Tão melhor preferível do que ficar em dúvida entre o mouse ou o pudim. Resolvi tomar tal medida e até o prezado momento, depois de tudo terminado, não vejo o menor sinal de arrependimento. Canalizei todos os meus desejos na mente com intuito de que tudo iria ser realizado e prazerosamente aproveitado, sempre subindo os degraus do saber.
Fiquei. Terminei o que pretendia quanto as pendências educacionais, enviei o que tinha de enviar a tempo. Fui ao cinema, ri em demasiado, rejuvenesci anos e anos. Comprei revistas e as li comedidamente. Fiz planos pro futuro, sempre com pé aterrizado no chão. Comprei e solicitei filmes, iniciando uma nova fase na coleção. Ouvi música e dancei loucamente numa boate lotadíssima de corpos sedentos. Conversei e ouvi muitas, mas muitas lamentações. Os aconselhamentos vieram em ordem gradativa, mediante o nível da complexidade. Consumi, coloquei no meu guarda-roupa mais uma das minhas manias: óculos de sol. Enfim transei, fiz sexo selvagem no meio da noite, saindo sorrateiramente pela tangente me deparei horas depois com meu corpo nu refletido no espelho do teto. Devorei a carne como se fosse um bárbaro devorador de carne humana.
Por: Alisson Meneses de Sá