmente, pois tratava-se de uma pessoa super querida de todos. Nada mais tinha graça, tudo naquela noite que parecia ter sido encomendada para nós que desejávamos curtir e aproveitar todo instante perdido na noite anterior, foi sumariamente diminuído a uma notícia ruim. Perdemos o interesse de tudo, voltamos logo para nossas residências, só ficando as mais afoitas e insensíveis. Enterrou-se no outro dia, com toda pompa que merecia, e com a beleza que Deus lhe deu. Que Deus o coloque num bom lugar. Eu não suportaria o ver num cachão, guardarei sua imagem na cabeça, assim, sempre sorrindo, feliz da vida e com suas loucuras instantâneas que tanto me divertia. Há, já ia esquecendo, a sua risada ensurdecedora e contagiante. Fica com Deus!

Por: Alisson Meneses de Sá

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