segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A CARTA PUBLICADA

Ontem após um dia todo de agenda cheia me deparo com algo inusitado, algo que jamais naquela noite poderia esperar, uma carta publicada no Jornal, que não me recordo o nome, mas que foi de muita significância pra mim. Não se tratava simplesmente de uma mera carta de amor, era algo drástico, pior, algo que me deixou mentalmente exausto, se já estava por conta do dia corrido, depois de ler tudo aquilo que se desenvolvia naquele papel de jornal me senti completamente esgotado, acabado, e com isso o sono chegou alguns segundos após. A carta publicada era enviada a um alguém, mais especificamente a um(a) ex, nada se sabe sobre quem produzido todo aquele texto, se tratou do próprio jornalista ou se de alguém ligado ao mesmo ou até quem sabe uma ficção, sabia-se exatamente que estava sendo direcionada exclusivamente a uma única pessoa, nesse caso a pessoa na qual quem escreveu deixou-a há algum tempo atrás. Todo o texto trazia no entender de cada palavra um certo rancor, a outra parte nesse processo, a pessoa pra quem foi enviada, pelo que consta na carta agiu de muita má fé no relacionamento, ou por que não dizer, andou traindo a pessoa que escreveu. Obviamente quem ler a carta tende a se sentir amargurado, da mesma forma como o escritor daquele texto ficou ao relatar todo aquela história trágica dado no seu relacionamento, ou então que talvez não passasse de um exagero por parte deste. Falo em exagero, mas lembro-me da ousadia, pois começo a imaginar como a outra pessoa deve está se sentindo após ler tudo aquilo relatado, foi uma lavagem de roupa suja com o uso da mídia, sendo este último o mensageiro da informação. Saliento que, apesar de todas essas contradições, foi glorioso no sentido categórico, de deixar evidente toda aquela situação que poderia está guardado na intimidade dos dois. Historicamente precisamos dessas ousadias vinculadas na mídia para podermos no futuro bem próximo fazer uma análise de comportamento quanto ao processo mais conhecido como história cultural, aquela que se apura na base da sociedade. Aos poucos quem sabe começarei a publicar aqui em formato de carta-denúncia tudo que passa por essa cabeçinha pensante.

Por: Alisson Meneses de Sá

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

EM QUEM ME ESPELHAR?


É difícil e se torna cada vez mais complicado escolher alguém para que eu possa me espelhar e seguir como se fosse padrão a se seguir. Falo isso no sentido de relacionamentos, a cada dia que passa fica mais complicado acreditar-mos num relacionamento duradouro, que possa servir de base para toda família ou que sirva de exemplo pra outras pessoas que desejam entrar nessa jogada cada vez mais antagônica de se viver. Olho pra um lado, não vejo possibilidades de poder me encorajar em adentrar num relacionamento que vá me trazer no futuro uma felicidade inquestionável, outro pra outro lado e vejo as complicações, as intrigas, os ciúmes, as promiscuidades, isso tudo é como se fosse o grão podre que contamina os demais grãos de um mesmo cesto. Enquanto tomava banho pensava porque as pessoas se lançam nos relacionamentos mais infundados que possam existir, fazendo de conta que tudo vai bem quando na verdade algo no fundo a incomoda? E porque eu também não possuo essa mesma predisposição, pois são várias propostas já lançadas que foram imediatamente recusadas, por um medo, o medo do futuro que é incerto, inseguro. Procuro no reduto familiar algo que possa sedimentar esses meus questionamentos e de repente me deparo com o nada, com vazio, sem nenhuma justificativa que possa modificar essa minha angustia. Saiu do meu reduto familiar já que não posso levar como formado padrão e vou buscar nas amizades, outro vazio, algo nebuloso e sem respostas claras, tudo faz parte de um jogo de faz de conta, onde tudo parece ser perfeito, bonito, mas engana-se quem só ver superficialmente, tudo é podre e negro. Canso de forçar meus pensamentos na procura de algo que talvez não exista nesse plano natural, talvez essa felicidade conjugal seja algo criado por extraterrestres, invenções de comerciantes talvez. Olho na rua, nas esquinas, prefiro verificar o desconhecido pra ver se meus questionamentos são respondidos, são rostos enfezados e mulheres mal cuidadas, com gorduras a mostra. Que tipo de homem gostaria de ter na cama todos os dias um peso daquele? Será que a perfeição de um relacionamento está na sensualidade do casal, no fogo da sexualidade ou o amor é inerente a essas artimanhas do sexo? Continuo cada vez mais sem resposta e com mais questionamentos.

Por: Alisson Meneses de Sá