Fui
bruscamente tomado por uma dose cavalar de intensidade sentimental,
consegui visualizar, por pouquíssimo espaço de tempo, o panteão
dos que se entregam as concepções dadivosas dos apaixonados.
Suspirei e até suspiro pelo despertar do dia, pelo cantar dos
pássaros e até pelo labutar das formigas. Despertei de um estado
covarde e talvez letárgico de viver para e com o outro ajustando
modos e formas na perspectiva de buscar o complemento integrador. O
despertar me mantém ouriçado no sentido de que as portas não se
fecharão após o ridículo; a permanência se faz salutar para as
novas vivências, novas paixões e novas entregas, acompanhando a
mais diversa forma de encantamento que o outro é capaz de
evidenciar.
Consegui
me despir mesmo ferido, sendo assim tocado sem ao menos gemer com o
toque na ferida aberta. Evidenciei naquela roupas toda condição do
meu “eu” e talvez essa transparência e completa entrega tenha
configurado o desfecho que se tomou, quem sabe, acompanhado de risos
e gargalhadas de satisfação.
Não
busco entender homem como figura complexa, pois é dessa
complexidade que surjo, pois motivos óbvios para dizimar o alheio é
dado pela vida de maneira irrestrita na condição de apaziguadores
de problemas. Assim vamos nos montando, nos construindo e fazendo
nossa história na amplitude complexa que a vida nos oferece, não
corro para que não pensem que estou fugindo, haja vista a imensa
sensação de impotência que se enraíza com tais comportamentos.
Por:
Alisson Meneses de Sá
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