sábado, 10 de julho de 2010

REMINISCÊNCIAS


Assim que acordei e tomei meu dejejum sentei na mesa onde estavam localizados todos os meus livros para estudos em atrasos, quando de forma inesperada, sentado naquela cadeira desconfortável e com inclinação para fora, deixando minhas costas praticamente sem apoio, me recordei que hoje eu teria notícias de um grande amigo sobre sua relação conjugal. Seqüencialmente a esse pensamento fortuito fiquei a odiar os relacionamentos à três, mais conhecido como menàge à troir, onde crucialmente causou a desgraça do relacionamento desse meu amigo em voga com o seu par. Imaginei o amadorismo dessas relações hedonistas e a raiva que logo me tomou me fez pensar nas práticas ao menàge que já tinha praticado, questionei o porquê delas darem certo e jamais gerar conflitos.
Eram minhas férias de verão quando aceitei o convite de descansar e conhecer as belezas do Rio Grande do Norte, e foi lá que também me envolvi numa relação, saudavelmente à três. O casal em questão eram amigos, muitíssimos amigos do nosso cicerone naquele estado e quem nos cedeu gentilmente sua residência para nossa hospedagem. Logo que os conheci, o casal, olhares fixos foram direcionados e eu sempre a fugir, pois já sabia que ali se congregava uma relação duradoura e sólida. Partimos em dois carros para uma festa no interior do estado, a festa prometia quando meu companheiro de viagem tentando se safar de uma saia justa com o casal em questão supôs a minha participação numa noite dessas, junto com o casal. A aceitação da negociação foi imediata, logo ficara sabendo que o casal era adepto a esse tipo de envolvimento. Estudavam muito o convidado, nesse caso, o convidado era eu e já tinham me analisado alguns dias atrás. Os trâmites legais foram assim negociados para aquela mesma noite, porém eu não voltaria para casa onde estava hospedado e passaria a noite divertindo o casal. No caminho de volta dormi no banco traseiro e quando me despertei estávamos no estacionamento do apartamento do nosso cicerone.
Alguns dias passaram, meu amigo de viagem logo se cansou dos passeios devido a sua protuberância de gordura localizada e estacionada, vale ressaltar. Mas eu estava ávido por novos acontecimentos e assim nosso cicerone me convidou para dar um tour. Propositalmente nos encontramos com o casal num barzinho, os jogos de olhares foram lançados, de repente o convite ecoou nos meus ouvidos e eu não tive como recusar, logo mais nos retiramos pra sua residência acompanhados de alguns amigos. Por instantes achei que rolaria ali um verdadeiro bacanal, rolaria e acredito que faltou pouco, muito pouco. Ficamos só nós três , meios ou completamente cheios; rápido e bruscamente fui atirado na cama, minhas roupas foram violentamente arrancadas, um tapa estralou na minha face e aquilo tudo me deixava cada vez mais excitado. Provavelmente se não estivesse sob o efeito do álcool acharia aquilo tudo muito estranho e talvez me sentisse violentado. E sob o efeito do álcool não consigo me recordar das minúcias que poderiam satisfatoriamente finalizar o texto. Acordamos as 13:00h do dia seguinte exaustos, como se estivéssemos participando de uma guerra. O que na verdade não deixou de ser.

Por: Alisson Meneses de Sá

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