Ao tempo que nos conduz eu só devo eternizar o meu estado de satisfação onde deixo de lado aquela áurea embasada das circunstâncias outrora vivida, num passado não tão distante e de lembranças que corriqueiramente aparecem num ziguezague de situações que oscilam das boas e eternas lembranças as ruins e frívolas reminiscências. A cada despertar, a cada labutar a distância torna-se mais acentuada e o que estava dormindo parece ter entrado em estado de coma, o que significa dizer que a morte talvez seja uma circunstância favorável e que por hora acredito estar por vir. Assim foi traçado toda uma estratégia para que esse processo de afastamento sentimental fosse cada vez mais evidenciado, onde pontos positivos e negativos foram discutidos e aceitos. Embarquei naquilo que não me pertence, numa palpitação constante de querer a vida que noutra visão era tida como fútil e desnecessária, era o fugir da mesma forma como o diabo foge da cruz, eu fugia, numa dor lacrimejante mas essencialmente necessário. A lua, até a lua e suas constelações perdidas no espaço que antes me enamorava, agora passa por mim e terce o bico, pois se diz veementemente indignada com tanto radicalismo de minha parte e assim resolve não brilhar e fazer graça para minhas noites de desconsolado, do lado de fora, no quintal. Procedo virando mais uma página, ou até quem sabe terminando um livro e encostando na prateleira, admitindo as novas situações que por ventura irão florescer, sem ter dúvidas, receio nem resquícios de outros tempos. São novos tempos que eclodem, novos quereres, conceitos que se quebram gerando arranjos peformáticos, são novas vivências sendo disseminada afim de superar o trauma do desprendimento. E quanto ao amor...
Por: Alisson Meneses de Sá
Nenhum comentário:
Postar um comentário