terça-feira, 13 de outubro de 2009

NO FERIADO...


Deu a entender que minha paciência é limitadíssima, diante de todas as circunstâncias que me foram agraciadas durante esses três dias de pura e cansativa análise de mim mesmo. Resolvo que o melhor pra mim seria me distanciar do mato, lá não seria auspicioso para o que tinha em mente, na verdade, para já deixar claro, desejei um feriadão só pra mim, introspectivo é pouco para o que almejava, se eu escrevesse algo sobre esse meu desejo, venderia horrores, comparado às obras de Clarice Lispctor. Bom, continuando, resolvi vir para capital já que caso mudasse de idéia eu teria mais oportunidades de diversão, ao contrário do meio do mato, sem pessoas qualificadas que pudessem entender essa minha perspectiva. Antes de sair procurei saber se realmente todos que pra lá estava se dirigindo estariam naquele mesmo dia se afastando do meu refúgio momentâneo. Tudo garantido, era chegar e passariam direto, essa foi um dos grandes motivos para que eu resolvesse sair do meio do mato. Ledo engano, a lua que estava crescente mudou para quarto minguante e resolveram se estabelecer sem passar direto, resolveram, para minha indignação armar acampamento, acho que para testarem o meu nível de irritabilidade. Mas sempre no fim do túnel existe uma saída, e que saída. Amigos de coração existem justamente para adivinhar esses conflitos pelo qual passamos. Obvio que me ofereci para lá passar a noite, já que eu estava indo pra lá para tomar uma gelada, no mais, fizemos coisas agradabilíssimas, como por exemplo: comer, beber, conversar e ver filme, e que filme, na verdade era filme de terror, coisa que não me agrada nem um pouco. No outro dia logo cedo vou-me para casa realizar o que mais precisava, ficar só, explorar incondicionalmente a minha casa, com a certeza de que logo a noite encontraria com meus amigos para vermos uma peça. Dormir horrores, estava me sentindo exausto, acabado, mediante a quantidade de atividade mental utilizada durante a semana naquela mostra de projetos escolares, aquilo tudo me deixou exaurido. À noite estava me sentido ainda sonolento, mas resolvi ir ver a peça, sei lá uma risadinha pra finalizar a noite num seria uma má idéia. Humor escrachado, essa era a tônica do grupo de teatro que eu particularmente já tinha conhecido quando estava passeando por Penedo/Alagoas e achei um luxo, não pra me tornar fã, pois culturalmente não oferece porra de nada, é só pra ri mesmo, ri muito, o suficiente pra sair do stress diário. Bom pra finalizar a noite fui pra casa e dormir, dormir muito. No outro dia, o feriado de fato, choquei ovo, aff quanta preguiça fui acometido, pra não fazer almoço fui comprar biscoito recheado na mercearia aqui do lado, para se ter a noção do quanto podre eu estava. Penso que a semana que está por vir será também stressante, tenho que apresentar um projeto escolar da cultura afro-brasileira para os professores e para os alunos, mas em compensação o dia dos professores será quinta e comemoraremos na sexta-feira com uma viagem paradisíaca pelo litoral sergipano, sem contar o passeio dos alunos do 3º ano no domingo próximo também pelo litoral sergipano. Será de fato trabalhoso, mas compensador.





Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 6 de outubro de 2009

AÍ EU NÃO SEI!


Para você entender e você mesmo resolver. Você conhece um certo alguém, se envolve categoricamente com ele, em todos os sentidos, mas você não sente a mesma intensidade sentimental que ele sente por você. Ele vive te pedindo em namoro, mas você sempre sai pela tangente, certa vez você da uma chance para desencargo de consciência que obviamente não se prossegue por seus sentimentos serem reais e você não suportar enganar pessoas. Vocês se mantem relativamente distante por a leitura desses sentimentos não estarem sintonizados, você não querendo machucar ele e ele se afastando para não se magoar, só se aproximando em momentos de carência. Você se envolve com outra pessoa, se apaixona e se entrega de corpo e alma, tudo parecia perfeito quando a relação não dá certo, você sofre com a situação, de repente o outro surge e você se vê relativamente fragilizado, ele se aproveita dessa fragilidade ou você se joga nos braços dele pra minimizar a culpa e parte para o ataque, você não resiste, também torna-se conivente mas deixa as claras que seu amor não é ele. Após algum tempo ele se afasta, você sente-se culpada pelo banho de água fria jogada. Você entra numa de pegar geral, pegar todos, cada fim de semana uma cara nova, daí você encontra com ele e como de praxe ele quer saber como anda seu coração, você responde com sinceridade. Ele diz que ta numa ótima fase, e que está se envolvendo a dita pessoa você também conhece e você ainda mais com a consciência pesada, pois na semana passada você foi com ela para um motel e que fizeram sexo por exatamente trinta minutos. E agora, como devo agir?



Por: Alisson Meneses de Sá

domingo, 4 de outubro de 2009

EM NOVO ESTADO



Eis o meu novo ciclo de vida, as minhas novas perspectivas. É o ver o outro lado da moeda e visualizar um novo horizonte. A geração MSN denomina essa nova predisposição como sendo um ato de "piriguetagem", sim, trata-se de um neologismo não vinculado ao de Guimarães Rosa, mas sim aos antenados da contemporaneidade. É assim que defino essa minha nova fase, completamente liberta de qualquer paradigma anti-liberdade, ou seja, vivo o puro e verdadeiro momento de piguiretiador, se assim podemos verbalizar a ação, ou como diria os efêmeros machões civilizadores, me transformei num verdadeiro pegador. Essa definição se entende da seguinte forma: àquela pessoa que tem como objetivo tá sempre na balada, curtindo e que pra finalizar sua noite é preciso captar através de olhares, xavecos, enfim, um outro ser e assim promover o prazer carnal, sem se importar, obviamente com padrões estabelecidos. O lema para sintetizar o texto é: caiu na rede é peixe. Um fato que também vale ressaltar é quanto à despreocupação com o ligar no outro dia. É o ligar ou não. O pegador jamais liga no dia seguinte, correndo um grande risco de não repeti a mesma pedida numa outra oportunidade, caso ela surja, salvo algumas exceções como, por exemplo, a desenvoltura na cama. Essa é a minha vida, é assim que estou.

Por: Alisson Meneses de Sá