terça-feira, 28 de abril de 2009

NO DIA DOS MEUS ANOS

Pouco esperava no dia 26 de março, pouco esperava, aliás, nada esperava. A idade é efêmera, dias desses corria feito um moleque sem destino pelos corredores daquela escola, a sorrir, a bolinar nas moçoilas desprotegidas, a gritar exacerbadamente, a ficar imaginando o quão tão bela era aquelas professorinhas de saia jeans e blusa branca, estampando o nome daquela deliciosa escola. Ali mesmo, em meio a uma situação um pouco peculiar me deparo com algo que jamais tivera ganhado, uma festa surpresa. Parecia mentira o que desenhava naquela sala de aula, alunos que me adotaram como seu fiel instrutor. Sinto dentro de cada um o desejo, a vontade de crescer e as oportunidades que parecia está sob meu controle, num cadeado que somente eu detenho a chave. Foi lindo a festa dos meus anos como diz Maria Betânia em sua canção de fábula e paixão.

Por: Alisson Meneses de Sá
P.S. O texto está ridículo, nem sei onde queria chegar com esses rabiscos...

COMO EU QUERIA ESTAR

É tempo de solidão. Me pego as vezes pensando no passado. Não no passado que me serve de trabalho, o passado histórico, mas o passado que guarda os mais puros sentimentos da paixão. Peguei-me pensando naquele amor que um dia deixei passar por entre os meus dedos e que nunca mais poderei resgatar. Ali fiquei, estacionado em meio aquela confusão sentimentalista que teima em continuar impregnada na minha alma. Tenho que me contentar, aquele amor que um dia se foi não mais se faz possível concretizar. Daí pergunto-me, porque meu coração se petrificou e não mais bate como batia nos meus 18 anos? Somente após eu perceber que aquilo que eu achava que era brincadeira, na verdade não era brincadeira, era real, e que infelizmente não mais poderei recuperar o tempo que deixei pra trás. Hoje, tento desabrochar a flor do pomar que congelou. Recebi dias desses, inesperadamente, diga-se de passagem, uma mensagem via celular que pedia minha ida a capital, com o intuito de acalentar uma esperança, já elaborada. Confesso. Tremi, pensei e repensei em toda aquela situação, mas era tarde, aquela ação não podia se concretizar. Fiquei com receio de toda aquela história uma vez descrita lá no passado, pudesse se repetir mais uma vez. Não, talvez fosse somente saudades momentânea. Sonhei no mínimo com aquele beijo gostoso, com aquele apertar de corpo indescritível, com aquele beijinho de rato singular. Deixei passar, talvez, pelo tempo sem resposta, pelo silêncio uma vez estabelecido alguém substituiu-me nesse processo de carência afetiva. Mais uma vez deixei o tempo correr e fiquei de longe só a observar o meu erro. Até a última chance em poder encontrar foi abruptamente descartada. Há quem diga que tratasse de destino e que tudo já estava escrito em algum lugar. No mais me resta ficar aqui, em meio a esse campo a esverdear e me debruçar no passado que me paga, do que me deter nesse lamento insuperável.

Por: Alisson Meneses de Sá

terça-feira, 14 de abril de 2009

O DESPROPÓSITO

Foi como tudo aconteceu. De repente. Amor súbito. Interesses sendo suprido de ambas as partes. A era da internet e dos sites de relacionamentos tem suas facetas a serem ainda reveladas. Parecia tudo um sonho, ou conto de fadas. Uma desilusão amorosa. Uma princesa jurada a sofrer de amor. Um bandido que a iludiu e depois a abandou como se fosse uma cadela sarnenta e indigna de seu carinho. Uma depressão em vista. Seus primeiros sintomas: o silêncio, o vazio, o estar sozinha. O sapo dos contos de princesa se transformou no rápido acesso à internet. O segredo não está na coragem de beijar o sapo e sim na sorte de achar dentre vários aquele que vá retribuir tudo aquilo que lhes é esperado, tendo em vista as suas concepções. Assim aconteceu, a princesa do Tijuco criou um esteriótipo de príncipe que pudesse ajudar a lhe resgatar das masmorras que o destinho a colocou chamado de desilusão amorosa. O príncipe já se transformara em príncipe, com seu toda sua indumentária imponente. Os sonhos foram construídos, as espectativas também foram fomentadas, e o encontro, categoricamente, agendado. Parecia tudo se encaixar como um jogo de quebra-cabeça. As peças pareciam está ali, todas, fáceis de ser achadas e juntadas. Até o momento em que as aparências pareciam ser enganadas e tudo parecia cair por terra. Ficou no ar algo que não conseguiu descer goela abaixo, algo sem perguntas e sem respostas. Ficou o príncipe e a princesa sem ação e sem emoção. Pra princesa tudo estava tranqüilo, mesmo que dali não sobrasse o que tanto lhe resguardava, no mínimo seriam bons amigos. Ledo engano, a pobre da princesa se enganou mais uma vez. Repentinamente, com uma desculpa pouco convencional e muito menos convincente o príncipe desaparece deixando a princesa com várias interrogações que somente o príncipe responder categoricamente. Nenhuma impressão foi esboçada por parte dele, o príncipe, nada, nem o que achou, porque não rolaria namoro, essas coisas que internet e o sites de relacionamento, infelizmente são incapazes de responder. Talvez a pompa do príncipe não foi digno da vivência que a princesa estava submergida, ou quem sabe faltou glamour quanto a sua recepção. Não se sabe, ficaremos somente nas impressões deixadas e na nossa análise primária que não é única. De todos os lados existem versões.

Por: Alisson Meneses de Sá

ASSIM TÃO SUBTAMENTE ACONTECEU!

Estávamos tentando acompanhar o trio passar, depois de muita canseira durante a manhã à noite chegou com um carro a conduzir a barulheira que alegrava a cidade. Pareciam zumbis a seguir contentemente aquele trio elétrico que percorria as ruas estreitas daquele interior. Entramos sem nenhum propósito naquela multidão, depois demos alguns passos em direção do carro que guiava o povo e no meio do percurso nos vimos cansados e esfomeados. Sentimos o desejo latente de nos conter durante toda aquela euforia baianesca e nos acalmamos numa mesa de lanchonete a comer cachorro-quente. E foi nesse exato momento que vindo de forma descabida que recebemos a notícia, que mais parecia ser um noticiário de telejornal informando sobre um acontecimento desagradável. A notícia foi lançada assim, numa distância considerável, em meio a rua, com ua expressão desabonadora, que deixava Fátima Bernardes no chinelo havaiana, uma cara de desalento misturado com tristeza e com o prazer de primeiro divulgar a notícia. - “Vocês já sabem do que aconteceu?”. Assim começou a dissipação do ocorrido, pois, obviamente, se estávamos em meio a uma multidão em estado de euforia, a certeza é que do que elas iriam expor naquele momento não era do nosso conhecimento. E assim foi dada a notícia súbita do ocorrido. - “Fulano de tal morreu, assim e assado, estamos atrás de um transporte que possa nos auxiliar na condução da irmã que está em desespero.” E assim se foi, da mesma forma que chegou. Na lanchonete as pessoas não compreendia o ocorrido, e se dirigindo a nossa mesa, que antes estava colorida e de repente perdeu o brilho, perguntava-nos sobre o que ocorreu de fato e quem tinha falecido. As respostas foram dadas de imediato, conforme a notícia nos chegou. Ligamos pra um e outro e a notícia ainda não estava divulgada, nos sentimos abalados emocionalmente, pois tratava-se de uma pessoa super querida de todos. Nada mais tinha graça, tudo naquela noite que parecia ter sido encomendada para nós que desejávamos curtir e aproveitar todo instante perdido na noite anterior, foi sumariamente diminuído a uma notícia ruim. Perdemos o interesse de tudo, voltamos logo para nossas residências, só ficando as mais afoitas e insensíveis. Enterrou-se no outro dia, com toda pompa que merecia, e com a beleza que Deus lhe deu. Que Deus o coloque num bom lugar. Eu não suportaria o ver num cachão, guardarei sua imagem na cabeça, assim, sempre sorrindo, feliz da vida e com suas loucuras instantâneas que tanto me divertia. Há, já ia esquecendo, a sua risada ensurdecedora e contagiante. Fica com Deus!

Por: Alisson Meneses de Sá

DE VOLTA DEPOIS DE ALGUM TEMPO


É interessante, depois que paro para analisar, o quanto me sinto num vazio, durante o período em que me mantenho afastado dos meus rabiscos confessionais e das minhas análises pessoais e interpessoais, das minhas conclusões as vezes precipitadas as vezes acertadas e como a alta tecnologia só tem a me ajudar nessas convenções modernistas. Por um certo tempo pensei que iria me desgastar e escrever tais conotações, mas, me vi contemplado com um aparelho que irá categoricamente me ajudar a compor meus textos, mesmo estando nas brenhas dos sertões enveredados, mesmo me enclausurando na casa de árvore na frente, também afastado da civilização. E assim, com todas essas divergências que a situação me prega, outras são oferecidas na ajuda a me manter sempre nesse divã que é escrever e postar. E a cada parada dada durante todo esse tempo de atividade de blogueiro me sinto mais apto a e mais seguro nas minhas colocações, talvez mais perspicaz, mais sagaz, mais ousado, enfim, mais e mais determinado a mostrar minhas visões sobre tudo que se passa a minha volta. E assim vamos prosseguindo caminho adentro, com textos, como disse antes, confessionais ou não, ilustrativos ou não, comparativos ou não, memorialista ou não, de ficção ou não, literário ou não. Porém o que vale de minha parte é expor e mesmo sabendo que ninguém vá desfrutar da leitura, ali ele estará para me auxiliar, no futuro, a entender as minhas concepções as minhas incertezas, angústias, e assim por diante. Pronto, aqui deixarei de me justificar e partir pra coisa prática que é escrever, escrever e escrever.

Por: Alisson Meneses de Sá