Nada como o tempo para que possamos analisar com parcimônia nossos atos, nossas ações diante de situações que muito nos constrange, nos inibi e nos faz ser alvo de resoluções vindas da fúria do ódio e do rancor que todo ser humano, se é humano, é capaz de gerar dentro de si. Talvez, há alguns dias atrás eu tenha sido tomado por tais prerrogativas, que são inerentes ao homem, e não escrevesse tal texto, talvez preferisse partir para a agressividade como em mim é natural nesses momentos de fúria e como diz um grande amigo meu, usar do meu cinismo maquiavélico. O tempo se encarregou de cuidar para que minha mente sucumbisse à sabedoria humana, partindo porém desse pressuposto chego a perspicaz conclusão de que o ser "trocado" não deve ser um fato indigno ou inustentável, pois devo acreditar pela lógica da vida que não fui o primeiro nem serei o último a ser preterido numa relação à dois, e é baseado nesse fato que mais me sinto confortável.
A troca pelo comissário de voo foi feito de forma honrosa, se assim posso me referir, pois observo a hombridade em se desfazer da relação para assim praticar a desforra em meio a uma multidão de bloco carnavalesco, enganado ficou caso achou que eu jamais saberia de tal fato. Soube logo no dia seguinte mas preferi acreditar numa confusão pessoal. Obtive a certeza quando confrontei olho no olho alguém que é muito meu amigo e o acompanhava nessa empreitada permeada de fábulas. Outra observação que fato é que tal ação não teria obviamente outra conotação caso a relação não tivesse sido desfeita, haja vista que a "troca" tem significado díspare de trair. Na verdade o que não consegue passar pela minha mente e me deixa por demais confuso é quanto àquela entrega, aquele amor em demasia que era alvo de demonstrações públicas, para onde tinha ido? Outro fato que dói na alma é quando percebemos nossa fragilidade ao errar, como podemos nos enganar com as pessoas que apostamos, entregamos por completo e saímos perdendo, a nos deixar impotentes, frágeis e descrente de sentimentos nobres. Acreditamos que tudo não passou de uma brincadeira mirabolante, ministrada por uma mente em processo de transtorno, mais conhecido como transtorno de bipolaridade.
Quem sabe eu não devesse sentir o que por hora trespassa meu coração. Sinto pena, uma profunda pena e talvez isso não fosse legal pois acredito que pena é o pior sentimento que um ser humano possa sentir por outro, mas meus sentimentos são autênticos e é demonstrado sem muito esforço onde nunca tive medo, quiçá, vergonha de enfrentar meus problemas, sempre soube peitá-los com dignidade, por isso não me amedontro em escrever esse texto sob as ameaças de vinganças proferidas. Que venham as vinganças desde que seja bordada pela linha da verdade.
Na história da humanidade o homem evolui com o passar do tempo e vai ser com o passar do tempo que me curarei desse estado deprimente e letárgico na qual me encontro. O que me resta, por hora, é desejar ao outro lado sucesso em todo aspecto, inclusive no conjugal, pois se por acaso não for o comissário poderá ser o arquiteto, o odontólogo e o médico, o que importa é não deixar de tentar e acreditar sempre.
Por: Alisson Meneses de Sá
Um comentário:
Que texto migo...xoquei
Foi o "Senta lá Claudia" mais autêntico que já vi em toda minha vida....
É isso aí...
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