sábado, 16 de outubro de 2010

A PELEJA COM OS FELINOS

Já passavam das 4:30h do sábado, o sol lentamente dava o ar das graças, como sempre esplendorosa. Meu corpo depois de uma noite um tanto quanto nostálgica e regada a muito álcool e conversas torpes necessitava de repouso e naquele momento a minha cama era algo tão urgente, tão necessário que esquecia até de imaginar em outros pequenos detalhes, como por exemplo, deixar a cama da visita, que estava recebendo naquele fim de semana, arrumada, para pensar somente e unicamente na minha macia cama. Fui abandonado na porta de minha casa ao som enfurecido de um ser que aqui poupo comentários, pois horas parecia interpretar uma megera de novela mexicana horas, a artificialidade na interpretação demonstrava que a megera fazia parte do seu mesmo eu. Enfim, álcool mal digerido causa coisas às vezes inexplicáveis. Como um ritual cabalístico sempre faço tudo como estou acostumado a fazer nos fins de semana assim que o dia raia. Abrir a porta é um detalhe quase insignificante nesse momento, pois prefiro correr em direção ao meu quarto para assim observar seu estado e me lançar nela. Assusto-me com a imagem que vejo naquele quarto, por um instante fecho os olhos e prefiro acreditar que era um sonho leve, mas logo volto à realidade. Estavam lá três pequenos gatos que minha irmã os cria como sendo seus primogênitos. Queriam passar pela janela, mas esta estava fechava, eles miavam e aquilo pros meus ouvidos eram pior do que ouvir aquela megera me deixar na porta no seu cross fox. Respirei numa profundidade significante, meu estado de reflexo era limitado, dei passos precisos, mas lentos em direção a TV (os felinos estavam em cima da televisão), eles corriam numa rapidez que meus olhos, naquele momento de cigana dissimulada, em muito não conseguia acompanhá-los. Eles rodavam todo o quarto, corriam pelas três camas e sempre se posicionavam em cima da TV querendo assim pular para a janela e de lá escapulir pro seu habitat, mas a janela estava fechada e meu raciocínio só desejava que esses felinos saíssem pela porta. Exausto de tanto me movimentar pelo quarto resolvi que a melhor solução seria partir pra luta copo a corpo. Esperei friamente que eles se posicionassem num ambiente que eu conseguisse por minhas mãos. O momento parecia propício, logo agarrei um gato, deseja pegar outro e correr para o quintal, mas o tempo dos gatos, naquele momento era mais rápido que o meu e assim o felino se dispôs a colocar suas unhas super e mega afiadas pra fora e se defender como é seu natural, introduzindo-os no meu punho toda sua ira. A dor que deveria ser anestesiada pela quantidade de álcool digerida durante toda a noite logo foi sentida. O gato foi impensavelmente lançado e meu gemido foi ouvido, acredito até pelos vizinhos. Mesmo assim não me contive, resolvi naquela mesma euforia de dor e ódio agarrar outro felino, esse não economizou selvageria, além de travar seus dentes na minha mão encaixou de forma súbita suas unhas. A dor foi imediatamente sentida junto com um escorrer de sangue profundo. Comecei a dividir meu tempo entre lavar o sangue que insistia em escorrer pelos meus braços e correr atrás dos animais com um cabo de vassoura. Os minutos passavam e sem ver êxito me vi exausto. Deitei meu corpo na cama e ali repousei por alguns minutos. Lentamente vi os felinos passarem pela porta em direção ao quintal. Respirei aliviado e logo corri pra trancar a porta e assim me deleitar dos prazeres do sono.

Por: Alisson Meneses de Sá

2 comentários:

Thiago disse...

kkkkkkkk!!!! os felinos finalizaram a noite rssssss

A megera do Cross Fox (O Demônio - Del) disse...

"Fui abandonado na porta de minha casa ao som enfurecido de um ser que aqui poupo comentários, pois horas parecia interpretar uma megera de novela mexicana horas, a artificialidade na interpretação demonstrava que a megera fazia parte do seu mesmo eu".

Maldição:

“A minha fúria contra você é grande.

Que as vicissitudes da vida te assombrem.

Que os problemas e os aborrecimentos te atormentem.

Que a má sorte seja tua companheira.

Invoco o azar e a má sorte para que te persiga,

Em todos os momentos de tua vida.

Que a minha vontade seja feita.”